"Seja porém como for, a criação tem de partir de um desafio, desafio que pareça excerder-nos, mas igualmente na confiança na capacidade de lhe dar resposta. Todavia quando me referi a regularidade, talvez fosse preferível chamar-lhe 'ritmo', que é uma espécie de conciliação entre o ardor e os obstáculos encontrados; e é esse ritmo que muito depende da assiduidede posta no trabalho. Volto, contudo, a insistir: a ele escapam os frêmitos, as torrentes, os clarões epecíficos do seu criador, que têm qualquer coisa de 'revelação' indecifrável".
Fonte: Encontros com Fernando Namora. Porto; Ed. Nova Crítica, 1979.
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