"Eu aprendi uma coisa com Ariano, que literatura não é documentação, como o movimento regionalista faz. O que acontece é que a crítica não entendeu porque é burra ou naturalmente fez maldade, que foi apontar Ariano como um mero folclorista. Ariano na verdade via no folclore a metáfora da sociedade humana. Ariano via no folclore algo para refletir o comportamento humano, questionar o comportamento humano a partir do Nordeste e não como uma cópia da nossa região. Muitos viam no Ariano uma extensão do movimento regionalista, o que não é verdade. O movimento regionalista é copista, ou seja, copia a realidade a partir da sociologia e antropologia. Isto foi a escola de Glberto [Freyre]. Ariano já via a realidade como uma metáfora. A metáfora do povo brasileiro com simples imagens e não simplesmente como cópia para virar estudo sociológico e antropológico".
Fonte:
http://livreopiniao.com
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