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Teoria Literária
João Gilberto Noll

"Teoria mesmo não leio muito. Mas admiro escritores como Octavio Paz, que não suspendem o registro poético quando escrevem sobre literatura. Gosto muito do Paz como pensador, até mais como pensador que como poeta. Admiro um livro como Signos em rotação. Eu me identifico com esse chamamento à ambigüidade, à imprecisão, aos aspectos mais escorregadios da palavra poética. O relâmpago, o inesperado, a coisa esfogueada são muito importantes para mim... Gosto muito, também, de ler os ensaios do José Guilherme Merquior, um sujeito que sabia falar sobre a expressividade poética. Bem, eu li muito também os livros de Luckas. Eu tive uma formação marxista muito forte. Até os 30 e poucos anos, eu me considerava uma marxista, pelo menos no que dizia respeito à visão cultural do mundo. Eu via a arte como um reflexo dos embates sociais. Só bem depois aprendi a entendê-la como uma liturgia, como uma atividade autônoma”.  

Fonte: O Estado de São Paulo, 04/01/1997 – José Castello  

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