"Leio as críticas quando me chamam muito a atenção, até mesmo algumas resenhas... Algumas devem me afetar. Não os lixos, as que atendem a interesses próprios, mas uma ocasional crítica perspicaz, favorável ou desfavorável, que confirma meu julgamento de meu trabalho. Por falar nisso, não gosto particulamente daqueles críticos que fazem pregações sobre suas doutrinas estéticas ou ideológicas. O que é importante para eles não é o que o escritor fez, mas como esse trabalho se encaixa , ou não se encaixa, na tese que querem desenvolver. Ninguém pode dizer a um escritor o que pode ou deve serfeito, ou deixar de ser feito, em sua ficção. É uma morte em vida, se você se deixa levar por isso".

Fonte: Os escritores 2: as históricas entrevistas da Paris Review. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.