por Paulo Francis
“O intelectual brasileiro assumiu uma posição de certo destaque depois do primeiro de abril de 1964. O papel de Carlos Heitor Cony nessa forma de luta dispensa comentários. Foi nesse período que Cony entrou na arena com a força de um miúra. Depois de seu destemor como panfletário, seria confortável para Cony aposentar-se com o título de herói das galerias. Preferiu, no entanto, trazer o tema da indignação moral, inédito em sua literatura, a um exame artístico, ou seja, a um âmbito de experiência onde as simplificações ideológicas do panfleto não resistem à menor análise”.
Fonte: O Globo, 05/04/1997 |