"É uma boa adaptação do meu romance (Los Angeles - cidade proibida), mas, sobretudo o filme é uma obra de arte por conta própria. Eles condensaram muito o período de tempo em que se passa a história, cortaram inúmeras tramas paralelas, moveram personagens de fundo para o centro da trama e vice-versa, mas mantiveram as essência do estilo narrativo e a integridade do romance. A minha intenção era fazer um romance dark sobre Los Angeles dos anos 50, e isso é que o filme é... O filme não fui eu que fiz. Sou grato a ele, pois sei que me fará vender alguns livros, mas acho que é um sintoma triste de nossa sociedade que seja preciso um filme para fazer de um romancista um nome popular. Não sei quantos idiotas, velhas namoradas ou mesmo mulheres com quem tive casos de uma noite surgiram das sombras e me procuraram desde que começou a falar do filme, mas sou um escritor razoavelmente conhecido há pelo menos dez anos. No grande esquema das coisas, livros são mais importantes do que filmes".

Fonte: O Globo, 15/11/1997 - João Ximenes Braga

"Devo dizer que gosto de filmes, principalmente filmes policiais, mas é preciso reconhecer que, em relação à literatura, o cinema é uma arte ainda bebê. Tenho sérias dúvidas de que algum dia alguém vá tentar adaptar outro livro meu, ainda mais de forma tão bem sucedida. Se a frase de John Huston ("Apenas livros ruins poderiam dar filmes bons") faz algum sentido, a adaptação de Los Angeles, cidade proibida certamente é uma excessão".

Fonte: Jornal do Brasil, 09/03/1998 - Pedro Butcher