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Relações Literárias
JOSÉ SARAMAGO

por Agustina Bessa-Luís

"Quanto mais o tempo passa, mais me vou aproximando do Saramago, nascido em 1922, como eu. (Não sou sua amiga) a última vez que o encontrei foi na televisão. Mas tive pena quando ele foi morar naquela ilha espanhola (Lanzarote), porque um escritor se nutrre da sua língua, do seu mundo, da sua gente”.

Fonte: O Estado de São Paulo, 03/02/1998 – Norma Couri  

 

por Antonio Lobo Antunes

“Não conheço muito a obra do Saramago, mas eu tenho grandes reservas em relação ao que já li. Penso que temos objetivos absolutamente opostos e encaramos a literatura de modo radicalmente diferente. Eu posso dizer assim: José Saramago é um escritor que não me entusiasma de modo nenhum. Ainda bem que ele tem prestígio no Brasil, porque, no resto do mundo, tirando talvez a Espanha e a Itália, ninguém fala em Saramago. Há, eu penso, uma razão para seu relativo sucesso. Por que as pessoas preferem José Saramago a Guimarães Rosa ou a Clarice Lispector? Porque Saramago é fácil e as pessoas preferem sempre a facilidade. Mas eu prefiro não me alongar nesse tema”.

Fonte: O Estado de São Paulo, 22/04/1996 – José Castello

 

por Antonio Tabucchi

“Eu não queria falar de Saramago na minha entrevista, queria falar de mim, mas ele não se conforma porque um dia eu entrei na sua língua, como se a língua pertencesse a alguém. O que incomodou Saramago é que eu entrei na língua portuguesa, e ele é invejoso. Agora, se ele tem esse problema, eu o convido a escrever um romance em italiano.

- A queixa de Saramago é que você quis se apossar do Pessoa como seu “herdeiro físico e mental”...

Não vou polemizar com Saramago. Só o convido a escrever em italiano. Gostaria de fazer a crítica. Provavelmente amigável”.

Fonte: Jornal do Brasil, 06/08/1994 – Norma Couri

 

“Saramago é um chato. Eu já lhe respondi amplamente em um número especial do Nouvel Observateur e desde então ele não voltou a dizer nada. Talvez só se dirija à quem fica calado. Eu, por outro lado, me mostrei muito feroz com ele e recordei certas coisas... Saramago está escrevendo agora seus Cadernos de Lanzarotte, onde explica todos os coquetéis que participou nas embaixadas do mundo. De modo, que meu interesse em sua literatura decaiu muito... Eu tenho muitas coisas que me interessam mais do que os coquetéis de embaixadas”.

Fonte: Clarin (Buenos Aires), 17/08/1995 – Santiago Del Rey

 

por Cabrera Infante

“José Saramago, ganhador do último Nobel, foi outro dos participantes desse evento literário. E estava tão fora de lugar que os demais passavam todo o tempo rindo. Acho que ele não deveria se chamar Saramago  - e sim ‘ser amargo’”.

Fonte: Folha de São Paulo, 01/12/1998 – Silvio Cioffi

 

por Harold Bloom

“Na verdade, nós nos correspondemos, e ele me mandou seu último romance, A caverna. Eu e minha mulher vamos nos encontrar com ele em maio, numa leitura de seu trabalho em Lisboa. Também vou ao Porto com ele e com sua mulher a Coimbra. Sou grande admirador de seu trabalho. Li boas traduções de livros dele, como O evangelho segundo Jesus Cristo... Há muitos Saramagos. O ano da morte de Ricardo Reis é um tipo de livro, O evangelho segundo Jesus Cristo é outro. Uma das coisas que mais me impressionam nele é que seus romances são completamente diferentes uns dos outros, um é satírico, o outro é trágico, o seguinte é alegórico. O melhor modo de lê-lo, portanto, é estar pronto para ser surpreendido”.

Fonte: O Estado de São Paulo, 10/02/2001 – Haroldo Ceravolo Sereza e Daniel Piza

por Helder Macedo

“Saramago é um grande escritor, sempre o admirei, é extraordinário. Acho que merecia o Nobel, sem dúvida alguma... Quero crer que se o prêmio tivesse saído para um escritor brasileiro, em Portugal celebrariam igualmente”.

Fonte: Jornal do Brasil , 08/05/1999 – Rodrigo Alves 

por João Cabral de Melo Neto

“Claro que se o Nobel viesse seria bem-vindo. Nenhum escritor de nossa língua foi até hoje contemplado com esse prêmio. Mas, se fosse para dar o Nobel para um autor que escreve em português, haveria outros nomes que mereceriam o prêmio mais do que eu. José Saramago, por exemplo. Aqui também temos candidatos mais fortes do que eu, como o Jorge Amado”.

Fonte: Veja, 09/09/1992 – Rinaldo Gama

 

por José Castello

"O caso que inda hoje mais me perturba é o de José Saramago. Tentei ler o Memorial do convento, mas larguei pelo meio, Passei a achar que não gostava de Saramago. Estava errado. Li Ensaio sobre a cegueira e descobri que a cegueira era minha”.

Fonte: O Estado de São Paulo, 12/02/2006 

por José J. Veiga

 “Um dia, passeando no centro do Rio, passei por uma livraria portuguesa. E encontrei um livro com uma capa feia e um título estranho Levantando do chão, Começava assim: ‘O que mais existe neste mundo é paisagem’. Comecei a ler e não larguei mais. Anotei o nome do autor, José Saramago, e desde então leio tudo o que ele escreve”.

Fonte: O Estado de São Paulo, 04/10/1997 – José Castello 

 

por Raduan Nassar

“Tô fazendo um esforço (para vencer a timidez) muito grande, viu? (risos). Tenho tentado sair mais, e aceitei o convite para ler no lançamento do livro do Saramago mais por ele do que por seu papel de escritor. Saramago é uma tremenda figura humana, uma das minhas grandes admirações”.

Fonte: O Globo, 23/11/1998 – Daniela Name

 

por Wison Martins

“Para mim ele (José Saramago) é e continua sendo (o maior escritor vivo da língua portuguesa). Quando declarei isso, sabia que estava mexendo em um vespeiro”.

 

Fonte: O Estado de São Paulo, 26/07/1997 – Norma Couri  

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