Autoria - Orientação - Grau - Local– Data
RAMOS, Darcy A. T. Aurora F. Bernardini Ms. USP 2007
Título: Uma leitura poético-filosófica de Marinheiro de primeira viagem, de Osman Lins
Sinopse: Esta dissertação tem por objetivo realizar uma leitura poético-filosófica do livro Marinheiro de primeira viagem, de Osman Lins, que se destaca por seu experimentalismo literário e por inovar o gênero "literatura de viagem". Embora seja um livro elaborado com base na viagem que seu autor fez à Europa, onde ficou seis meses, em 1961, ele não oferece a seus relatos as características que se costuma imprimir a esse gênero tradicional, em que o autor revela suas impressões e faz descrições das experiências vividas. Ao registrar suas memórias, ele cria uma estética literária inovadora por sua narrativa insubmissa, não-linear, marcadamente fragmentada, mas poética. Nos registros, o diálogo intertextual com a tradição cultural é intenso, e destacaremos esse intercâmbio como memória que a literatura tem dela mesma. Nessa relação entre textos, ganha relevo o mítico Orfeu e sua amada Eurídice, que potencializam a poética do livro e congregam o leitor ao texto para uma leitura hermenêutica com base na estética da recepção. Quanto ao aspecto filosófico do trabalho, encontramos apoio nas idéias hermenêuticoontológicas do filósofo Martin Heidegger e sua meditação sobre a obra de arte e a poesia, que contribuem para uma reflexão acerca do evento poético que unifica os fragmentos em Marinheiro de primeira viagem.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
SOARES, Marisa Balthasar Sandra Mitrini Dr. USP 2007
Título: Tempo de Avalovara (as diferentes dimensões temporais no romance de Osman Lins)
Sinopse: O romance Avalovara (1973), do escritor pernambucano Osman Lins (1924-1978), apresenta complexa elaboração da categoria narrativa tempo, por meio da exploração da técnica da simultaneidade narrativa. O enredo que mimetiza o movimento de uma espiral sobre o palíndromo sator arepo tenet opera rotas torna concorrentes no presente da enunciação diferentes temporalidades ficcionais, promovendo leituras pautadas pela revisão_ com impactos para o próprio tempo e memória de leitura _ da concepção de um tempo linear e homogêneo, como consolidado no senso comum. Com a visada plural sobre o tempo, a narrativa osmaniana provoca fecundos enraizamentos: na própria trajetória do escritor, cuja inquietude técnica conduz à renovação dos modos de narrar; na moderna narrativa ocidental, que se funda na ruptura com a situação espácio-temporal de cunho "realista"; na modernidade da literatura brasileira, em diálogo com a pesquisa formal, sobremodo nas inovações da poética do tempo, da geração paulistana de 22; no debate acerca do engajamento literário, que se colocou com o Golpe de 64. Do percurso de leitura crítica em busca desses enraizamentos e suas imbricações, evocados pelo texto osmaniano, o presente trabalho destaca a crítica radical que Avalovara tece à visada progressista e à concepção de história nela ancorada. A estrutura desse romance, ao conjugar no tempo literário aspectos tão díspares do tempo _ a atemporalidade mítica, a histórica e a subjetiva_ alcança construir uma noção de história sensível a vozes silenciadas e alienadas no passado e interessada em ecoá-las no presente, em afinidade com a guinada na Historiografia, proposta por pensadores como os da Escola de Analles e Walter Benjamin.
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Autoria - Orientação - Grau - Local - Data
POLETO, Ana Julia Ana Luiza Andrade Ms. UFSC 2006
Título: Escritas de Luz: O 'Noivado' entre palavras e imagens de Osman Lins
Sinopse: Este trabalho se dedica ao estudo da narrativa "Noivado" de Osman Lins, numa leitura do visível e do legível, abordada juntamente com a obra fotográfica "Os trinta Valérios" de Valério Vieira. Nos apoiamos na obra do filósofo alemão Walter Benjamin para traçar passagens a diferentes meios reprodutivos, desde o que se passa no vitral até à fotografia e ao cinema, buscando demonstrar como a proliferação e a fragmentação atuam na modernidade. Destacamos o diálogo entre linguagem escrita (Osman Lins) e linguagem - imagem (Valério Vieira) como formas de despertar da anestesia moderna.
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Data
BARBOSA, Marta M. Coelho Maria José Gordo Palo. Ms. PUC/SP 2008
Título: A borboleta azul na parede de vidro: o imaginário medieval em Nove, novena, de Osman Lins
Sinopse:
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Data ALMEIDA NETO, Arnoldo G. Ermelinda M.A. Ferreira Ms. UFPE 2008
Título: Música das formas: a melopoética no romance avalovara, de osman lins
Sinopse: Este trabalho debruça-se sobre o veio ainda pouco explorado, no campo da análise intersemiótica, das relações possíveis entre duas artes ditas “temporais” na clássica definição de Lessing: a literatura e a música. Embora mais próximas, neste aspecto, do que as ditas artes “irmãs”, mas “rivais” – a literatura e a pintura –, verifica-se que as abordagens comparativas do texto e da imagem superam amplamente os estudos comparativos do texto e da música no universo da crítica literária contemporânea. Esta dissertação pretende, portanto, contribuir para diminuir essa lacuna, e ao mesmo tempo iluminar aspectos ainda obscuros sobre a gênese de um romance exemplarmente intersemiótico e experimental: o Avalovara, do escritor pernambucano Osman da Costa Lins. A partir das pesquisas de Steven Paul Scher, revistas pela professora Solange Ribeiro de Oliveira sobre a Melopoética – disciplina que pretende investigar a mútua iluminação entre a musicologia e os estudos literários –, procuramos analisar as possíveis homologias entre o discurso literário e o musical ao longo da narrativa osmaniana, considerando três aspectos principais: 1. a citação, no romance osmaniano, de peças como a Sonata em fá menor K 462, para cravo, de Domenico Scarlatti, compositor italiano do século XVIII; e a Cantata Catulli Carmina, de Carl Orff, compositor alemão do século XX, que dialoga com os textos do antigo poeta romano Catulo (84-54 A.C.) no processo de construção de uma metáfora musical para o romance: o relógio; 2. a criação de um personagem músico, o tecladista e horologista Julius Heckethorn, supostamente baseado na biografia real do compositor serialista alemão Anton Webern, em consonância com o personagem compositor Adrian Leverkühn, do Doutor Fausto, de Thomas Mann, baseado no compositor Schoenberg, criador do método serial na música; e 3. a utilização de uma mesma metáfora visual-literária – o Quadrado Sator, criado a partir de um palíndromo – na organização estrutural do romance Avalovara, de Osman Lins, e numa composição de Anton Webern, o Concerto para nove instrumentos Op. 24; a fim de discutir como esses autores de distintas artes temporais buscaram, cada um no seu meio mas com recursos similares, repensar a noção do tempo tradicionalmente atrelada à definição desses dois gêneros artísticos – a literatura e a música – buscando, ambos, resgatar a noção de espacialidade em suas obras
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Autoria - Orientação - Grau – Local - Data
CAMARGO, Flávio P. Zênia de Faria Ms UFG 2007
Título: Nas trilhas da poética de Osman Lins: um estudo sobre a metaficcionalidade
Sinopse:
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Autoria - Orientação - Grau - Local– Data
MIRAPALHETE, Daliana Amaral Michel Peterson Ms. UFGRS 2000
Título: A inspiração épica em O Fiel e a Pedra, de Osman Lins : etapas de uma confecção
Sinopse: O objetivo deste trabalho consiste em demonstrar como Osman Lins, através de seu romance, O fiel e a pedra, rearticula o gênero épico e inscreve-se assim dentro da grande tradição literária ocidental. Estabelecer e fundamentar esta relação implicou na análise de alguns parâmetros essenciais da epopéia: o espaço, o herói e a ambientação. Para compreender o trabalho de construção do espaço em O fiel e a pedra, foi necessário desenvolver um estudo desta dimensão dentro da escritura romanesca de Osman Lins a partir da teorização feita pelo autor sobre a questão espacial na obra de Lima Barreto. Finalmente, foram consideradas as possibilidades de construção de um épico contemporâneo através da tematização do amor, da solidão e da morte.
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