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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Gunter Grass

Wilhelm Günter Grass

Nasceu em 15 de outubro de 1927 em Danzing, Alemanha. Logo após a II Guerra Mundial decidiu-se pela pintura e escultura, mas, depois de algum tempo, reconheceu que sua paixão era mesmo a literatura. Seu primeiro romance – O Tambor – apareceu em 1959, causou escândalo e inaugurou um estilo literário. Trata-se de um novo começo para a literatura alemã depois de décadas de destruição lingüística e moral. O livro é o primeiro da Trilogia de Danzing, formada ainda por O gato e o rato (1961) e Anos de cão (1963). Sempre foi um modelo de escritor engajado, alinhado com as idéias da coalizão liberal socialista, combatente da esquerda mais radical. Fez da vida de seu país a principal matéria de sua ficção. “Fábulas sombrias que registram o rosto esquecido da História”, disse um crítico. Durante uns anos foi ghostwriter de Willy Brandt. Outros lançamentos, geralmente best-sellers, tornaram-no um dos mais destacados escritores da Alemanha: Linguado (1983), A ratazana (1987), Maus presságios (1995), Um vasto campo (1998). Em 1999 publicou Meu século, uma prestação de contas com o século 20, dividida em 100 histórias contadas pela mãe do escritor. No mesmo ano recebeu o Prêmio Príncipe Astúrias e o Prêmio Nobel de Literatura. Parte dos US$ 960 mil que ganhou foi doada para a Fundação Grass, organização de defesa dos ciganos. Após receber o maior prêmio literário, iniciou um retorno à escultura. Em 2006 lançou uma autobiografia (Nas peles da cebola) que chegou a escandalizar grande parte de seu público, com a declaração que havia pertencido às SS nazistas no período de sua juventude. Seu lançamento mais recente é Grimms worter - eine liebeserkarung (2010) (Palavras dos Grimm - Uma declaração de amor) em tradução literal, onde mostra sua discordância quanto a reunificação alemã do modo como foi feita. Mais recentemente, chegou a escrever um poema de apoio à Grécia na sequência da crise do euro em que a Europa mergulhou, onde lembrava em 12 estrofes de apenas dois versos, que foi a Grécia que “concebeu” a Europa.l. O poema, intitulado, em português A Vergonha da Europa, foi escrito em 2012. Faleceu em 13/04/2015.

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