"Quando me chamaram para fazer crítica nessa revista (Seara Nova), eu só havia publicado esse livro de poesia chamado Os poemas possíveis. Inclusive impus uma condição, a de que não faria crítica de livros de poesia. Porque me parecia que isso não teria muito sentido para mim, um jovem poeta, com apenas um livro, e que não era Rimbaud nem Fernando Pessoa. Pode-se perguntar: você não quis fazer crítica sobre livro de poesia, mas estava disposto a fazer sobre romances? Sim, do ponto de vista do leitor, como se eu fosse um leitor, já que no fundo o crítico é um leitor. No entanto, é um leitor que tem o direito de publicar a sua opinião. Essa é, suponho a diferença mas visível que há entre um e outro".
Fonte: Cult (S.Paulo), dez. 1998 - Horácio Costa
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