"...Não é que esteja bancando o modesto. Eu já disse uma vez que a modéstia é a vaidade escondida atrás da porta... Eu não sou modesto, sou isento de tudo. Se alguém me julga "genial", eu penso: está exagerrando. Se alguém não me aceita, me escracha, eu acho que é burro. Fico sereno comigo. Isso me faz lembrar os versos de Cecília Meireles, que para mim é a maior poeta brasileira desta mestade do século:
Eu canto porque o momento existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
Sou poeta
Fonte: RICCIARDI, Giovanni. Auto-retratos. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
|