"No meu caso, em particular, acho até que a atividade jornalística foi importante para a minha literatura. O jornalismo me deu uma disciplina que eu dificilmente teria em outra profissão. Aprendi que escrever depende muito mais da necessidade do que da inspiração... Acho que todo jornalista é um escritor. Não propriamente de ficção, mas com certeza é um profissional das palavras. Portanto, é um escritor. Pena que nem todos tenham essa consciência. Como toda atividade profissional, o jornalismo exige talento, vocação, disciplina e sorte. Por conseqüência, é também um ofício como o de escritor. Ambas as atividades são vocação e ofício. Quanto mais a gente faz, mas aprendemos a fazer".
Fonte: COSTA, Cristiane H. <www.penadealuguel.com.br>, 13/12/2006..
"Geralmente o artigo de jornal é factual, mas pela sua proximidade com a literatura, a crônica pode ser atemporal. Entre os mais de 500 artigos e crônicas que publiquei, (em Todo mundo é filho da mãe) procurei selecionar 40 que fossem atemporais, cômicos ou líricos, mas que, acima de tudo, falassem da condição humana... A crônica é um gênero híbrido. É meio jornalística e meio literária. A ficção, por mais jornalística que possa parecer, é 100% literária. Mas o que me preocupa mais é o estilo narrativo. Penso que quem trabalha com a palavra tem que ter cuidado com o texto, repeito ao leitor e objetividade. É isso que busco quando escrevo em jornal ou quando faço ficção."
Fonte: Hoje em Dia (Belo Horizonte), 19/03/2003 - Alécio Cunha
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