Por Leo Gilson Ribeiro
“Agora, falando de coisas de qualidade, eu constato que Hila Hilst mantém uma qualidade assombrosa no seu texto, como esse último Amavisse".
Fonte: Artes (S.Paulo), nº 67, ago. 1989
por Olga SAvary
Lancei o Magma em 1982, mas os poemas já estavam na minha cabeça, fermentando, havia anos. Só concluí o livro quando fui passar um fim de semana com a Hilda [Hilst, escritora] na fazenda dela, em Campinas, e fiquei um mês. Eu gostava tanto da poesia dela que decidi organizar sua antologia. Mas Hilda não trabalhava aos domingos e, durante a semana, mergulhava na sua escrita. Então, eu, que me desespero se não escrever, me dediquei mais ao livro do que fazia em casa, com crianças e marido [Olga era casada com o cartunista Sérgio Jaguaribe, o Jaguar, pai de seus filhos, Flávia e Pedro]. Os poemas estavam todos no plano das ideias. Só faltava escrever. O caminho é esse: cabeça, braço, mão, caneta e papel. Jorge Amado também escrevia à mão. Hoje, todo mundo usa computador para tudo. Eu só digito quando as editoras exigem...
Ela não gostava de mulher. Gostou de mim porque não sou competitiva e deixei-a à vontade para trabalhar enquanto admirava a paisagem. Dizia a Hilda que até disco voador havia ali. Ela gravava voz de gente morta, sabia? Uma vez, me mostrou a gravação. Não acredito nessas coisas, mas ouvi as vozes. Tinha a da mãe de uma escritora, a de um amigo. Acontecia cada coisa mirabolante ali... Um dia, o marido da Hilda [o escultor Dante Casarini] propôs que fôssemos os três a um puteiro. Eu nunca tinha ido, mas morria de vontade de conhecer. Pura besteira: não tem a menor graça. É só uma casa, com música, gente que dança e mulheres vistosas que, de repente, desaparecem com os clientes".
Fonte:
revista Marie Claire, nº ? de 16/06/2011
por Sergio Sant’Anna
“Se pudesse indicar alguém para a Academia Brasileira de Letras, seria a Hilda Hilst, para animar, erotizar e espiritualizar as sessões”.
Fonte: Folha de São Paulo, 12/01/2002 – Cassiano Elek Machado
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