"Os críticos de hoje estão mais retraidos, quase não vemos uma boa crítica nas páginas dos jornais, não existem mais os clássicos rodapés que acompanhavam as extensas análises literárias. Mas temos críticos jovens desempenhando um bom trabalho, como, por exemplo, o Ivan Teixeira, que realizou um ótimo estudo crítico sobre a obra O alienista, de Machado de Assis. Em sua análise, intitulada Altar e trono, ele analisou as obras referentes aos estudos psicológicos que o Machado fazia, assim como as anotações a lápis nas obras. Com esse estudo, o crítico jogou uma nova luz sobre esse texto tão conhecido, que surgiu na época como uma sátira dos costumes psicológicos de então. Da mesma maneira fez outro crítico, Marco Luchesi, que escreveu um romance biográfico sobre o mesmo autor, chamado O dom do crime, em que levanta a hiótese de que a obra Dom Casmurro seria fruto da reminiscência de Machado sobre um crime envolvendo ocorrido na elite carioca, o qual agitou a imprensa e a opinião pública do período. Então, quando parece que tudo já ahvia sido dito sobre Machado de Assis, os dois estudos mostram que não. Esses são apenas dois exemplos de que a crítica literária brasileira está caminhado corretamente, só que agora com a ajuda de novos instrumentos que auxiliam na invetigação analítica".
Fonte: Jornal Pedaço da Vila, ano II nª 20, set. 2011 - Zaqueu Fogaça