por Cecília Meireles
Uma vez eu comecei a escrever uma coisa - parecia um soneto -, um quarteto, que dei a ela:
Como essas coisas que não valem nada
E parecem guardadas sem motivo,
alguma folha seca, uma taça quebrada,
Eu só tenho um valor estimativo
Ela imediatamente interrompeu: "Mario, por isso é que estás tão magro, vives comendo folha seca e taça quebrada!" Aí eu não fiz o soneto e só vim a terminá-lo 40 anos depois"
Fonte: RICCIARDI, Giovanni. Auto-retratos. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
por Èrico Veríssimo
"Um anjo em forma de homem"
Fonte: buscar
por Lêdo Ivo
"Não é apenas por mérito literário que uma pessoa entra na Academia (Brasileira de Letras). Ela é uma instiutição curiosa, com pessoas muito diversas: juristas, diplomatas, militares, médicos... Ás vezes acontecem problemas como o do Mario Quintana. Batalhei muito pela entrada dele, mas não foi possível. A Academia também tem poucos poetas, tem mais juristas que poetas, de modo que os poetas são a azeitona da empada! (risos) Existem dias em que me divirto mais na Academia do que em um filme de Wood Allen!".
Fonte: MARETTI, Eduardo. Escritores: entrevistas da Revista Submarino. São Paulo: Limiar, 2000.
por Italo Moriconi
"A poesia de Quintana desempenha um papel eminentemente formativo no cânone literário brasileiro moderno... "Esses são os poetas por quem primeiro nos apaixonamos, quando começamos a nos tornar membros da tribo de leitores aficionados de poesia literária."
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/08/2012
por João Cabral de Melo Neto
Não me vejo nesse papel (de príncipe dos poetas brasileiros), mas vejo outros, como Ferreira Gullar, Augusto de Campos, Mario Quintana. Eu nem me sinto na primeira linha, ou na equipa principal. Jogo no segundo team".
Fonte: SARAIVA, Arnaldo. Conversas com escritores brasileiros. Porto: ECL, 2000 (Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses).
por Manuel Bandeira
“Meu Quintana, os teus cantares/Não são, Quintana, cantares:/São, Quintana, quintanares/Quintessência de cantares/Insólitos, singulares/Cantares não,/Quinatares”,
Fonte: Aguardando
por Ubiratan Brasil
Sua obra era heterogênea mas marcada por uma precisa unidade; sua opção maior era pelo saudosismo, mas não abria mão da experimentação estética; e o humor, embora infantil, era demolidor - o poeta Mario Quintana (1906-1994) parecia envolto em contradições. Na verdade, trata-se de um jogo que, de tão bem articulado, transforma Quintana em um dos mais originais escritores brasileiros".
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/08/2012
|