"Não sou religioso. Só tive uma fase em que fui, mas não judeu, um cristão. Minha máe queria que fosse para um colégio disciplinador e organizado. Levou-me para um colégio católico. De repente, me vi diante do poder de uma religião que emocionalmente é avassaladora, pela força do ritual, das preces, da história, das imagens. Cada vez que olhava Jesus Cristo pregado na cruz, sentia-me culpado. Sabia que estava condenado e que ia torrar por toda a eternidade".
Fonte: MARETTI, Eduardo (org.) Escritores: entrevistas da Revista Submarino. São Paulo: Limiar, 2002.