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Como escrevo?
Ricardo Piglia

"Sou metódico, Me levanto bem cedo e escrevo sem parar até às duas da tarde...  Em vez de corrigir enquanto escrevo, faço várias versões completas do livro até encontrar o tom. Sou lentíssimo... Comecei com uma "Lettera 22" que meu pai me deu em 1959, mas desde 1990 escrevo no computador... Não tenho fetiches ou artimanhas, é só levantar cedo e centrar-se no trabalho. Como disse o marquês de Sade: É preciso por um pouco de ordem em nossas paixões'"... Depois é ver os amigos, jantar fora, ir ao cinema duas ou três vezes por semana, ver o Boca Juniors..."

Fonte: SERRA, Alfredo. Así hablan los que escriben. Buenos Aires: Atlantida, 2001.

 

"Reescrever é a única maneira de saber onde vou. Nada está previsto em minhas obras. O ponto de partida de Respiração artificial foi o desejo de escrever em forma de um arquivo, misurando tudo o que há em num arquivo: cartas, testamentos, enfim, o que faz um historiador. O título foi encontrado no final, pois chamava-se A prolixidade do real, baseado em versos de Borges: 'y la noche que de la mayor congoja nos libra/ la prolijudad do le real'"

Fonte: O Estado de São Paulo, 08/09/1990 - Bella Josef

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