“Há magníficos escritores que não participam da vida política, que se ocupam da imaginação e da linguagem – a provincia do escritor é essa e não a política. Participar da política é um ato do cidadão, mais que um ato intelectual. Eu participo da política mexicana como cidadão, não como intelectual ou escritor. Quando quero ser escritor, sento e escrevo meus romances. Quando quero exercer meus direitos de cidadão, faço política”.
Fonte: O Estado de São Paulo, 09/08/1997 - Norma Couri
“A ficção não tem um efeito político, a não ser indireto. A ficção afeta duas realidades primordiais da sociedade, a imaginação e a linguagem. A primeira coisa que faz um ditador, é sabido, é suprimir os escritores. Matá-los, exilá-los, mandá-los a campos de concentração. Eles temem outra linguagem e outra imaginação que não as do poder. Este é o valor da literatura, um valor de longo prazo. Por outro lado, os escritores podem optar por uma militância cidadã, que é o que faço aquí. É uma posição em nada literária”.
Fonte: Folha de São Paulo, 09/10/2004 - Casiano Elek Machado
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