“A primeira influência que tive para valer – pois tive outras anteriormente – foi aos 14 anos, quando mostrei meus primeiros contos a um professor e escritor qua já tinha sido publicado pela José Olympio. Para mim, um monstro sagrado, um ’velhinho’ de 30 anos. Esse professo é meu amigo até hoje. Chama-se Guilhermino César, é romancista, crítico, poeta, grande figura humana. Aos 17 anos publiquei um livro, Os grilos não cantam mais, ajudado pelo Guilhermino, e mandei para o Mario de Andrade. Ele me escreveu e começamos a nossa correspondência, que durou dois ou três anos até ele morrer. Foi uma influência literária muito poderosa. Fui a São Paulo conhecê-lo, ele me orientava em tudo. Quem leu Cartas a um jovem escritor pode ver toda a influência que recebi dele em vários aspectos. Depois disso, fui para os Estados Unidos, e o aprendizado do inglês possibilitou a abertura de um mundo novo, como influências literárias. Pude conhecer vários autores, como Conrad, Stevenson, Hemingway, Scott Fitzgerald, Henry James e tantos outros”.
Fonte: Um escritor na biblioteca: 1980. Curitiba: Biblioteca Pública do Paraná, 2013.
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