por Adolfo Bioy Casares
"Gosto muito de García Marquez".
Fonte: Roda Viva, TV Cultura. São Paulo, 28/08/1995
por Cabrera Infante
“Quem se interessa por Jorge Luis Borges, como eu, não poderia gostar de Cem anos de solidão. Eu rejeito a obra de García Márquez desde 1967, por considerá-la de um exotismo folclórico realmente desnecessário. Sua prosa é a da ‘belle écriture’, que me parece detestável”.
Fonte: O Globo, 23/03/1996 – Geneton Moraes Neto
"Garcia Márquez é outro que não me interessa. Ele faz o que eu chamo de 'literatura de Carmen Miranda. Carmen Miranda está para o Brasil como García Márquez está para a literatura em espanhol. Ambos possuem um exotismo que, na realidade, não lhes pertence. Carmen Miranda nem sequer era brasileira. Chamaram-na de 'The lady with the tuti frutti hat'. Eu chamo García Márquez de 'The writer with the tuti frutti pen'.
Fonte: O Globo, 13/12/1992 - João Domenech Oneto
por Eduardo Galeano
“Ele tem a vida mais chata que você imaginar. Mas ele tem uma fantasia enorme, então ele cria mentiras sensacionais. Eu acho legal um cara inventar uma vida, é isso que ele faz. Eu acho perfeito. Ele inventa as coisas mais absurdas. Tem mil mentiras excelentes... uma imaginação! Toda biografia dele é inventada. Há uma única mulher na vida dele. Mas ele inventa uma biografia sensacional... Casou com uma namoradinha de adolescência. Mas gosta de dizer que viveu muito tempo num bordel, aquela coisa toda”.
Fonte: Ex- (SP), n. 11, fev. 1975 – Marcos Faerman
por Efraim Medina Reyes
“Gostei do García Márquez quando virou ícone do meu país, mas logo esse ícone se transformou em comparsa de políticos, em defensor de ditadores assassinos, em suposto homem de esquerda que iria dançar na Casa Branca, em modelo de comerciais. Fez um comercial na TV em apoio ao candidato Andrés Pastrana (que logo se tornou o mais abominável presidente que já tivemos) e tantas outras asneiras imperdoáveis para mim. É difícil acreditar que seja o mesmo gênio que escreveu Cem anos de solidão. É uma múmia indigna que, há uma semana, compartilhou uísques, como compadre, com Álvaro Uribe no México. É isso que me incomoda: sua incrível debilidade diante de qualquer coisa que cheire a poder”.
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/06/2004 – Ubiratan Brasil
por Ferreira Gullar
“Fui reler Cem anos de solidão e tive uma decepção. De repente, me pareceu um livro superficial. Li umas 30, 40 páginas e nem fui adiante, em contraste com o encanto que li pela primeira vez. Acho García Márquez um grande escritor, não estou querendo desfazer. Estou falando honestamente: aconteceu”.
Fonte: O Estado de São Paulo, 09/09/2007
por Gore Vidal
“ Não o tolero. Quando começa aquelas longas frases cheias de metáforas estufadas, começo a ficar impaciente, e Myra logo berra no meu ouvido: ‘Cala a boca’”.
Fonte: Jornal do Brasil, 28/09/1996 (Extraída da New Left Review, fev. 1985)
por John Barth
“Eu não conseguiria indicar qual foi o grande escritor da minha geração, mas um escritor que tem que ser citado é Gabriel Garcia Márquez, que consegue me surpreender a cada novo livro. É, inegavelmente, um gigante no gênero”.
Fonte: O Globo, 28/09/1991 – Luciano Trigo
por Mario Vargas Llosa
"Para refazer o livro (que fiz sobre ele), teria de mostrar minhas discrepâncias com relação à opiniões políticas de Márquez, seu apoio a governos ditatoriais de esquerda como o de Fidel Castro. Aliás, esse é um assunto que merece discussão: um grande talento literário que, ao mesmo tempo, exibe uma total cegueira política".
Fonte: Veja, 20/09/200 - Carlos Graieb
por Ricardo Piglia
“De qualquer forma, Cabrera não está no mesmo caso de García Márquez e Cortázar, autores cujas obras forma realmente prejudicadas pelo engajamento político e que, por vezes adotaram uma posição antagônica à sua própria poética. Por isso eu ainda prefiro Cabrera Infante”.
Fonte: O Globo, 08/06/1996 – Luciano Trigo
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