O cinema é outra coisa, conta outra históra. O cinema narra com imagens, a literatura tem outro modo de narrar. E eu penso que de um livro, de um romance, o menos importante é o que se conta. O mais importante é o como se conta e não o que se conta. Quanto você adapta um romance para o cinema, só passa o que, o como fica de fora. O como do cinema é outro e é esse outro como que eu não consigo ver aplicado a meus livros”.
Fonte: O Estado de São Paulo, 21/09/1996 – José Castello
“Não (sinto a influência do cinema). Creio que para encontrar uma extrema visualização na escrita basta ir ao clássicos. Leia-se o Fernão Lopes e encontra-se o cerco de Lisboa descrito com extraordinária capacidade visualizadora. Poderia haver seria uma influência na montagem narrativa. Há escritores em que se nota essa influência, mas não é meu caso. Prefiro a narração que vai fundo como um rio. É como se fosse um filme com um só plano”.
Fonte: Folha de São Paulo, 27/01/1996 – José Geraldo Couto
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