“Escrever, acontece, Escrevi sempre. Versos, teatro, ensaio, romance...”
Fonte: MEDINA, Cremilda de Araújo. Viagem à Literatura Portuguesa contemporânea. Rio de Janeiro: Nórdica, 1983.
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"Escrever. Porque escrevo? Escrevo para criar um espaço habitável da minha necessidade, do que me oprime, do que é difícil e excessivo. Escrevo porque o encantamento e a maravilha são verdade e a sua sedução é mais forte do que eu. Escrevo porque o erro, a degradação e a injustiça não devem ter razão. Escrevo para tornar possível a realidade, os lugares, tempos que esperam que a minha escrita os desperte do seu modo confuso de serem. E para evocar e fixar o percurso que realizei, as terras, gentes e tudo o que vivi e que só na escrita eu posso reconhecer, por nela recuperarem a sua essencialidade, a sua verdade emotiva, que é a primeira e a última que nos liga ao mundo. Escrevo para tornar visível o mistério das coisas. Escrevo para ser. Escrevo sem razão".
Fonte: www.citador.pt/pensar.php?op=10&refid=200310312203&author=335
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