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Política
Glauber Rocha

“A política me interessa porque fornece personagens. Eu fiz Terra em Transe em 1966, mas até hoje para eu fazer outro filme sobre a vida política brasileira teria que esperar a sua superação, mas o filme continua para mim muito vivo, muito atual, retoma os temas eternos. Eu prefiria ter uma visão mais analítica. Terminei o romance sobre Jango e estou escrevendo Revolução, um romance sobre o Movimento de 1964 até hoje, mas fazendo de forma analítica. O romance sobre Jango é da família de Jorge Amado e Revolução é do tipo Machado de Assis, aliás, esculhambei muito Machado, mas agora estou entrando numa machadiana. Esculhambei porque literatos decadentes estavam defendendo Machado de Assis para defender a caretice literária, aliás Machado de Assis é mais moderno que Oswald de Andrade”.

Fonte: CAETANO, Maria do Rosário. Cineastas latino-americanos: entrevistas e filmes. São Paulo: Estação Liberdade, 1997

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