"Eu não vejo como o escritor dos dias de hoje se possa alhear de todo o processo social, econômico, religioso e moral, quase sempre em crise. Por que, então, não praticar um ato político com a literatura, desde que esse ato tenha como finalidade não a solução do problema, que aí voltaríamos ao romance-tese, mas a exposição do conflito: Acho mesmo que escrever, nos dias de hoje, já implica num compromisso político, qualquer que seja a tendência do escritor, de tal modo estamos envolvidos neste caminho de humanidade".
Fonte: CORREYA, Juarez; ALVES, Leda. A palavra de Hermilo. Recife: Cia, Editora de Pernambuco, 2007.