Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Suarez
Nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 24 de agosto de 1899. O menos latino-americano dos latino-americanos foi perdendo a visão na medida em que envelhecia. Daí, talvez, seu gosto acentuado pelas conversas que travava com os amigos e centenas de jornalistas. Iniciou como poeta em 1924 com o livro Fervor de Buenos Aires, mas foi como contista que se tornou célebre, tendo se revelado em 1935 com a publicação de História universal de la infâmia. A fama mundial viria em 1944 com o livro Ficções. Tem sido estudado como o descobridor de um território inexplorado, um mundo de indagações sobre temas como a repetição dos atos humanos, a circularidade do tempo, o infinito das possibilidades combinatórias etc. Por essa razão tem sido incluído entre os notáveis da literatura fantástica, e os lançamentos de O Aleph (1949), Inquisiciones (1960) e Informe de Brodie (1970) confirmam isso. Sua obra publicada é enorme, composta de poesias, contos e romances. Entrou para a Academia Argentina de Letras em 1955 e, enquanto vivo, todo ano era cogitado para receber o Prêmio Nobel de Literatura. Mas recebeu outros, como o Prix Internationale des Editeurs em 1961, dividido com Samuel Becket; o Prêmio Interamericano de Literatura em 1970, e o Prêmio Miguel de Cervantes em 1980. É autor também de inúmeras antologias, destacando-se a Antologia de la literatura fantástica, feita em colaboração com seu amigo e eventual parceiro Adolfo Bioy Casares. Faleceu em Genebra em 14 de junho de 1986.
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