"Escrevo à mão, retoco infinitas vezes, depois passo o manuscrito a uma datilógrafa. E, uma vez datilografado, o original é ainda submetido a revisões. Parturição penosa, como você vê. Em carta a George Sand, Flaubert queixava-se de que escrevia seis, sete vezes,a mesma página; creio que se limitava só a essas emendas ou substituições porque usava um grossa caneta, daquelas que calejavam terrivelmente os dedos. Se escrevesse à maquina ou dispusesse de uma datilógrafa, por certo dobraria o número de refundições..."
Fonte: STEEN, Edla van. Viver & escrever 2. Porto Alegre: L&PM, 2008.
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