"A leitura é o contrário da música. A múscia, além de não ter nacionalidade, comove a qualquer cidadão, mesmo iletrado. Se você tocar Bethoven, Mozart, perto de u m jovem ribeirinho, lá do Amazonas, ele chegará facilmente às lágrimas. Em contrapartida, esse menino, esse jovem que pode ter sido socialmente lesado pela ausência de proteína, não vai conseguir entender nem mesmo o suposto romancista popular, se é que existe esse tipo de escritor. El não entenderá mesmo sendo alfabetizado, porque lhe falta um código cultural mais complexo".
Fonte: Um escritor na biblioteca: 1980. Curitiba: Biblioteca Pública do Paraná, 2013.