Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
ROCHA, Fátima C. Dias Antonio C. Secchin Dr. UFRJ 2000
Título: Quando a morte é a vez: imagens do sertanejo na ficção brasileira; de Euclides da Cunha a Clarice Lispector
Sinopse: Caracterização do discurso litero-antropológico: traços, manifestações, contradições; estudo das diferentes figurações do par intelectual / indivíduo não citadino, no âmbito do discurso litero-antropológico; nesse âmbito, exame das estratégias de representação / problematização da identidade do homem sertanejo e investigação das ambigüidades relativas ao binômio morte/auto-reconhecimento.
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Autoria - Orientação - Grau - Local – Data
BAYMA, Silvana Elódia Xavier Ms. UFRJ 2000 Título: A intervenção de Clarice Lispector no romancesco brasileiro
Sinopse: Tendo com parâmetro o caráter revolucionário que está na gênese do romance, o presente estudo investiga tensões recorrentes e intertextuais no romance de Clarice Lispector, capazes de revelar soluções narrativas encontradas por essa obra de autoria feminina para problematizar o monologismo sobre o qual se instauram as bases da cultural patriarcal do ocidente.
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Autoria - Orientação - Grau - Local – Data
KAHN, Daniela M. Regina Lucia Potieri Ms. USP 2000
Título: A via crucis do outro. Aspectos da identidade e da alteridade na obra de Clarice Lispector.
Sinopse: A principal idéia exposta nesta dissertação é que tanto a forma como o conteúdo do texto de Clarice Lispector obedecem a uma configuração em que os limites entre mesmo e outro não estão claramente definidos. O primeiro capítulo, que analisa o conto A Quinta História, enfoca a questão da plasticidade da forma do texto clariciano, mostrando como este oscila entre o rigor formal e o rechaço das convenções de gênero. O segundo capítulo tenta rastrear, analisando uma série de textos curtos, os modos de representação do outro, desde as identificações mais primitivas do mesmo passando pelo reconhecimento da diferença do outro, até a representação do outro excluído pela sociedade. Finalmente é enfocada a questão do espaço social do outro através do estudo das relações entre "autor(a)", "narrador", "personagens" e "leitor" no romance A Hora da Estrela. O objetivo é mostrar como a própria forma do romance tematiza a questão da falta de espaço social proposta pelo mesmo.
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BELTRÃO Fº, Maria da C. S. Rita T. Schmidt Dr. UFRGS 2004
Título: Aurum alchymicum clariceano: um olhar hermético sobre o texto de Lispector
Sinopse:
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
GONZALEZ, Yhana M.R. Márcia Hoppe Navarro Dr. UFRGS 2006
Título: Descentramentos e Umbrais: um sopro de vida (Pulsações), de Clarice Lispector
Sinopse: Partindo da consideração geral de que a obra de Clarice Lispector constitui uma totalidade múltipla formada por diversas partes de um conjunto narrativo único, propomo-nos fazer um corte virtual e nos determos na leitura de Um sopro de vida (Pulsações), obra póstuma publicada em 1978. Observando nela uma aguda consciência da linguagem entendida como forma de conhecimento e autoconhecimento veiculada pela experiência literária, partimos assim da reflexão da linguagem como logos e sobre a realidade como representação que se constrói na linguagem. Nossa hipótese orienta-se para mostrar que a obra de Clarice Lispector estabelece com a tradição platônico-aristotélica uma relação descontínua e por isso muito mais próxima das tradições filosóficas orientais, principalmente do budismo. Retomando uma das reflexões de Jaques Derrida, observamos então como a obra desta escritora parte de um centro para provocar um descentramento, alcançando assim um novo estatuto do discurso sem fonte, sujeito ou centro absolutos, partilhando com os mitos o seu caráter de palavra reveladora e epifânica. Esses descentramentos, presentes em boa parte do pensamento platônico e aristotélico, desaparecem posteriormente da superfície do pensamento ocidental mantendo-se submersos na literatura. É precisamente ali onde se depositam as imagens, mitos, metáforas e toda a grande variedade das formas atópicas e descentradas do conhecimento, nas quais a obra de Clarice Lispector encontra um lugar privilegiado. Partindo dessa consideração, propomos que a obra desta escritora estabelece um logos fronteiriço, intersticial, intervalar, que encontra no limes, no umbral, o lugar de sua emergência. Nesse umbral o logos adquire uma relevância ontológica: em Clarice Lispector o logos é o ser. Assim, segundo mostramos na leitura de Um sopro de vida (Pulsações), é através desse logos fronteiriço que o pensamento atinge aquilo que somos atrás do pensamento, uma verdade indizível e incomunicável. Essas colocações nos conduzem através do pensamento oriental até a filosofia do budismo: analisando cada uma das partes de Um sopro de vida (Pulsações) desde o título, as epígrafes e a própria estrutura da narrativa, a última parte do trabalho estuda especificamente seus pontos de encontro com o clássico do budismo tibetano conhecido como O livro tibetano dos mortos.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
OLIVEIRA, Margibel A. de Simone P. Schmidt Ms. UFSC 2000
Título: Corpos em êxtase: um estudo de amor, de Clarice Lispector e Felicidades, de Katherine Mansfield
Sinopse: O objetivo deste trabalho é estudar os contos "Amor", de Clarice Lispector e "Felididade" de Katherine Mansfield, a partir da observação do cotidiano das personagens Ana e Berta. Ao investigarmos a experiência das protagonistas vemos que elas estão inseridas em um contexto histórico e social, o qual nos permite destacar algumas particularidades relacionadas aos seus comportamentos. Em um dia especial, na rotina destes sujeitos, vemos surgir manifestações singualares, as quais configuram aquilo que consideramos ser o tema central deste trabalho: o estudo do êxtase.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
PEREIRA, Márcia Viana Fabio Luis L. da Silva Ms. UFSC 2001
Título: Mosaico Clariceano: A Entrelinha Rompendo a Casca da Palavra
Sinopse: A obra de Clarice Lispector já foi esmiuçada sob a perspectiva da linguagem. Muitos estudiosos se debruçaram sobre seus labirintos de sentidos buscando acompanhar mais de perto a batalha entre palavra dura, coisificada e o instante fugidio, o significado por entrelinhas. Na apresentação mostro o ponto de partida das minhas indagações situado em uma distante graduação em antropologia quando estudei loucura e máscaras sociais. No entanto o conceito de máscaras sociais não dá conta do cotidiano desesperador reinante nos hospícios. E me pergunto se, questionando o conceito de normalidade, posso estar sendo parte ativa na luta por uma melhoria das condições de atendimento e entendimento desse outro de quem nos afastamos. Acredito que Clarice Lispector faz parte do pequeno exército dos que buscam um mundo mais largo, onde possamos nos acomodar melhor em companhia uns dos outros. No primeiro capítulo faço um apanhado dos trabalhos críticos em torno da linguagem como campo de batalha para os significados. No segundo capítulo apresento o dionisíaco nietzscheano e sua concepção de verdades mentirosas. No terceiro capítulo recorto alguns textos de Clarice e me arrisco a relacioná-los ao conceito dionisíaco. Concluo me perguntando sobre as possibilidades abertas pela escrita de Clarice, procurando por entre os escombros dos sentidos convencionais deixados pela prosa da escritora. Clarice rejeita as convenções de sentidos, buscando dar vida à entrelinha. Através desse entrelinha é possível vislumbrar um descarrilar de certezas.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
MAGALHÃES, Luiz A.M. Suzi Franki Sperber Dr. UNICAMP 2002
Título: Clarice Lispector e os jardins da razão: lugar-comum e reconstrução da experiencia.
Sinopse: Nos textos da escritora Clarice Lispector há, com freqüência, um movimento de afastamento do lugar-comum, dos clichês e estereótipos cristalizados nos papéis sociais, alojados nas falas de personagens e narradores, no próprio discurso literário. Tal afastamento do lugar-comum por vezes assume tons de rompimento com o trivial banalizado. Nele há uma rejeição em relação aos filmos de um mundo técnico e alienado que se ergueu às custas de um afastamento da natureza e da cisão com dados da experiência. No contexto da ficção clariceana, o lugar-comum que embota e automatiza a vida das pessoas e a vida nas palavras, vai estar fortemente entrelaçado com os movimentos de um pensamento de viés cartesiano, no que este traz de cisão com a ordem natural e de desencantamento, de rejeição dos mitos e crenças, de rompimento com a experiência e dados sensíveis.O eixo central deste trabalho é composto pela interpretação dos matizes do percurso de afastamento e reaproximação dos laços sociais imersos no lugar comum, percurso que compreende questões como l)alargamento perceptivo; 2)retomada de traços rituais de um misticismo não dogmático; 3) reencantamento do mundo; 4) reconstrução da experiência. Procuramos realizar tal leitura através de recursos e conceitos da teoria da narrativa e teoria da literatura, aliados a dados de outras disciplinas das ciências humanas, como a antropologia, sociologia, etc. O processo interpretativo se deu pela articulação de quatro noções teóricas principais, sendo elas afocalização (G.Genette), a desautomatização (V. Chklosvi), o dialogismo (M. Bakhtin) e a (perda da) experiência ( Walter Benjamin). No corpus do trabalho estão o romance A maçã no escuro, contos dos livros Laços de família e Felicidade clandestina, e crônicas de A descoberta do mundo. Várias outras obras da autora têm aspectos observados a partir do estudo dos textos centrais selecionados.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
SILVA, Flavia T. X. Vilma Sant'Anna Areas Dr. UNICAMP 2004
Título: Molduras para o vazio : duas obras de Clarice Lispector
Sinopse: Detendo-se sobre A paixão segundo G.H. e A hora da estrela, ambos de Clarice Lispector, este texto analisa algumas variações do impasse que se delineia no primeiro romance da autora, Perto do coração selvagem, a saber: a divisão das personagens, dos narradores, e dos próprios textos, entre ?viver? e ?saber que se está vivendo?. O ?saber que se está vivendo? conecta-se ao que diz respeito à ordem simbólica. O ?viver? aponta para aquilo que escapa à tal ordem e resta enquanto indizível, enquanto vazio. Configurado o núcleo problemático, são três os principais escopos do meu texto: reler A paixão segundo G.H. e A hora da estrela à luz comparativista; estabelecer um diálogo com a fortuna crítica que provoque o deslocamento de algumas posições cristalizadas e visite determinadas lacunas; marcar os pontos de homologias e diferenças com algumas obras de Virginia Woolf. A tentativa de articulação entre os textos delimita questões caras tanto para Lispector e para Woolf, quanto para o romance moderno. São elas: a perda de uma identidade fixa de personagens e narradores e a conseqüente divisão e evanescência dessas figuras; a opacidade da linguagem e uma angustiada indagação sobre a possibilidade de simbolização do real, uma possível melancolização daí decorrente; a fragmentação e a multiplicidade de pontos de vista; a formulação através de paradoxos e contradições e também a função que a literatura assume nesse quadro de crise da linguagem. Tendo como prisma de leitura a psicanálise lacaniana e como interlocução a fortuna crítica, proponho uma moldura que evidencie os traços singulares que os textos claricianos, e woolfianos, emprestam às questões mencionadas
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
PEREIRA, Nilo Carlos Walter Carlos Costa Ms. UFSC 2003
Título: Filosofia e Ficção: o ser em o Drama da Linguágem, de Benedito Nunes
Sinopse: O respeito trabalho analisa o princípio do ser na crítica de Benedito Nunes, mas especificamente no livro O drama da linguagem: uma leitura de Clarice Lispector, mostrando as influências do pensamento filosófico no método crítico deste autor.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
SILVA, Acir Dias da MIlton José de Almeida Dr. UNICAMP 2004
Título: Ana e Maria
Sinopse: O presente trabalho é uma pesquisa sobre arte, imagens, memórias e tradução artística. Constitui-se de desejos e tentativas de construir significados a partir do conto ?amor? de Clarice Lispector. Para Tanto, levamos em consideração suas ramificações no mundo da memória e, consequentemente, desdobra-se em significados para o vídeo. Nesse sentido, a literatura, a Bíblia e as imagens do cinema são mananciais da pesquisa, pois exploro as significações à medida que tento traduzir as linguagens em som e imagem em movimento.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
STEFENS, Adriana Inês M. Maria José P.G.P Ms. PUC/SP 2008
Título: O diálogo de alteridades na escritura de A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector
Sinopse: presente dissertação tem por objetivo analisar o romance A Paixão segundo G.H. (1964) de Clarice Lispector. Partimos da hipótese de que a narradora personagem, identificada apenas pelas iniciais G.H., ao relatar sua via crucis existencial relata também, através de um discurso plurissignificativo, sua experiência como escritora-escultora. Nesse modo de escrever, trabalha metáforas que podem ser lidas e comparadas, ao ato de escrever indagativo e aos efeitos produzidos pela escritura epifânica. A personagem G.H., após tomar consciência de sua existência, está apta a narrá-la e dar-lhe a forma de experiência epifânica. Ela precisa da forma escritural, para compreender, prender e formalizar a realidade. Escrever, para ela, é uma tentativa de dar forma àquilo que experimentou (a barata) e pela escritura (forma), reviver e dar-lhe a ilusão do sentido poético. G.H. fala sobre a paixão segundo ela mesma, razão pela qual analisamos o discurso da narradora como uma escritura amorosa de Eus, carregada de pathos de um Eu que escreve. A experiência da alteridade pode ser percebida na contraposição de G.H. em relação ao outro, representados na figura de Janair, da barata, do interlocutor imaginário, a quem ela pede a mão para trabalhar, juntos, sua escultura-escritura. A experiência exotópica e o contato com o olhar do outro é que proporcionam o momento epifânico vivido à autora-heroína, portanto, as experiências da alteridade e epifania estão interligadas e interdependentes funcionalmente. Mas, somente a experiência da escritura consegue promover acabamento ético e estético à experiência vivida. O tema tratado em PSGH nasce da tensão entre o dizer e o como escrever, materializando o drama da linguagem em ato escultórico, escritura vivenciada por G.H, em ato de espera de uma forma final. O primeiro capítulo sob o título Um modo de escrever: jogo de alteridades, aborda a narrativa como uma escritura em sua especificidade formal. O capítulo II trata A experiência da escritura de alteridades clariceana, em desencontro com o conteúdo, transformado pela forma escultórica, na qual todo o processo narrativo autor-heroína-leitor dela co-participa. Ainda neste capítulo é abordada a questão da A epifania estética da forma-conteúdo, gerada pelo tempo epifânico que ganha a forma-conteúdo desejada pela heroína-autora e pela autora-escultora da forma artística do relato da alteridade. A narradorapersonagem perscruta sobre o sentido e o limite da palavra poética, portanto, o relato da narradora G.H. é a pura manifestação concreta da forma de uma consciência estética. Ressaltamos que, para analisarmos os efeitos produzidos pelo discurso amoroso recorremos, em particular, às obras de Roland Barthes e concepções levantadas pela palavra crítica e tradutora de Leyla Perrone- Moisés.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
FONSECA, Ailton S.S. Edgar de Assis C. Dr. PUC/SP 2007
Título: A odisséia de si: reconstrução do homem em Clarice Lispector
Sinopse: A obra de Clarice Lispector abriga uma complexa cosmovisão de mundo e de homem. Sua literatura é um mergulho profundo e introspectivo nos mistérios da condição do ser. Em suas tramas as coisas estão sempre se fazendo. Suas narrativas são erráticas como seestivessem em busca da origem ou dos princípios das coisas. Nessa busca, a escritora se depara com a inominável e misteriosa beleza do ser, com a complexa condição humana que está para além dos rigores disciplinares e racionalizações. Esta tese é uma reflexão aberta ao outro, ao diálogo sobre a condição humana na obra de Clarice Lispector. Parte do romance A maçã no escuro porque é nele que, acreditamos, podemos melhor perceber o homem inaugurando a odisséia de si mesmo. Martim, o protagonista, é esse homem a partir do qual será possível passear pela obra da escritora e dialogar com outros personagens criados por ela. Martim é um personagem arquetípico. Esse romance é considerado, aqui, um romance-núcleo, no qual o sujeito vive o problema antropológico de se refazer pela raiz, de se tornar o que é. A tese, portanto, está organizada em torno das experiências de Martim, esse personagem cujas experiências se apresentam de forma contínua e descontínua.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
José da Costa Filho Dr. USP 2006
Título:
Dramaturgia por outras vias: a apropriação como matriz estética do teatro contemporâneo - do texto literário à encenação
Sinopse: O presente trabalho procurou conciliar a reflexão teórica sobre o fenômeno da \"apropriação\" de textos literários para o palco, tomando como ponto de partida a leitura cênica dos seguintes textos da literatura brasileira: Um Sopro de Vida (1978) de Clarice Lispector e A Fúria do Corpo (1980) de João Gilberto Noll, ambos conduzidos à ribalta pelas encenadoras Nadja Turenko e Celina Sodré, respectivamente. Dentro da proposição teórico-prática, buscamos aprofundar, suplementar e, quando possível, substituir o conceito de \"adaptação\", terminologia que consideramos inadequada aos fenômenos teatrais aqui abordados. Fez parte do nosso propósito, desde o início da pesquisa, realizar a análise crítico-descritiva dos índices de teatralidade contida nos universo literário dos autores, bem como refletir acerca do posicionamento das leitoras-encenadoras frente às suas opções, escolhas e recortes diante dos extratos literários. Procuramos ainda, contribuir, a partir dos estudos sobre essas experiências para um melhor e mais abrangente conceito de \"dramaturgia\", assim como refletir sobre os limites e as fronteiras entre a linguagem literária e a linguagem cênica sem separá-las de antemão, mas percebendo-as em seus territórios verbal e visual, fusão altamente presente nos processos que partem dessa via, premissa e procedimento.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
LIMA, Angela F. Fernanda Maria A.C. Ms. UFCE 2007
Título: Representações do feminino em Laços de Família de Clarice Lispector
Sinopse: Este trabalho é o resultado de uma pesquisa que objetivou investigar as representações do feminino, no livro Laços de Família (1960), da escritora Clarice Lispector. A partir da pesquisa bibliográfica, registramos a história social da mulher e da família e o percurso histórico das representaçõs do feminino na literatura, desde a antiguidade até os dias atuais, destacando na produção da escrita feminina contemporânea, no Brasil, a escritora Clarice Lispector e seu modo especial de elaboração da linguagem, para mostrar a pertinência de nosso trabalho: Representações do feminino em Laços de Família, de Clarice Lispector, através da análise dos seguintes contos: "A menor mulher do mundo", "Uma galinha", "A imitação da rosa", "Devaneio e embriaguez de uma rapariga", "Os laços de família" e "Feliz aniversário".
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
PEREIRA, Carlos A. R. Olga de Sá Ms. PUC/SP 2006
Título: Alteridade e silêncio em A paixão segundo G. H de Clarice Lispector
Sinopse: Este estudo tem por principal finalidade focalizar, em A paixão segundo G.H. (1964), de Clarice Lispector, determinadas manifestações da alteridade presentes nesta obra, destacando o papel que exercem como pressupostos da construção identitária da personagem. Inicialmente, sob o ponto de vista dos outros que se posicionam exteriormente à protagonista, destacam-se aqueles que a ela se equivalem, socialmente falando, os quais, exatamente por esse fato, aceitam sem nenhuma contestação a imagem de si mesma que G.H. apresenta. Por outro lado, Janair, a empregada de G.H., por não compartilhar o mesmo espaço social e a mesma visão de mundo da personagem, assume uma posição de questionamento em relação aos valores cultivados pela patroa e a tudo o que ela parece ser, tornando-se dessa maneira uma espécie de antagonista e relevando aspectos de G.H. que ela mesma não conhecia. Em seguida, o trabalho se volta para a autografia como meio pelo qual a personagem evidencia um outro indivíduo que é ela mesma, pois, ao tomar a decisão de narrar a sua própria história, a personagem atinge, como autora, o devido distanciamento necessário à compreensão dos fatos de grandeza epifânica, a ela sucedidos, como personagem, no dia anterior. Nesse momento em que a narrativa atua como instrumento de decifração de sua experiência interior, a personagem passa a assimilar o silêncio como elemento significativo do processo cuja culminação ocorre inesperadamente no encontro com uma barata. Os objetos primordiais dessa pesquisa, portanto, são: a alteridade vista sob diferentes prismas a auto-escrita como forma de entendimento de fatos inicialmente desconexos e o silêncio, considerado como elemento significativo na trajetória interior da personagem
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
TEIXEIRA, César Mota Alcides C.O. Villaca Dr. USP 2007
Título: Narração, dialogismo e carnavalização: uma leitura de " A hora da estrela" , de Clarice Lispector
Sinopse: Esta tese é um estudo analítico-interpretativo do romance A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. Com base nas teorias de Mikhail Bakhtin, explicitam-se os elementos dialógicos que estariam na base da composição do romance final de Lispector. Por dialogismo, entendem-se as várias interações crítico-paródicas que o narrador Rodrigo S.M, persona masculina criada pela autora, estabelece com outros discursos no processo metaliterário que embasa a construção da narrativa. Entre estes discursos, a análise dá especial atenção à paródia que o narrador faz de diferentes formas narrativas e dramáticas, entre as quais se destacam o romance de folhetim, o melodrama, o romance regional, o romance social e o romance psicológico. O tom dialógico-paródico dominante na obra permite detectar traços de carnavalização usados como arma de crítica e denúncia social. No âmbito desta carnavalização, destaca-se a presença de máscaras ancestrais da arcaica romanesca retomadas e atualizadas por Lispector, em especial as máscaras do tolo, do bufão e do trapaceiro, personagens arquetípicos que, oriundos do solo da cultura popular, teriam importante papel na consolidação do romance como gênero fundamentalmente voltado para a representação/encenação crítica de discursos (ainda segundo Bakhtin). Analisam-se também algumas crônicas de Lispector consideradas importantes para a compreensão da figuração do \"personagem tolo\" sem sua obra. Trata-se de crônicas que tematizam o longo contato da escritora com empregadas domésticas, personagens que antecipam e inspiram a criação de Macabéa. A importância do tolo é destacada, na medida em que ele se apresenta como uma \"máscara\" que permite interagir criticamente com os discursos instituídos, ou seja, com a ideologia dominante. O tolo que estranha e não compreende a sociedade que o cerca torna-se um importante elemento de denúncia da falsidade e do perniciosismo das relações sociais estabelecidas. A ele se junta o bufão, representado ironicamente na persona burlesca do narrador masculino Rodrigo S.M., que, em clima de carnavalização, desmascara e destrona discursos no processo autocrítico de construção da narrativa.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
RUSSO, Conceição S.Z. Maria A Junqueira Ms. PUC/SP 2007
Título: O discurso da felicidade em contos de Clarice Lispector
Sinopse:
A presente dissertação busca apreender o método de construção da felicidade em contos de Clarice Lispector. Objetivando refletir sobre a problemática da felicidade, perguntamo-nos se a felicidade pode ser associada a um momento de lucidez, de entendimento do próprio eu, associando-se à epifania. Consideramos para esta investigação, as seguintes hipóteses: a felicidade está inscrita no processo de escritura, sendo o paradoxo uma das chaves desse processo; a busca da construção da felicidade reflete a união das alegrias e agonias do ser humano e a metáfora da felicidade revela os procedimentos para se chegar à epifania. Para o estudo, foram selecionados os contos: Felicidade Clandestina e Feliz Aniversário. A fundamentação teórica que sustenta a análise é alicerçada em três pilares. No que diz respeito à felicidade, priorizamos os conceitos filosóficos de Aristóteles e Epicuro. Com relação aos efeitos estéticos projetados pela ação discursiva, buscamos referências em Poe, Cortázar e Sant Anna. Para a discussão da felicidade e da epifania, fundamentamo-nos, primordialmente, nos estudos de Olga de Sá. O trabalho procura explorar, ao longo de três capítulos, a gênese do discurso da felicidade, a estrutura do conto clariceano, a análise dos contos, a dialética da felicidade e as contradições do ser e da linguagem que resultam na construção de textos sem happy end. Entre outras conclusões, apreende-se, no processo de construção do discurso da felicidade, a revelação, em frações de segundos, de verdades existenciais que se questionam continuamente, a mimetização das contradições do ser humano no encontro da felicidade com a epifania.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
NASCIMENTO, Cristina G.V.O João Teodoro O.M. Ms USP 2003
Título:
Da construção da identidade feminina em contos de Clarice Lispector: uma análise semiótica
Sinopse: O presente trabalho tem por objetivo analisar, por meio de uma leitura semiótica, o tema da construção da identidade feminina em contos da escritora Clarice Lispector. Selecionaram-se, portanto, quatro textos que constituem o corpus de nosso trabalho, o qual se insere no universo do discurso literário, a saber: Amor; A imitação da rosa; Os laços de família e A bela e a fera. Num primeiro momento, apresenta-se a fundamentação teórica que sustenta esta análise, cuja base é a semiótica greimasiana, e, ainda, os modelos de formalização da semântica profunda estabelecidos por Pais. Concluído o exame das estruturas narrativas e discursivas dos contos escolhidos, chegar-se-á às suas estruturas profundas, revelando assim os sistemas de valores e a visão de mundo da cultura brasileira, subjacentes aos referidos contos, no que se referem às condições para formação de uma identidade feminina. Com efeito, espera-se que as análises por ora realizadas possam contribuir de alguma maneira para a ciência semiótica e sua aplicação. Espera-se também, ainda que modestamente, suscitar alguma reflexão social no tocante às constatações presentes neste estudo. Afinal, revelar a visão de mundo de uma sociedade é ainda um meio de fazê-la olhar para dentro e refletir sobre o que deve permanecer e, essencialmente, o que precisa ser modificado.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
SPINELI, Daniela Maria Aparecida Junqueira Ms. PUC/SP 2008
Título: construção da forma n'A Hora da Estrela, de Clarice Lispector
Sinopse: Esta dissertação de mestrado, cujo objeto de investigação é A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, visa analisar as relações entre Rodrigo S.M. e Macabéa, respectivamente narrador e protagonista desse romance. À luz da fortuna crítica dessa literatura, pretende-se analisar qual a novidade que a história de Macabéa apresenta para o projeto literário de Clarice Lispector. O romance A Hora da Estrela parece redimensionar as pesquisas formais desenvolvidas pela escritora ao longo de sua obra, a partir do instante em que a miséria, à qual Macabéa está destinada, se torna o tema central da figuração. Apoiados na análise da história desta jovem nordestina, datilógrafa semi-analfabeta, habitante do Rio de Janeiro, ambicionamos avaliar de que maneira os acontecimentos vivenciados por Macabéa fornecem subsídios para que compreendamos a posição de Rodrigo S.M., narrador/personagem do romance. Narrador que vê o seu relato comprometido com questões materiais evidentes como: classe social, cultura e profissão. O problema desloca-se para o exame das relações entre matéria histórica e forma literária. Longe de ser uma discussão centrada na representação dos conteúdos materiais, A Hora da Estrela é o espaço literário em que a pesquisa formal, na produção literária de Clarice Lispector, ganha corpo e densidade, de modo maduro e consciente. O leitor do romance não pode esquecer que não só as personagens de A Hora da Estrela, mas também o seu narrador são, para Clarice Lispector, figurações de uma literatura que deseja responder ao seu tempo e à experiência social que a motivou
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
GOMES, Cristina Torres Maria Rosa D. Oliveira Ms. PUC/RJ 2008
Título: A movência das fronteiras: o ensaísmo nas crônicas de Clarice Lispector
Sinopse: Esta pesquisa tem por objeto de estudo a construção das crônicas de Clarice Lispector para o Jornal do Brasil, escritas no período de 1967 a 1973, à luz de suas relações com o método de construção ensaístico de raiz montaigneana. É importante deixar claro que, em nosso caminho investigativo, ensaio e crônica não são interpretados como gêneros especulares; o que os associa e traz a possibilidade de um profícuo diálogo entre eles está no modo como trabalham a linguagem na fronteira entre o poético e o reflexivo-filosófico. Esta hipótese se ancora em dois pontos determinantes de confluência entre essas produções textuais: a responsabilidade pela forma escritural e a invenção do eu. Para guiar as propostas de nossa investigação, dialogamos com duas linhas de fundamentação teórica. A primeira pensa a voz do narrador e a construção do olhar do cronista à luz dos estudos de Walter Benjamin sobre o narrador e sobre o flâneur; a segunda pensa a construção do método ensaístico e da invenção do eu do cronista, a partir dos Ensaios de Montaigne. Para a seleção do corpus, elegemos oito crônicas publicadas por Clarice no Jornal do Brasil. Cinco das crônicas foram analisadas no corpo do trabalho em diálogo direto com a parte da fundamentação teórica, pois apresentam a força de um pensar metacritico e dialogam diretamente com a reflexão sobre a invenção do eu do cronista. As demais crônicas, que compõem o capítulo três, não abordam diretamente a voz metacrítica, mas sim seu manejo escritural no subsolo do texto, justificando nossa escolha pelo desejo de mergulharmos no processo construtivo não apenas pelo viés metacrítico, mas também pelo jogo escritural de suas bases de composição. Concluímos que a produção cronística de Clarice Lispector apresenta, de fato, um método ensaístico de composição que reverbera gestos fundantes de toda sua poética: a consciência da forma e a construção de um de eu movente, cujo lugar é sempre o de um devir.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
TORRE, Daniela Della Gilberto Safra Ms. PUC/SP 2006
Título: Clarice Lispector: Da solidão de não pertencer à quarta dimensão.
Sinopse: O estudo Clarice Lispector: da solidão de não pertencer à quarta dimensão reflete sobre as principais questões constitutivas o modo de ser das pessoas. O diálogo com Clarice Lispector, pessoa conhecida e com modo especial de ser, ilumina essa reflexão e contribui para apresentar sua singularidade. Este estudo é norteado pelos pressupostos psicanalíticos de Donald W. Winnicott e, principalmente, baseado nas concepções de Gilberto Safra sobre o idioma pessoal. A história de Clarice, os estudos clariceanos, os depoimentos deixados ao longo de sua obra e a releitura dela apontam para o desvelamento de seu idioma pessoal missão/questão, pertencer/não, solidão e silêncio que deságuam na sua palavra. Tentativa de artesão busca reconstruir essa trajetória, esse jeito de ser. Em Da solidão de não pertencer à quarta dimensão o idioma pessoal vai se desenhando dentro de uma perspectiva ontológica. No começo há uma missão, que impede o devir. No entanto, ao longo da existência foi re-posicionada em questão, surge o não pertencer e o anseio de pertencer como elementos constitutivos. A solidão clariceana é o núcleo do segredo, do mistério, do atrás do pensamento. Enquanto o silêncio, fonte de minhas palavras, se faz presença esperada. É a palavra, quarta dimensão, que ao emergir toca sua face oculta e a salva. A lucidez de Clarice diante da existência e da contingência humana revela, para além dela mesma, a humanidade assentada nestes registros. Com a palavra ela encontra o destino de suas questões, ergue a ponte ser-ser na qual se encontram as singularidades do ser gente.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
XISTO, Daniela T. R Dulce Mara Critelli Dr. PUC/SP 2007
Título: Na aproximação de mythos e logos: a compreensão sobre o modo de ser dos homens
Sinopse: Este estudo tem como questão distinguir e aproximar dois modos, mutuamente irredutíveis, de pensamento e discurso: o mythos e o logos. Para efetuarmos tal distinção, partimos do reconhecimento de algumas das características distintivas do mythos e do logos nas origens do pensamento ocidental, posto ser desde lá que germinam as expressões poéticas e filosóficas do pensar e da palavra. É para duas destas expressões na contemporaneidade que voltamos nossa atenção, na seqüência: o discurso filosófico de Martin Heidegger e a prosa poética de Clarice Lispector. Uma vez reconhecidos em suas distinções, buscamos possíveis aproximações entre o que nos fala o logos de Heidegger e o mythos de Lispector acerca de uma mesma questão: a condição de ser dos homens. A elaboração deste estudo ocorre, então, em duas partes. Na primeira, é observado, inicialmente, o que é próprio a estas falas que são o mythos e o logos em seus surgimentos originários na Grécia arcaica e antiga, respectivamente. Num segundo momento, desta primeira parte, acompanhamos o que nos dizem Martin Heidegger e Clarice Lispector acerca da propriedade de seus respectivos modos de pensar e dizer conceitual e imagético. A segunda parte do estudo se detém nas compreensões, muitas vezes próximas, de Heidegger e de Lispector, sobre o modo de ser dos homens. É importante ressaltar que este estudo é todo orientado para a tentativa de deixar que se mostrem as falas de Martin Heidegger e de Clarice Lispector, tanto em relação às suas peculiares vias de compreensão e expressão, como em relação às suas leituras acerca do humano. Uma vez que, o que se pretende é, respeitando-lhes as diferenças, aludir para a fecunda interlocução entre mythos e logos, entre as falas poética e filosófica, ao tentarmos compreender uma questão. Para tanto, estabelecemos pontuais aproximações entre as referidas leituras sobre o humano, indo do que é dito pelo logos de Heidegger ao encontro do que nos fala o mythos de Lispector. De modo que, nas considerações finais, transitemos pela confluência de tais leituras, ao deterem-se na compreensão do que é próprio aos homens.
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SILVA, Débora T. Muller Gilda Neves S. B. Ms. UFRGS 2001
Título: A perseguição da forma na metalinguagem ficcional de Julio Cortázar e Clarice Lispector
Sinopse: Partindo de uma questão teórica preliminar ¿ a representação e seus modos de articulação ¿ este trabalho examina o papel da metalinguagem presente em obras de Clarice Lispector e Julio Cortázar como contributo vigoroso às reflexões teóricas, bem como à evolução literária. Com o enfoque temático centrado basicamente na linguagem, pretendemos defender esse tipo de abordagem comparatista como prática crítica eficaz no estudo da narrativa latino-americana, especialmente o conto e o romance. A estrutura do mesmo consta de uma introdução que funciona também como exposição metodológica e informa algumas fontes teóricas; dois Capítulos que consideramos o corpus propriamente dito: o primeiro A paixão segundo Sofia, apresenta aspectos sobre a vida e a obra da escritora, bem como a análise dos textos de nossa escolha; em exercício análogo, o segundo capítulo, Un tal Julio, focaliza Cortázar. O terceiro capítulo, Os perseguidores na dimensão de Moebius, procura, de um lado, amarrar aquelas que consideramos as linhas de força comuns às criações dos dois escritores ¿ sempre focalizando a metalinguagem ¿ e os pontos de contato e, de outro, indicar alguns dos aspectos que os distanciam. Optamos por não divorciar totalmente os pressupostos teóricos do corpus para imprimir um certo dinamismo à leitura. As fontes teóricas estão distribuídas em sincronia com a abordagem analítica que nos pareceu a mais exeqüível na organização e na tradução de idéias em palavras. Na conclusão, procuramos uma perspectiva autocrítica, que nos desse uma visão mais ampla sobre o próprio percurso do trabalho realizado nos três capítulos e que contemplasse algum cotejamento entre o texto ficcional contemporâneo, a crítica, a filosofia da linguagem e o ser da própria literatura como responsável pela evolução espiritual do homem.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
STEFAN, Denise Rocha Evelina de Carvalho S.H. Ms. UFBA 2004
Título: A escritura de Clarice Lispector na interconexão entre a literatura e a psicanálise
Sinopse: Esta dissertação estuda a escrita de Clarice Lispector, com o objetivo de verificar se sua escrita pode ser considerada como a invenção de um sinthoma, tal como proposto por Jacques Lacan para James Joyce. Para atingir este objetivo, foi feito um levantamento dos sentidos dos termos escrito, escritura e de outras palavras relacionadas ao campo semântico do escrever. A fundamentação teórica foi buscada em autores do campo da psicanálise lacaniana e dos estudos literários. Após a realização de um estudo sobre a narrativa e suas mudanças ao longo das épocas, foi trabalhada a função do escrever para Clarice Lispector e feita uma leitura do romance A Paixão segundo GH. As considerações realizadas permitiram levar à proposta de que, mesmo podendo ser considerada uma voz antecipadora do romance contemporâneo, a produção textual realizada por esta autora está além das condições culturais em que viveu, não podendo ser justificada apenas pelas características deste tipo de narrativa. Assim sendo, foi proposto que é possível pensar que a escrita de Clarice Lispector exerceu a função de escritura, possibilitando a articulação do sintoma.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
BARREIROS, Douglas P. Biagio D'Angelo Ms. PUC/SP 2008
Título: Pinturas narrativas: Clarice Lispector e Virginia Woolf entre tela e texto
Sinopse: No surgimento da literatura comparada como disciplina, os estudiosos restringiam os trabalhos à análise de obras literárias pertencentes a fronteiras nacionais distintas. Tinha-se em mente um emissor que seria um autor com características próprias e originais que exercia influências sobre um receptor, entendido como um escritor pertencente à nacionalidade distinta daquele do qual recebia influências. O objetivo central era, portanto, descobrir e explicar fontes e influências. Hoje o comparatismo ampliou seu campo de atuação ultrapassando os limites lingüísticos e nacionais na comparação entre obras literárias, passando a se movimentar em meio a várias áreas do conhecimento. Com essa alteração, fizeramse necessárias algumas modificações metodológicas, bem como o emprego de fundamentação teórica advinda de disciplinas distintas daquelas dedicadas ao estudo lingüístico ou literário. Amplia-se, portanto, o traço de mobilidade próprio da literatura comparada. Por conta dessas alterações, a exclusividade em se comparar obras literárias produzidas em sistemas lingüísticos diferentes, objetivo primordial do comparatismo em seus primórdios, converteu-se na comparação entre formas de expressão, ou melhor, entre linguagens diversas. Esta dissertação apresenta algumas relações entre as obras de Clarice Lispector e Virginia Woolf com a pintura. Elas são observadas, basicamente, a partir da imagem como elemento homólogo entre tela e texto. As imagens poéticas são analisadas a partir dos textos literários para enfim serem traçadas algumas analogias com a pintura. Para tanto figuram no trabalho telas de pintores de referência como Monet, Degas, Pablo Picasso, Salvador Dali, dentre outros.
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GÓIS, Edma Cristina A. de Paulo Sergio N.S. Ms. UNB 2007
Título: O dever da faceirice: o corpo e feminidade no colunismo e na ficção de Clarice Lispector
Sinopse: A escritora Clarice Lispector foi autora das colunas Entre Mulheres, no jornal Comício (1952) e Correio Feminino: Feira de Utilidades, no jornal Correio da Manhã (1960). Assinando com os pseudônimos Tereza Quadros eHelen Palmer e mantendo um diálogo de amiga com suas leitoras, Clarice as aconselhava na contramão do pensamento patriarcal e conservador da época, sempre que possível.Esta pesquisatemcomoobjetivoanalisarcomo o corpo e a feminidade são expressos nas colunas de jornal. E também com quais objetivos as imagens femininas são construídas. Para isso, utilizo como referenciais teóricos os trabalhos de Michel Foucault sobre corpo e formação dos discursos, autoras diversas de teoria feminista, além da fortuna crítica sobre a obra de Clarice Lispector. As colunas de Tereza Quadros e Helen Palmer misturavam dicas de beleza, culinária, moda, cuidado com a casa e o marido e literatura. Os textos, digamos, fúteis, tinham como alicerce os escritos literários. E ainda assim, esses textos considerados mais amenos carregam a dicotomia da escrita de autoria feminina. São conservadores, mas vez por outra transgridem. Na prática, eles precisam existir para que a autora tenha acesso ao espaço do jornal. As colunas femininas são escritas equilibrando-se entre o retrógrado eo avançado. A emancipação está nas entrelinhas do discurso e é vista apenas pelas leitoras mais atentas.
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ROEFERO, Élcio Luis Olga de Sá Ms. PUC/SP 2006
Título: De eros ao abismo: Um estudo do desejo em Felicidade clandestina, de Clarice Lispector
Sinopse:
Propomos, nesta dissertação de mestrado, uma leitura do desejo na obra de Clarice Lispector, partindo do estudo de O primeiro beijo, Tentação, Felicidade clandestina, Restos do carnaval e Os desastres de Sofia, que compõem o volume de contos Felicidade clandestina, publicado em 1971. Cada conto escolhido aponta para um diferente movimento do desejo e sua aprendizagem na construção do sujeito. Dessa forma, a partir de um estado desejante, a personagem clariciana mergulha num processo de auto-descoberta, que transita entre o gozo e a frustração, essenciais na busca constante que operam em si mesmas. Na análise desse corpus, usamos como principal referencial teórico a confluência Literatura/Psicanálise, uma vez que a linha de pesquisa privilegia o estudo das personagens de Lispector, sempre inseridas num limiar entre o dizer e o não-dizer. Na introdução desse trabalho, percorremos várias leituras acerca do desejo e sua possível constituição, encontrando ecos nas teorias de Freud e seus seguidores, além de uma breve inserção no pensamento filosófico. No primeiro capítulo, tecemos um percurso teórico das relações entre Literatura e Psicanálise. Nos capítulos seguintes, detemo-nos nas análises dos contos escolhidos, culminando no estudo de Os desastres de Sofia, obra que antecipa recorrentes temas da contística clariciana, sobretudo a constituição da infância enquanto espaço de risco. Ao elegermos a investigação do desejo na ficção de Lispector, bem como os seus desdobramentos e frustrações, percebemos uma organização das diferentes formas de configuração das relações de personagem, identidade e alteridade. Ao mesmo tempo, vislumbramos um terreno fértil onde floresce o desconhecido do Outro em confronto com o desconhecido de si.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
WALLER, Eliane Ana Claudia C. Viegas Ms. UFRJ 2008
Título: Vestidos e mordaças: representações da opressão feminina na Literatura Brasileira nos séculos XIX e XX
Sinopse: Em perspectiva diacrônica, envolvendo dois séculos, o XIX e o XX, a dissertação tem por objetivo traçar um panorama da situação de quatro personagens femininas na Literatura Brasileira, em relação à opressão e à violência, não a partir de uma abordagem meramente sociológica, pois este seria o trabalho de outras áreas de conhecimento como a Sociologia e a Antropologia, mas sob a ótica de um viés literário como representação da história cultural de nosso país, destacando características dessas mulheres e suas reações à desqualificação feminina pela dominação patriarcal e machista da sociedade brasileira, principalmente em grupos sociais mais vulneráveis, no meio rural e urbano. Com tal propósito, as personagens selecionadas, emblemáticas em sua construção, servirão de suporte para análise: Lucíola, de José de Alencar no romance homônimo; Sinhá Vitória, de Graciliano Ramos, em Vidas secas; Leniza, de Marques Rebelo, em A estrela sobe; e Macabéa, de Clarice Lispector, em A hora da estrela. Para isso, o trabalho propõe-se, de início, a discorrer sobre a questão do feminismo no Brasil e no mundo, através de autores como Simone de Beauvoir e Elisabeth Badinter. Além disso, objetivarei discorrer sobre a visão histórica e cultural da formação da sociedade brasileira, a fim de que os meandros do papel da mulher e a questão feminina sejam entendidos dentro de uma perspectiva mais objetiva e factual.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
SILVA, Evandro C.C. Antonio Manzatto Ms. Un.Met/SP 2006
Título: O Judaísmo Encalacrado: mística e religião em A Hora da Estrela, de Clarice Lispector.
Sinopse: O objetivo deste trabalho foi o de demonstrar a importância e pertinência do diálogo entre literatura e religião, concentrando o âmbito de sua pesquisa a partir das relações entre a escritura de Clarice Lispector e as ressonâncias de uma tradição (judaísmo), que embora não tenha sido assumida pela autora, persiste, encalacrada em toda a sua obra. Tendo, como objeto de pesquisa o romance A Hora da Estrela, esta dissertação procurou entender como o drama da narrativa, em seu jogo de tensões e identidades, em sua pluralidade de títulos e referências, sinaliza também um profundo problema com a religião. Focando, de forma especial a personagem Macabéa, este estudo procurou compreender como as referencias da personagem, sua dificuldade com as palavras, seus desencontros do outro (tu) e sua rejeição social, revelam um grave problema de ordem teológica, demonstrando os equívocos de uma sociedade, que fundada sobre o prisma da religião, massacra os mais fracos. O desfecho do livro sinaliza uma possível epifania, mas, desvela-se num fracasso da religião e de seu poder salvífico. O trabalho procurou a partir dos principais temas do romance, perceber suas correspondências com o tema da religião. Pode com isso, a partir das contribuições de Scholem, ver como dilema existencial e subjetivo da personagem possui proximidade com o drama místico cabalístico, além disso, perceber as correlações entre a obra clariceana e textos da tradição judaíca, quer na sua referência explícita (nome da personagem), como também, em seu aspecto de busca, em sua forma de midrash e nas inúmeras exegeses e comentários que propicia. Finaliza seu esforço, levantando uma discussão ética sobre os valores teológicos da sociedade e seus profundos equívocos, ante a vida e morte da pobre Macabéa, uma mulher que viveu a religião nos limites da própria existência.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
FAZILARI, Fábio Luiz Lilian Lopondo Ms. Mackenzie 2006
Título:
O impacto das personagens ausentes na obra de Clarice Lispector
Sinopse: O presente estudo almeja à análise da obra A Paixão Segundo G.H. e do conto O Búfalo em Laços de Família, ambos escritos por Clarice Lispector. Pretende-se a equiparação destas duas obras a partir das personagens secundárias, revelando seu caráter significativo para a condução das células narrativas. E ainda, explora-se o papel destas personagens e sua relevância para a edificação e sustentação dos dramas existenciais das protagonistas no percurso narrativo. Inclui-se nesta pesquisa, a observação de algumas estratégias estilísticas utilizadas pela escritora, visando à consistência argumentativa, aliada a uma conseqüente produção criativa, alcançando sua completude através da inter-relação entre forma e conteúdo. Promover-se-á, ainda, o diálogo da teoria literária com outras teorias que despontam nas obras de Clarice Lispector.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
MELO, Fátima M.R. de Renato M. Athias Ms. UFPE 2008
Título: Uma leitura do texto clariceano em sala de aula
Sinopse: A presente dissertação analisa a interação de alunos do Ensino Médio e do Ensino Profissionalizante de uma escola pública da rede estadual com a narrativa de Clarice Lispector, quando da vivência do Projeto Laboratório de Atividades Literárias, no período de 1992 a 1997, idealizado pelo DEAC (Departamento de Ações Culturais), sendo esta escola um dos núcleos de implantação do Projeto. Relatamos passo a passo a recepção da obra clariceana, a produção textual resultante das leituras e análises e a repercussão do trabalho, através dos depoimentos dos alunos-leitores que participaram das oficinas de leitura do texto literário. Detectamos, também, nesse processo, as principais dificuldades dos leitores em face da leitura literária, de um modo geral. Sugerimos algumas orientações metodológicas, visando diminuir a distância, que ainda há, entre os alunos e o ensino da literatura no contexto escolar. Revisitamos os pressupostos de abordagens teóricas que focalizam a interação texto-leitor sob prismas distintos, mas que dialogam quando discutem a leitura do ponto de vista social (JAUSS, 1979, 1994, 2002), ou individual (ISER, 1979, 1996, 1999, 2002), reconhecendo os limites da interpretação (ECO, 1999). Selecionamos contos e romances da autora, tendo em vista as singularidades da narrativa clariceana. O processo epifânico por que passam os narradores-personagens ou personagens foi assinalado, tendo em vista ser este uma das marcas da ficção de Clarice Lispector, e constituindo um dos objetivos principais da leitura dos contos e romances. Em suma, estratégias narrativas utilizadas pela autora que convidam o leitor a participar do jogo da ficção. Foram trabalhados seis contos do livro Laços de família, um conto de A legião estrangeira e dois textos de Onde estivestes de noite. Os romances Água viva e A hora da estrela integraram a coletânea dos textos selecionados. Constatamos, com base nos depoimentos dos alunos-leitores e na produção textual, elaborada durante as oficinas de leitura, os quais revelaram a identificação do leitor com o texto literário, que os alunos conseguem distinguir o mundo ficcional do mundo da realidade empírica, que conseguem articular os planos da história e do discurso, que tanto as análises que, inicialmente, expressavam uma visão escolarizada da leitura, como as dificuldades na produção escrita, eram decorrentes de como é encaminhado ainda o ensino da literatura na sala de aula. Em síntese, o presente estudo propõe uma maior integração, entre as contribuições da Teoria da Literatura e a escola, na medida em que se discute o ato da leitura como processo dinâmico do envolvimento do leitor com o texto, considerando principalmente o enfoque de Iser. A leitura literária é percebida como um jogo, conforme a abordagem de Iser (In: LIMA, 2002), em que os autores jogam com os leitores e o texto é o campo do jogo.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
LIMA, Flávia de Andrade Sebastien Joachim Ms. UFPE 2004
Título: A adolescência escrita em Marcel Proust, Clarice Lispector e Anne Hérbert
Sinopse: Vivemos, já há algumas décadas, o reconhecimento da adolescência como a idade onde acontecem as maiores mudanças da personalidade e a definição de boa parte dos traços característicos da identidade de cada um. Porém, aliado a esta consciência da importância da adolescência, cultuamos a certeza de ser esta a fase de maiores dilemas na vida do ser humano. Então, rotulamos nossos jovens de aborrescentes e imaginamos esta fase como a única barreira a ser transposta por eles e pelos pais, como se somente na puberdade surgissem problemas existenciais. Muitas vezes esquecemos que uma infância mal vivida ou problemática é anúncio de uma juventude pervertida, e, sucessivamente, uma juventude mal resolvida compromete a maturidade. Enxergamos nos adolescentes muito mais os pontos negativos, chegando a ser comum, quando os adolescentes fogem ao padrão, falarmos com surpresa, e até com certa ironia, que nem parecem estar naquela idade! Diante dessa marginalização dos adolescentes na vida real, resolvemos refletir como é descrita esta fase na ficção. Seriam os jovens personagens da ficção também vítimas dos rótulos de que são taxados os personagens reais? Quais os valores que sustentam a personalidade desses personagens? Neste trabalho nos propomos a encontrar os valores que permeiam esses personagens. Primeiro, analisaremos teoricamente como os valores podem ser inseridos numa obra literária. Depois, traçaremos um perfil psicológico de três figuras adolescentes femininas (pois, acreditamos que a adolescência feminina e a masculina têm diferenças marcantes), em três autores: Marcel Proust, Clarice Lispector e Anne Hébert. E, por fim, concluiremos traçando um paralelo entre os personagens ficcionais e os reais no que se refere aos valores que projetam a imagem da adolescência nos seus universos respectivos. Acreditando que a literatura influencia o leitor, privilegiamos uma reflexão pessoal sobre a possível poeticidade de uma idade tão conturbada, que a todos assusta. Desfazendo o mito de que tudo na adolescência é problemático, buscaremos a raiz das reações dos jovens no processo de passagem, onde as perdas e os ganhos modelam a personalidade do futuro adulto.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
DUTRA, Homero B. Cecil J. Albert Z. Ms. Un. Caxias do Sul 2007
Título: O direito ao grito: a metáfora em A Hora da Estrela, de Clarice Lispector
Sinopse:
O presente ensaio propõe-se a estudar a linguagem de Clarice Lispector na obra A hora da estrela. Atenção especial será dada ao uso da metáfora, visando a compreender as várias interpretações e significações que o texto possui e a verificar de que forma seu uso colabora para a coesão e coerência das diversas histórias dentro do livro. A análise terá o amparo intelectual das idéias de Martin Heidegger e Paul Ricoeur, dentre outros filósofos e estudiosos, e da hermenêutica, como caminho para a interpretação.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
BARRETO, Ivana M. C. Eliana Lucia M.Y .Garcia Dr. PUC/RJ 2004 Título: Clarice: O diálogo com os leitores nas crônicas do JB.
Sinopse: Clarice: o diálogo com os leitores nas crônicas do JB analisa a relação queClarice Lispector estabeleceu na coluna semanal que assinou no Jornal do Brasilentre os anos de 1967 e 1973, verificando como a brevidade e as característicaspróprias do espaço jornalístico possibilitaram uma aproximação cada vez maior deClarice com seu público leitor. Com o arejamento propiciado pela mídia impressa,os escritos claricianos muitos deles trechos de romances e contos da autora -foram definitivamente se transformando de palavras de exílio em palavras deencontro. Nesta travessia, da clandestinidade à liberdade, Clarice Lispector foi seuprincipal personagem e, em diversas situações, pode ter figurado os própriosleitores com quem afirmava trocar correspondências. Os textos desta fase,reunidos em A descoberta do mundo, são objeto de análise desta tese, que verificacomo a autora aproveitou o espaço jornalístico para exercer a intratextualidade emsua obra, fazendo a releitura e reescrita de seus textos.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
BRITO, Jaqueline da Silva Maria Antonieta J.O.B Ms. UERJ 2007
Título:
Clarice Lispector: a tematização da mulher em Laços de família e alguns aspectos da vida de uma escritora do século XX.
Sinopse: O objetivo desta dissertação é refletir sobre a construção de algumas personagens femininas de Laços de família, examinando, em especial, os conflitos por elas vivenciados, a ausência de definição para os embates vividos, o contraste entre comportamento e imaginação, à luz da Teoria do efeito estático, de Wolfgang Iser, em face dos vazios constituintes da narrativa de Clarice Lispector. Tais conflitos serão também observados em relação aos fortes apelos do meio urbano no conturbado contexto do século XX, espaço e momento em que se exacerbam sentimentos diferenciados entre estar na cidade e viver em isolamento.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
PRUDENTE, Joana V. Paulo Venâncio Fº Ms. UNB 2006
Título: O búfalo e olhar avesso da imagem: Clarice Lispector e Pablo Picasso
Sinopse: A dissertação aborda a questão do olhar a partir do entrecruzamento do conto "O Búfalo", de Clarice Lispector, e algumas obras de Pablo Picasso e de Man Ray. O conto - defrontado às obras e analisado a luz de conceitos psicanalíticos de pulsão escópica (Freud e Lacan) e da teoria e crítica da arte - guia o trabalho, que é elaborado à maneira de uma rede de comentários. Neste texto, Lispector traça uma parábola da desmontagem do olhar estruturado perspectivamente e da ultrapassagem da questão da forma em oposição seja ao conteúdo, seja à matéria - que é paralela à desestruturação promovida pela arte moderna, aqui representada por Picasso e Man Ray. As obras destes se relacionam ao texto de duas maneiras: por analogia entre algumas de suas representações de touros e minotauros e o búfalo que dá nome ao conto; e por sua pertinência à discussão sobre o informe. Resulta desta amarração uma apreensão o olhar clivado pelo desejo e não mais unilateral: um olhar que, ao destacar-se daquele que vê, olha-o. A arte, tanto imagética, quanto textual, aparece como estratégia sobretudo de cegamento, que esconde ao invés de mostrar, revelando o que constitui o visível.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
SANTOS, Joelice B dos Biagio D'Angelo Ms. PUC/SP 2008
Título: Entre o porão e o lustre: a relação personagem e espaço no romance O lustre, de Clarice Lispector
Sinopse: O objetivo principal desta pesquisa é a análise do romance O lustre, de Clarice Lispector. Diversas reflexões teóricas acerca do romance moderno, assim como a fortuna crítica sobre este livro, nos auxiliaram neste estudo. Portanto, nosso trabalho não se pauta apenas na discussão teórica, mas na voz da crítica que, de certo modo, não valorizou o volume de 1946 do mesmo modo que julgou os demais romances da escritora. As considerações sobre a recepção crítica, propostas por Hans Robert Jauss, serviram para traçarmos uma linha evolutiva do horizonte de expectativas do leitor de O lustre. A partir dessa abordagem, verificamos que a questão sobre a convenção dos gêneros na obra de Lispector foi um fator que incomodou grande parte dos críticos, uma vez que esse livro não obedece a regras rígidas. Nesse romance, a personagem ganha destaque no processo de construção e nas relações com o espaço que se mostram necessárias à medida que ela se transforma e se constrói a partir do lugar em que se encontra. As idéias de Gaston Bachelard foram relevantes na análise do espaço, pois o recorte foi baseado nas discussões presentes em seu livro A poética do espaço. A importância de O lustre dentro da obra clariceana se mostra ainda no que diz respeito às referências a outros autores presentes nessa narrativa, como Edgar Allan Poe, bem como o diálogo com outras artes, conforme observamos. Em suma, esta pesquisa quer contribuir com os estudos que abordam a obra de Clarice Lispector a partir de um romance considerado menor na produção da escritora brasileira.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
SIQUEIRA, Joelma S. José Miguel Wisnik Dr. USP. 2008
Título: À procura de objetos gritantes: um estudo da narrativa de Clarice Lispector
Sinopse: O presente trabalho detém-se na leitura de textos da escritora Clarice Lispector produzidos nos anos 1940, 1950 e 1960: Perto do coração selvagem, contos de Laços de família e textos e contos de A legião estrangeira. Com a finalidade de investigar inter-relações entre literatura e outras artes na obra da escritora, o corpus foi confrontado com textos sobre as fontes e tradições da arte moderna, trabalhos críticos sobre a arte moderna no Brasil e estudos sobre o espaço moderno. A partir do conceito de \"espaço polissensorial\", proposto por Pierre Francastel, e do conceito de \"espaço em obra\", proposto por Alberto Tassinari, buscamos discutir homologias estruturais entre o espaço da narrativa clariciana e o espaço da pintura moderna. Os dois conceitos se relacionam a duas funções complementares que pensamos existir nas narrativas estudadas: a figuração e a exposição. Pela primeira, a narrativa apresenta personagens, ações, acontecimentos, eventos etc; e pela segunda, apresenta sinais do fazer. O pintor Wassily Kandinsky escreveu que o artista criador busca na aproximação com a música, a mais imaterial de todas as artes, um modo de exprimir com seus próprios meios sem que a imitação seja um fim em si. Trata-se de um aspecto observável na narradora de Perto do coração selvagem, por isso procuramos discutir de que modo a música, aludida muitas vezes na narrativa, relaciona-se com a estrutura do romance.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
SANTOS, José G. C. Lourival Holanda Ms. UFPE 2003
Título: A queda do eu e o gozo da linguagem em A paixão segundo G.H.
Sinopse: Este estudo tem como objetivo, pelo viés da interdisciplinaridade, fazer uma leitura do conceito de sujeito na modernidade a partir do texto clariceano A Paixão Segundo G.H. Para tanto, trazemos o discurso psicanalítico como uma nova forma de pensar o homem e a dimensão da verdade propondo, assim, uma crítica literária em que a idéia do inconsciente subverte a concepção clássica do eu narrativo - não mais efeito de uma visão transcendental mas efeito de linguagem e desejo. Propomos com essa consideração estabelecer um diálogo entre sujeito da escritura e sujeito do inconsciente formalizando, pois, uma teoria de conjunto que possibilite uma prática de leitura a partir do inconsciente.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
BESERRA, José Rogério Fernando Segolin Ms. PUC/SP 2008
Título: A imagem no romance Água viva de Clarice Lispector
Sinopse: Esta pesquisa tem por objetivo analisar a superação dos paradigmas da narrativa tradicional a partir do romance ÁGUA VIVA, de Clarice Lispector, que articula as relações entre as linguagens da prosa e da poesia, num hibridismo de gêneros. Para isso, fizemos um recorte em torno de alguns aspectos, como a desfuncionalização dos elementos da narrativa em uma literatura atual, feita de instabilidade; o lirismo como princípio construtor do ritmo; e a imagem poética, ou seja, a palavra levada ao grau zero. As questões foram discutidas nos três capítulos que compõem a dissertação, em que abordamos o processo dialógico-discursivo da personagem no romance moderno, o processo de construção do ritmo e a pluralidade da imagem, analisada pelo viés da palavra esvaziada de significados. Mostramos que essas temáticas integram-se pelo emprego das imagens metafóricas vinculadas à palavra polissêmica. Nesse percurso analítico-interpretativo, recorremos, entre outros, a Bakhtin, Barthes, Segolin, Santaella, Paz, Sá, além de trabalhos sobre a obra de Clarice Lispector.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
PONTES, Ulia Duque E. Ana Paula Viffer Mr. PUC/RJ 2007
Título: A Mulher que não matou a criança: a infância na escrita de Clarice Lispector
Sinopse: Reflete sobre a força que a imagem da infância assume na obra daautora. O que representa a infância na escrita de Lispector? O estudo parte dapercepção de que a escritora toca na infância não apenas quando a representa emsuas páginas, ou quando dialoga com os leitores de sua literatura infanto-juvenil,mas também em sua busca incessante por uma linguagem próxima ao sensorial,que reúna o dizer ao viver. Se a infância é imagem recorrente nesta escrita,vamos perscrutá-la em suas diversas manifestações.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
CARVALHO, Lia Vasconcelos PUC/SP 2006
Título:
O enredamento narrativo de Clarice Lispector: a construção do referente de um novo maravilhoso nos contos para criança
Sinopse:
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
JARDIM, Luciana Abreu Maria E.Moreira Dr. PUC/RGS 2008
Título: Clarice Lispector e Julia Kristeva : dois discursos sobre o corpo
Sinopse: Propomos o exame das representações dos corpos de personagens nos romances de Clarice Lispector e de Julia Kristeva. Escolhemos três textos de Clarice Lispector Perto do coração selvagem, A paixão segundo G.H. e Água viva para sustentar o argumento do desaparecimento corporal que se esboça a partir da redução dos nomes próprios das protagonistas: Joana, G.H. e a personagem- narradora sem referência nominal. Esse processo de redução parece habitar a composição romanesca de Kristeva, já que a autora escreve romances policiais como exercício de trabalhar a violência sobre um corpo destinado ao apagamento produzido pelo crime. O velho e os lobos (1991) e Possessões (1996) participam de um segundo discurso sobre o corpo que repercute sobre o pensamento teórico de Kristeva, sobretudo quando a autora desenvolve a relação do sujeito falante diante da técnica. O fio condutor de nossa análise sobre os destinos do corpo será a técnica, de acordo com as idéias de Kristeva expostas em Sentido e contra-senso da revolta (1996) e A revolta íntima (1997). No questionamento se é (ou não) pertinente falar sobre esse movimento em direção à perda do corpo, proporemos o exame da reação das escritoras de acordo com as alternativas possíveis. Trata-se de responder se Lispector e Kristeva são capazes de recriar o conceito-corpo para além da esfera intimista ou se elas praticam uma escrita ligada exclusivamente a interesses pessoais, sem produzir interferências efetivas no destino do pensamento ocidental.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
MIRABILE, Luciana Sueli C. Marquesi Ms. PUC/SP 2007
Título: Referenciação e construção de sentidos em contos de Clarice Lispector
Sinopse: Esta dissertação insere-se na linha de pesquisa Leitura e Escrita e tem como objeto de estudo a relevância das estratégias de referenciação para a construção de sentidos no texto. Pretendemos evidenciar, por meio da análise de dois contos literários, a importância da referenciação para a construção de sentidos do texto. O objetivo deste trabalho é contribuir para os estudos de Língua Portuguesa, com especial destaque para a leitura. Nossos objetivos específicos são: 1. verificar como se dá a ocorrência das estratégias de referenciação nos contos Os laços de família e Feliz aniversário, de Clarice Lispector; 2. refletir sobre como o processo de referenciação pode auxiliar o leitor na construção de sentidos do conto literário. A fundamentação teórica situa-se na Lingüística Textual e, para atingirmos nossos objetivos, buscamos autores que tratam da referenciação, como Mondada e Dubois (1995, 2003), Koch (2004a), Koch e Elias (2006), entre outros. As estratégias de referenciação foram abordadas sob a ótica de Apothéloz e Reichler-Béguelin (1995). Tratamos igualmente da leitura sob a ótica de Koch (2005b) e Koch e Elias (2006). No tocante ao conto, o trabalho fundamenta-se nos estudos de Moisés (1967), Gotlib (1988), Propp (1983) e Jolles (1976). Os resultados obtidos na análise dos contos indicam que o processo de referenciação pode auxiliar o leitor a construir sentidos nos textos que lê, uma vez que tal processo leva o leitor a construir cadeias coesivas de sentido. Consideramos que a investigação abre novas perspectivas para o estudo da referenciação em outros tipos de texto e para o ensino da leitura nas séries finais do Ensino Fundamental.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
BRITO, Luiz Andre N. Helena H. N. Brandão Ms USP 2006
Título: O discurso da mulher esclarecida na produção jornalística de Clarice Lispector: o caso Feira de Utilidade
Sinopse: Nesta dissertação, o objetivo central é investigar, de uma perspectiva discursiva da Análise de Discurso de linha francesa - AD, as condições de produção do discurso da mulher esclarecida no interior de Feira de utilidades, coluna feminina publicada entre agosto de 1959 e fevereiro de 1961, escrita por Clarice Lispector com o pseudônimo de Helen Palmer. Observamos, também, como a linguagem reflete e refrata as condições de produção em sua materialização, nos enunciados, as marcas das formações discursivas de uma época. Ao evidenciar essas marcas, o discurso constrói uma "maneira de dizer" - um ethos que visa a sua individualização. Partindo da hipótese de que a coluna feminina, por ser um gênero discursivo com aspecto mais autoral, apresenta uma cenografia mais movediça, centramos nosso percurso teórico na problemática dos gêneros discursivos. Partindo dos pressupostos teórico-metodológicos de Maingueneau (1984; 1987; 1991; 1998; 2004), segundo o qual o gênero, enquanto prática discursiva, deve ser abordado como um ritual convencionado socialmente e submetido a um critério de êxito; essa etapa procura analisar o modo de genericidade da coluna, ou seja, observar a relação entre cena genérica e cenografia. Respondida a questão de como se dá o funcionamento do gênero coluna feminina nas páginas do jornal Correio da Manhã, passamos à segunda etapa da análise, que tem como objetivo responder à seguinte questão: Como Feira de Utilidades, no processo de sua constituição, legitima a discursividade da mulher esclarecida? Para realizar tal análise, mobilizamos o conceito de ethos proposto por Maingueneau.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
ALBUQURQUE, Lurdes M.O. Ms UNB 2006
Título:
A hermenêutica do feminino em "Perto do coração selvagem"
Sinopse:
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
SILVA, Márcia B. M. Aurora G. R. Alvarez Ms. Mackenzie 2006
Título: A Hora da Estrela: o eu e o outro um estudo da dêixis e da alteridade.
Sinopse:
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
BELTRÃO Fª, Maria C.S. UFRGS 2004
Título: Aurum Alchymicum Clariciano : um olhar hermético sobre o texto de Lispector.
Sinopse:
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
MONTI. Tony Valentim A. Facioli Ms. USP 2006
Título: Sim e não - o ritmo binário em 'A Paixão Segundo G.H.', de Clarice Lispector
Sinopse: Esta dissertação é uma leitura de A Paixão segundo G.H., de Clarice Lispector. Tem como foco a questão da liberdade do homem no mundo e de suas possibilidades de dizer, como tratadas no romance. Aproxima-se em diversos aspectos da crítica de Benedito Nunes à obra da escritora, no que diz respeito à identificação e às diferenças entre Clarice e o existencialismo de Sartre. Uma idéia de ritmo binário é formulada, sucessão de afirmações e negações, que dá cadência ao texto e o estrutura. Os dois tempos desse ritmo são relacionados a duas idéias diferentes de liberdade, (1) a de poder (e ser obrigado a) escolher e (2) a de não ser obrigado a (nem poder) escolher. Formuladas como características de dimensões diferentes do ser humano, as duas vias que tais liberdades abrem não podem ser sintetizadas numa única.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
NASCIMENTO, Cristina G.V.P Cidmar Teodoro Pais Ms. USP 2003
Título: Da construção da identidade feminina em contos de Clarice Lispector: uma análise semiótica
Sinopse: O presente trabalho tem por objetivo analisar, por meio de uma leitura semiótica, o tema da construção da identidade feminina em contos da escritora Clarice Lispector. Selecionaram-se, portanto, quatro textos que constituem o corpus de nosso trabalho, o qual se insere no universo do discurso literário, a saber: Amor; A imitação da rosa; Os laços de família e A bela e a fera. Num primeiro momento, apresenta-se a fundamentação teórica que sustenta esta análise, cuja base é a semiótica greimasiana, e, ainda, os modelos de formalização da semântica profunda estabelecidos por Pais. Concluído o exame das estruturas narrativas e discursivas dos contos escolhidos, chegar-se-á às suas estruturas profundas, revelando assim os sistemas de valores e a ‘visão de mundo’ da cultura brasileira, subjacentes aos referidos contos, no que se referem às condições para formação de uma identidade feminina. Com efeito, espera-se que as análises por ora realizadas possam contribuir de alguma maneira para a ciência semiótica e sua aplicação. Espera-se também, ainda que modestamente, suscitar alguma reflexão social no tocante às constatações presentes neste estudo. Afinal, revelar a ‘visão de mundo’ de uma sociedade é ainda um meio de fazê-la ‘olhar para dentro’ e refletir sobre o que deve permanecer e, essencialmente, o que precisa ser modificado.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
KHAN, Daniela Mercedes Regina Lucia Pontieri Ms. USP 2000
Título: A via crucis do outro. Aspectos da identidade e da alteridade na obra de Clarice Lispector.
Sinopse: A principal idéia exposta nesta dissertação é que tanto a forma como o conteúdo do texto de Clarice Lispector obedecem a uma configuração em que os limites entre mesmo e outro não estão claramente definidos. O primeiro capítulo, que analisa o conto "A Quinta História", enfoca a questão da plasticidade da forma do texto clariciano, mostrando como este oscila entre o rigor formal e o rechaço das convenções de gênero. O segundo capítulo tenta rastrear, analisando uma série de textos curtos, os modos de representação do outro, desde as identificações mais primitivas do mesmo passando pelo reconhecimento da diferença do outro, até a representação do outro excluído pela sociedade. Finalmente é enfocada a questão do espaço social do outro através do estudo das relações entre "autor(a)", "narrador", "personagens" e "leitor" no romance A Hora da Estrela. O objetivo é mostrar como a própria forma do romance tematiza a questão da falta de espaço social proposta pelo mesmo
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
MOREIA, Moacyr V. Godoi Jaime Ginzburg Ms. USP 2007
Título: Linguagem e melancolia em 'Laços de Família': histórias feitas de muitas histórias
Sinopse: O presente trabalho tem por objetivo analisar os contos do livro Laços de Família, de Clarice Lispector, partindo de um estudo da linguagem, nos textos, e de um olhar sobre o elemento melancólico, fator constitutivo das personagens. A partir deste levantamento, propomos uma análise através da sociologia da literatura, tendo como fundamentação teórica inicial textos de Theodor Adorno e Walter Benjamin, utilizando a riqueza do objeto para estudar a sociedade brasileira dos anos 1950-60. Através da obra de Lispector, surgem elementos fundamentais da sociedade, negligenciados pelo discurso hegemônico e pelos registros de historicidade mais convencionais, como o preconceito de raça e gênero, a submissão do país a ditames estrangeiros e as profundas desigualdades sociais que caracterizam o Brasil.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
RADAELLI, Juliana Leny Magalhães Mrech Ms. USP 2007
Título: O sujeito e a ficção da escrita: uma articulação entre psicanálise, literatura e educação.
Sinopse: Este trabalho tem por objetivo verificar possíveis respostas singulares para a leitura/escrita, diante da queda de saberes universalizantes e de padrões sociais até há pouco vigentes, em virtude da perda de diretrizes claras e do conseqüente nascimento de um sujeito desamparado na/da própria linguagem, que não sabe mais o que é certo ou errado nem responde a questões básicas de sua vida, como: quando casar, que curso fazer, que família construir. Acreditamos que uma possibilidade de construção do novo (des)caminho esteja na articulação entre Psicanálise, Educação e Arte, mais especificamente, a arte literária, pois essa encontra-se vinculada à construção de teorias psicanalíticas a tal ponto que Freud e Lacan recorreram à Literatura para estruturar as bases do seu pensamento. Para atingir esse objetivo, percorremos os estudos de Freud e Lacan em busca de um melhor entendimento da palavra e, no último ensino desse, considerado seu estudo mais abstrato e inquietante, vislumbramos uma aproximação do real e da impossibilidade de se ter acesso ao saber total. E, diante do vazio radical que se percebe, é permitido ao sujeito contemporâneo desamparado criar sua própria estética, seu estilo. Nessa medida, a escrita de Clarice Lispector aponta como exemplo da construção de um estilo singular, a sugerir uma possível educação mais criativa e com mais respeito à singularidade de cada um, para que o ato de leitura/escrita seja compreendido como meio de comunicação e de transmissão não de saberes absolutos, mas de saberes que se tecem a partir da história pessoal de cada leitor/escritor ____________________________________________
Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
MOCHIUTI, Romilda Mario Miguel Gozales Ms. USP 2007
Título: Penelopéias silentes
Sinopse: O propósito deste trabalho é analisar os dois romances, Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, de Clarice Lispector, e El silencio de las sirenas, de Adelaida García Morales, respeitados seus respectivos referenciais literários, como releituras subversivas da tradição literária narrativa, operação esta que denominamos "penelopéias metaromancescas". Com este propósito, percorremos a tradição mítico-poética, a partir do modus operandi de cada romance, tendo em vista que cada um procura re-ler e subverter os mitos de Ulisses, Penélope e das Sereias ao resgatar a voz discursiva feminina usurpada a partir da epopéia homérica, e revisamos alguns estudos que têm o romance como um gênero que nasce da epopéia.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
CAVALCANTE, Alex B. de Paiva João R.G. de Faria Dr. USP 2006
Titulo: Dramaturgia por outras vias: a apropriação como matriz estética do teatro contemporâneo - do texto literário à encenação
Sinopse: O presente trabalho procurou conciliar a reflexão teórica sobre o fenômeno da "apropriação" de textos literários para o palco, tomando como ponto de partida a leitura cênica dos seguintes textos da literatura brasileira: Um Sopro de Vida (1978) de Clarice Lispector e A Fúria do Corpo (1980) de João Gilberto Noll, ambos conduzidos à ribalta pelas encenadoras Nadja Turenko e Celina Sodré, respectivamente. Dentro da proposição teórico-prática, buscamos aprofundar, suplementar e, quando possível, substituir o conceito de "adaptação", terminologia que consideramos inadequada aos fenômenos teatrais aqui abordados. Fez parte do nosso propósito, desde o início da pesquisa, realizar a análise crítico-descritiva dos índices de teatralidade contida nos universo literário dos autores, bem como refletir acerca do posicionamento das leitoras-encenadoras frente às suas opções, escolhas e recortes diante dos extratos literários. Procuramos ainda, contribuir, a partir dos estudos sobre essas experiências para um melhor e mais abrangente conceito de "dramaturgia", assim como refletir sobre os limites e as fronteiras entre a linguagem literária e a linguagem cênica sem separá-las de antemão, mas percebendo-as em seus territórios verbal e visual, fusão altamente presente nos processos que partem dessa via, premissa e procedimento.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
CONFORTIN, Rogério de S. Segio Luiz R. Medeiros Ms. UGSC 2005
Titulo: Figurações do Neutro: uma leitura de A maçã no escuro e Água viva de Clarice Lispector
Sinopse: Este trabalho procura relacionar a noção de Neutro de Maurice Blanchot com A maça no escuro e Água viva de Clarice Lispector. A noção de Neutro poderia ser descrita como o espaço abstrato (espaço-tempo da escritura) onde o sentido se dá e se ausenta ao mesmo tempo; espaço da aporia, onde o indecidível pulsa como possibilidade impossível. Nesse sentido procura-se relacionar tal noção de Neutro com outros conceitos tais como o de differance de Jaques Derrida, a noção de desastre do próprio Blanchot, como também o conceito de il y a, de Emmanuel Levinas, de experiência interior de Georges Bataille e o de fora de Gilles Deleuze. Quanto à relação com a literatura, seria preciso dizer que o espaço literário opera justamente a possibilidade de uma relação abismal do sentido, onde se dá possivelmente o Neutro. A voz narrativa para Blanchot é neutra. Neutra no modo complexo em que a direção (como sentido) de uma narratividade estaria relacionada a toda uma discussão com o ser da linguagem como o próprio da aporia, ou seja, do que não se fixa e não se realiza necessariamente de forma dialética - o sentido não cessa de perder sentido. No caso de A maça no escuro, o Neutro é pensado de um modo que lê uma errância do personagem protagonista concomitante à linguagem errática que o narra. Essa linguagem é operada por uma voz narrativa onisciente que cria reflexões poético-filosóficas sobre os personagens. Também foi lida uma espécie de meta-crítica no interior do romance no sentido de uma desconfiança imersa no texto quanto ao estatuto da representação e dos limites de um conhecimento que fizesse par com uma idéia de redução fenomenológica "eficiente". Até que ponto a linguagem poderia apresentar uma idéia de verdade, desde que a busca do protagonista de algum modo ultrapassa as condições "objetivas" do conhecimento, seja através dos "descortinamentos" (experiências-êxtase) de Martim, seja da própria internalidade que o ficcional cria em sua construção metafórica e no uso de suas imagens. No caso de Água viva, observou-se uma escrita agônica que teria na entidade-palavra "it" como um vórtice metafórico (espaço do Neutro) que atrairia o sentido para si ao mesmo tempo em que o faria evanescer-se. A questão da voz narrativa desse texto opera uma relação de duplicação de um eu narrativo que fala a um outro desconhecido. Nessa relação insólida de um eu a um interlocutor fantasmático é operada toda a questão da crise da representação que se procurou expor, em parte, na leitura da obra crítica dos autores citados, bem como em outros autores e na sua relação com os textos claricianos lidos como propulsores de uma literatura hibrida, para além de uma tematização filosófica na forma do ficcional.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
ADAM, Márcia Regina C.O. Marco Antonio Castelli Ms. UFSC 2005
Titulo: Clarice Lispector e Franz Kafka: Trilhas e Vislumbres
Sinopse:
Neste trabalho tem como foco central o argumento de que as personagens de Clarice Lispector entram repentina, estranha e surpreendentemente num estado de revelação de seu ser, ganhando assim, existência de humanos. Na busca dessa existência, Clarice revela um lado kafkiano, termo que se refere a um mundo de opressão e angústia. Clarice e Kafka, através do poder narrativo projetam suas inquietações, externam seus anseios e compõem sua visão de mundo, sempre em busca do mistério, da essência, por meio das indagações sobre a vida e a morte em si mesmos. Porém, numa fração de segundo, seus personagens deparam-se com uma revelação fulminante capaz de os arrancar do marasmo, do contato frio com o miserável cotidiano. O caminho percorrido nesse trabalho passa inicialmente pelo momento inaugural de Clarice Lispector e pela forma como foi recebida pela crítica nacional e estrangeira, bem como pelo fato de a escritora também ter se dedicado à pintura como forma de reproduzir a realidade no desenho. Em seguida, percorro a trilha das singularidades entre Kafka e Clarice: o primeiro cresceu sob as influências de três culturas: a judaica, a tcheca e a alemã. Clarice era ucraniana-judia e escrevia em português, deste modo toda a sua obra ergue-se num espaço entre sua origem judaica e sua condição de brasileira. Ainda seguindo a trilha das singularidades entre os dois escritores, aparece a função da animalidade como meio de contraste com a existência humana. Na última parte apresento alguns contos de Clarice e Kafka para comprovar que através da linguagem acontece o mergulho, a viagem apenas de ida para Kafka, porém de ida e volta para Clarice.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
CURI, Simone R. da Costa Ana Luiza Andrade Dr. UFSC 2004
Titulo: A via crucis do corpus ou a grande aventura do espírito - uma encomenda para Clarice Lispector
Sinopse: Este trabalho, A via crucis do corpus ou a grande aventura do espírito - uma encomenda para Clarice Lispector, volta sob a coordenada de conceitos filosóficos de Deleuze-Guattari. Ainda no movimento, retoma junto ao corpus clariceano a figura feminina. Para tanto, em análise, três distintas produções, sob o caráter da encomenda: as matérias de imprensa jornalísticas Jornal do Brasil (1967-73) e a nomeadas Páginas Femininas (1959-61), e de empresa editorial, a coletânea de textos, A via crucis do corpo (1974), reenviando ao todo da obra. A análise, ao recair sobre a marca da assinatura, faz perceber um jogo de máscaras firmado não só em relação ao mercado editorial, senão a toda uma economia da escritura. No qual, as figuras da prostituta, do travesti, do bobo, contracenam com a figura de 'si mesmo', com isso, proliferando novos personagens. O pseudônimo se mostra vital instrumento para compreender a crítica clariceana. Contra o registro biográfico, a cosmetologia clariceana absorve o alto e o baixo, o eu e o outro, o literário e o jornalístico, na diferença do corpo fisiológico, um corpo erótico andrógino se constitui, numa busca ontológica do conhecimento, da ordem do espírito.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
RIBEIRO, Maria José Marco Antonio Castelli Dr. UFSC 2006
Titulo: As rosas de Clarice Lispector: travessia e transfiguração
Sinopse: Este trabalho "As rosas de Clarice Linspector: travessia e transfiguração" investigam o espaço entre a personagem e seu Outro, na obra da autora. O Outro em questão é a rosa, que surge como individualidade nos textos estudados. Nesse espaço marcado pelo movimento, ergue se uma abordagem dos problemas sociais, um olhar para o mundo, na obra de Linspector. Defende-se que esse pensamento voltado para o mundo pode ser observado ao longo de toda a sua trajetória literária - longa travessia - , até a publicação de A hora da estrela, seu último romance, com temática nitidamente social. O encontro com a flor é sempre marcante para os personagens, levando-os, às vezes, à transformação do ser em rosa. Entre eles e a flor, a autora edifica a realidade.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
MARTENDAL, Adriano Pedro de Souza Ms. UFSC 2005
Titulo: Um Domingo com Clarice. A escrita no limiar do sentido
Sinopse:
Este estudo surgiu de uma inquietação acerca dos efeitos do limbo, instância que pensei constituinte do cotidiano. Apelo à Literatura, em especial a Clarice Lispector para, com a perscrutação de Água Viva, A hora da Estrela e A Paixão Segundo G.H., trabalhar outras questões atreladas ao dia-a-dia. A produção de sentido e a circulação do semi-sentido na escrita de Clarice ganham destaque especial,sustentados por um importante pilar extraído da obra do filósofo italiano Giorgio Agamben intitulada Infância e Historia, que é o conceito de experiência. Não é possível deixar de dizer que o enfoque psicanalítico está no sub-solo desta produção, o que oferece, com certeza, uma leitura de cor diferenciada ao leitor, sem, no entanto, fugir do campo próprio da Literatura
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
BUCHELE, Maria Amália C. Ana Luiza Andrade Ms. UFSC 2007
Título: Clarice Lispector: gesto, refuncionalização e adaptação de Miss Algrave
Sinopse: No presente trabalho busco aproximar-me em primeiro lugar dos interesses teatrais manifestados por Clarice Lispector através do tema a pecadora - santa. Em segundo, analiso uma de suas peças pouco conhecidas "A Pecadora e os Anjos Harmoniosos " (1948) e dentro desse tema, acrescento um ensaio poético chamado "Ela" que o desenvolve , e finalmente, em terceiro lugar dentro de uma abordagem barroca de conflitos entre sagração e profanação procuro traçar pontos de ligação entre " Miss Algrave" e Santa Teresa D` Ávila para uma melhor compreensão da adaptação desta narrativa de Clarice Lispector para o teatro.
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Ano
HIGASHI, Shizuko Leila Barbara PUC/SP Ms. 2005
Título: A construção do discurso metafórico no romance A maçã no escuro, de Clarice Lispector
Sinopse:
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Ano
ROSSI, Vera Helena S. PUC/SP Ms. 2006
Título: Diálogos possíveis com Clarice Lispecto": As entrevistas de uma escritora jornalista
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Data
SOARES, Edna A. Lopes Neuza C. Carvalho Ms. UEL 2004
Título: Clarice Lispector : uma proposta de leitura para o ensino médio
Sinopse: Quando se pensa em leituras realizadas por alunos que cursam o ensino médio espera-se encontrar leitores que efetuem leituras com propriedade. Contudo, a prática revela uma outra realidade. Os educandos desse nível de ensino não sabem ler, não aprenderam a ler, apesar de estarem há pelo menos oito anos na escola. A grande maioria dos alunos não tem a sua interpretação considerada por professores que reconhecem como verdadeiras somente as sugeridas pelos livros didáticos. A partir dessa realidade, este estudo tem como objetivo elaborar uma proposta de leitura para textos literários que valorize a recepção do aluno leitor, ao mesmo tempo em que o instrumentalize para que tenha condições de explorar e entender as várias possibilidades de sentidos que um texto literário oferece. Para isso, esta pesquisa buscou, em Clarice Lispector, o apoio literário por se tratar de uma autora que escreve de modo "simples", uma vez que se utiliza de vocabulário e enredos fáceis, porém traz nas entrelinhas uma mensagem carregada de significados para serem "decifrados". Como suporte teórico esta pesquisa fundamentou-se em teorias aparentemente avessas, mas que, na verdade, podem ser vistas como auxiliares e complementares: as teorias da Estética da Recepção e do Efeito, de Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser, respectivamente, as quais valorizam o leitor e a teoria Semiótica, de Algirdas Julien Greimas, que procura descrever e explicar as estruturas internas do texto. Além dessas teorias, contou-se, ainda, com a leitura do Método Recepcional, elaborado por Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar, os Níveis de Recepção Literária, de Hans Kügler, e a técnica de Montagem dos Campos Lexicais, de Georges Maurand. Espera-se que o aluno torne-se, com a efetiva aplicação desta metodologia de leitura, um sujeito leitor capaz de preencher os "vazios" do texto de modo consciente e crítico, e com isso reconheça na leitura de textos literários uma das fontes para que ele tenha seus horizontes de expectativas constantemente ampliados.
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Data
LIMA, Lenilde Ribeiro Anco Márcio T. Vieira Ms. UFPE 2008
Título: Um batear poético na prosa de clarice lispector
Sinopse: Este trabalho busca analisar a presença da poesia na prosa de Clarice Lispector, mais precisamente nas obras voltadas para o público adulto, assinalando o modo sedutor como a autora alcança o seu leitor. Procura, também, detectar alguns tópicos da modernidade na prosa poética em relação a manifestações herdadas de outras correntes, como o Simbolismo francês na Literatura Brasileira dos primórdios do século XX. Por fim, apresenta setenta e dois textos da prosa que, por seu alto teor poético no adensamento expressional, diluem propositadamente as fronteiras de gênero
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Data
PAGANINI, Martanézia R. Ms. UFES 2005
Título: Erotismo e representação: particularidades do universo feminino na ficção de Clarice Lispector
Sinopse:
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Data
GONRING, Adriana Ms. UFES 2003
Título: O instante,o olhar e a invenção: forças recorrentes na narrativa Clariceana
Sinopse: Esta dissertação pretende uma leitura da trajetória das personagens clariceanas, sempre motivada pela tarefa de cuidar da singularidade da narrativa de Clarice Lispector. Elegemos como corpus o texto inaugural Perto do Coração Selvagem (1944), A Paixão Segundo G.H. (1964), O Ovo e a Galinha (1969) e Água Viva (1973). Nossa proposta constitui-se no “descobrimento” do diálogo que perpassa e engendra estes textos. Pretendemos destacar forças recorrentes na experiência das personagens, elementos indicadores de que a vida a-briga a morte, pensadas não como oposta fisicalidade, mas como contínua possibilidade de encobrimento (morte) e desenvolvimento (vida) do ser. Clarice Lispector prioriza a narratividade da existência. Uma existência ora aprisionada num modo impessoal de ser, ora autenticada por uma apropriação do próprio destino. Para escutar o “próprio” é preciso que personagens –escritor, leitor... – desviem-se do impessoal. Um desvio que os lança no silêncio, na angústia, na solidão... caminho para ser o que se pode ser em cada existência.
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Data
GONRING, José Irmo Ms. UFES 2001
Título: A carne da alma: a escritura de salvação em Clarice Lispector
Sinopse: Esta dissertação é o produto final de uma pesquisa na obra de Clarice Lispector, com o objetivo de comprovar o argumento de que a religiosidade inerente a sua produção ficcional é uma expressão autobiográfica. Depois de identificar os traços de religião em seus romances e contos, fizemos um confronto com suas crônicas, onde, na intimidade do diálogo semanal com o leitor de jornal, ela confessa sua fé em Deus, com clareza, relevando aspectos de sua religiosidade, como o fato de rezar. A fé de Clarice Lispector se transforma em obras, o ato de escrever, que, para ela, é uma atividade salvadora. Fazemos ainda o confronto dessa prática religiosa da escritora, que se dá fora do padrão ortodoxo em uma religião, com a vivência de místicos cristãos que seguiram um caminho semelhante de liberdade, para mostrar como é possível um misticismo como o de Clarice Lispector.
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Data
OLIVEIRA, Alexandra A. Ofir Bergemann A. Ms. UFG 2007
Título: Clarice Lispector, Hélème Cixous e os Thiériot: unidos pelos laços das (re)escrituras
Sinopse:
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Data
MIRANDA, Ana Augusta W.R. Ms. UFES 2000
Título: O limite da linguagem: a dimensão do impossível na escrita de Clarice Lespector.
Sinopse: Um dos elementos mais marcantes na escrita de Clarice Lispector é a busca dos limites da linguagem, a partir dos quais a representação se torna incapaz de recobrir toda a dimensão das experiências narradas. A autora almeja atingir o que escapa à simbolização, tornando evidente o que este ato comporta de impossível. Considerando tal aspecto, o presente estudo propõe uma leitura de A paixão segundo G. H., “O ovo e a galinha”, “Amor” e “A imitação da rosa”, em que se efetuará uma aproximação da escrita literária com a teoria psicanalítica. Das obras de Freud e Lacan serão retiradas, em especial, as formulações sobre o além do princípio de prazer e sobre o Real, respectivamente.
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Data
OLIVEIRA, Adriane Camara José Luis Jobim S.F. Ms. UFF 2007
Título: Clarice Lispector, leitora de Graciliano Ramos?
Sinopse: O tema central desta Dissertação consiste na comparação de duas obras importantes em nossa literatura, Vidas secas e A hora da estrela. A comparação tem como base o fato de as duas obras abordarem a situação do migrante no Brasil. Em Vidas secas o tema será o próprio deslocamento devido à falta de condições de sobrevivência no Sertão. Em A hora da estrela a autora parece mais preocupada com as conseqüências desse deslocamento, através de uma personagem que já se encontra inserida numa cidade grande. Pretendemos explorar a seguinte intuição de leitura: a migração, anunciada em Vidas secas, chega ao fim; e é como se o último parágrafo do romance de Graciliano Ramos conhecesse uma inesperada retomada na prosa de Clarice Lispector – eis sinteticamente, o objetivo deste trabalho.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
LISBOA, Noeli Tejera Freda Indursky Ms. UFRGS 2008
Título: A pontuação do silêncio : uma análise discursiva da escritura de Clarice Lispector
Sinopse: O presente trabalho trata sobre as relações entre o silêncio, enquanto real do discurso, linguagem e ideologia a partir de uma análise discursiva da escritura de Clarice Lispector. Toma como ponto de partida para a análise a pontuação como espaço privilegiado de manifestação do silêncio, e marca da singularidade da sintaxe do texto clariceano. No primeiro capítulo, fazemos uma opção pela Análise do Discurso — AD —, expondo os aspectos diferenciais das diversas teorias da linguagem que estão na base da nossa escolha teórica. No segundo capítulo, discutimos a questão do objeto literário e suas relações com a Análise do Discurso, mostrando que, a partir da definição barthesiana de escritura, literatura e AD se encontram como críticas da linguagem, embora por vieses diversos. No terceiro capítulo, abordamos a necessidade de uma análise discursiva para dar conta da pontuação, especialmente, no que diz respeito à escritura de Clarice Lispector. Isto porque, no texto clariceano, todas as regras pontuacionais são rompidas, promovendo, juntamente, um rompimento com as noções de gênero e texto, ao questionar, inclusive, a necessidade de um início e um fim textual. Analisamos, ainda, o funcionamento da pontuação como uma marca lingüística do silêncio na obra da escritora. No último capítulo, retomamos as análises já feitas para aprofundar as relações entre silêncio e ideologia, demonstrando as relações entre o silêncio e as noções do quadro teórico da Análise do Discurso e o funcionamento do silêncio na escritura de Clarice. Ao final, esta dissertação conclui pela presença do silêncio, subjacente a todas as noções do quadro teórico da AD, tal como formuladas por Michel Pêcheux. Aproxima, ainda, as reflexões sobre a linguagem, desenvolvidas pela escritora Clarice Lispector na prática de sua escritura, das reflexões teorizadas pela Análise do Discurso, ambas numa atividade crítica da linguagem. E, por último, demonstra como o silêncio, na obra de Clarice, enquanto real do discurso, funciona como uma crítica à ideologia.
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