"Esse pessoal (da literatura-reportagem) eu acompanhei pouco, quer dizer, eu li o livro do Cony, sobre o caso Lou, e vi ligeiramente o do José Louzeiro e de outros. Acho que é, como experiência, importante para a literatura brasileira, ainda que tardia. Quer dizer, a literatura americana já fez isso antes, mas nesse sentido, a cronologia não tem importância. A literatura brasileira tinha que fazer um dia. Acho que vale a pena, no sentido de que dá profissionalização ao escritor. O escritor descobre que escrevendo é que pode ganhar o dinheiro. E, ainda, que fazendo reportagens ele pode dar um pulo e produzir, um dia, a obra dele, depois que estiver em situação melhor".
Fonte: Escrita (SP), v. 2, nº 16, 1977 - Astolfo Araújo e Wladyr Nader
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