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Academia - Autores
Guimarães Rosa

Autoria           -                       Orientação     -        Grau  -  Local  -  Data 

BUENO, Giselle Madureira    Regina Lucia Pontieri     Ms.      USP       2007

Título: A luzinha dividida: violência e trauma em "Grande sertão: Veredas

Sinopse: Este trabalho é uma reflexão sobre Grande sertão: Veredas de João Guimarães Rosa. Tendo como foco a temática da violência, primeiramente abordamos os questionamentos éticos, religiosos e intelectuais do velho Riobaldo sobre esse problema em sua associação com o mal, conforme ele o trama nos causos iniciais da obra. Ganham relevo aqui as indagações sobre as causas ou razões da violência e a especulação sobre a doutrina quelemeniana e seus compassos e descompassos com o ponto de vista do autor. Em segundo lugar, estudamos a relação da massa dos camaradas e dos comandantes com o código de honra, cuidando de salientar os vários jogos aí observáveis: por exemplo, jagunço por eleição/jagunço por condição, tradição/invenção, liberdade/fatalidade. Em seguida, discutimos a chefia autoritária de Urutu-Branco, fruto, ao mesmo tempo, de uma vontade despótica e ausente, e encerrada em aporias que embaralham as tentativas do narrador de dar sentido à sua existência, calcular perdas e ganhos e cerzir as veredas de sua redenção. Finalmente introduzimos o conceito de trauma e experimentamos sua fertilidade e limites para pensar o caráter ambíguo da violência no Grande sertão: Veredas: às vezes, assimilável e representável, às vezes, de tal modo desnorteante que se apequenam melancolicamente essas possibilidades. É neste ponto também que se concentram comentários sobre violência e forma narrativa.

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Autoria             -                  Orientação       -           Grau  -  Local – Data

COSTA, Ana Valéria B.         Marcus Vinicius M.            Ms.        USP    2006

Título: O mito em "A hora e vez de Augusto Matraga" de João Guimarães Rosa

Sinopse: O objetivo deste trabalho é analisar como João Guimarães Rosa reinterpreta o mito clássico de Dionísio em "A hora e vez de Augusto Matraga"; última novela de Sagarana. A estrutura mítica que possui a novela confirma-se não só pela trajetória de queda e ascensão de Matraga que a identifica com o mito clássico grego (além de outras narrativas como a biografia de São Francisco de Assis), como também pelos elementos míticos intrínsecos na narrativa. Nessa reinterpretação mítica também podemos reconhecer, na nova postura de Matraga, um comportamento histórico do Brasil dos anos 30 e 40. Assim, temos, na atualização do mito dionisíaco, a racionalização do mesmo quando podemos enxergar nele uma discussão histórica em torno do Coronelismo vigente da época. Matraga, ao regenerar-se, deixa exemplo de comportamento para cada indivíduo de seu povoado na sua trajetória de renascimento (viés mítico) e, nesse novo comportamento, traz um início de nova ordem para o coronelismo local (viés histórico).                                     ______________________________________________

Autoria             -              Orientação         -             Grau  -  Local - Data

PASSARELLI, Paula    Cleusa R. P.Passsos                  Ms.       USP     2008

Título: As personagens e suas estórias: uma leitura de três narrativas de 'Corpo de Baile', de Guimarães Rosa

Sinopse: A relação entre criador e receptor se faz presente de forma peculiar em grande parte das obras de João Guimarães Rosa, inserida também intratextualmente em suas estórias. Para destacar tal relação, serão analisadas três novelas de Corpo de Baile: "Campo Geral", "Cara-de-Bronze" e "Dão-lalalão". Embora haja contadores ao longo de todo o ciclo novelístico, o corpus escolhido apresenta mais acentuadamente protagonistas que narram para os outros e, de certa forma, para si mesmos. Miguilim narra principalmente estórias infantis; Grivo reconta a trajetória pessoal de Cara-de-Bronze, modificando a versão inventada e vivida pelo fazendeiro, e, por fim, Soropita repassa questões pessoais por meio de devaneios. As estórias internas provocam um efeito sobre seus ouvintes, agindo ora como aprendizado, ora como impulso para buscas ou para ações distintas. A partir daí, este trabalho tem por objetivo tanto delimitar os criadores e receptores dessas estórias, refletindo acerca de seus papéis, quanto evidenciar as funções e conseqüências de tais narrativas para suas personagens, mostrando que os contadores internos auxiliam, com experiências ficcionais, não só a própria "vivência", mas também a de seus ouvintes.                                                                                    ______________________________________

Autoria              -              Orientação            -        Grau  -  Local – Data  

RAMOS, Jacqueline        Cleusa R. P. Pinheiro            Dr.        USP      2007

Título: Risada e meia: comicidade em Tutaméia

Sinopse: Em Tutaméia, Guimarães Rosa propõe e experimenta um recorte muito peculiar do cômico, cuja função não seria a de causar o riso, mas a de dar acesso a "novos sistemas de pensamento". A natureza e os mecanismos do cômico são discutidos no primeiro prefácio e valorizados por sua capacidade de desfazer estereótipos, abrindo espaço para outras possibilidades, para o inédito (sentido primordial de anedota), por exemplo. A própria obra incorpora formas e estruturas do cômico: seus quatro prefácios retomam em nova configuração elementos da comédia clássica, principalmente a parábase; assinalamos várias estórias organizadas segundo as formas cômicas debatidas no prefácio; até mesmo na composição de frases ou vocábulos percebe-se princípios próprios do cômico. A perspectiva cômica, infiltrada em vários planos da obra, cumpre inúmeras funções. Uma delas seria a de revelar o engano de raciocínios e valores viciados, já que alarga as possibilidades de representação ao incorporar "outras lógicas", normalmente banidas do pensamento sério, como no caso do louco, da criança, do criminoso, do palhaço, do velho esclerosado etc. Alguns procedimentos cômicos discutidos - seria o caso do "processo de niilificação" e da "definição por extração" - e também observados em estórias seriam modos de se acessar o "nada", tema amplamente recorrente e que faz parte inclusive do título: Tutaméia é "ninharia", "quase nada". A comicidade, ainda, contribuiria para ampliar o próprio idioma; ao desfazer clichês possibilita apreender a realidade não atingida pelo senso comum ou por formas convencionais. Note-se que Tutaméia não é uma obra cômica, mas foi composta a partir da perspectiva cômica, o que parece corresponder a uma vertente do pensamento moderno que valoriza o cômico por permitir a liberação do censurado, por dar acesso a tudo o que é excluído como "não oficial", "não sério", e que no entanto participa da totalidade (Dasein). A questão da comicidade ganha extraordinária complexidade na obra, confundindo-se muitas vezes com outros procedimentos (o estranhamento, a ironia, o grotesco) e sugerindo a dissolução das formas: há elementos trágicos, épicos, míticos, dramáticos, fantásticos, cinematográficos; além do minimalismo das estórias, do desdobramento cubista de perspectivas, da sondagem subjetiva etc. Enfim, o manejo do cômico em Tutaméia culmina num sistema de pluralidade e simultaneidade de perspectivas.                                                                                                            ___________________________________________

Autoria               -               Orientação          -          Grau - Local – Data

FLACH, Alessandra B.      Ana Lúcia L. Tettamanzy                Ms.      UFRGS    2007

Título: Nós, os fabulistas: o pensamento baseado na oralidade e as narrativas de Guimarães Rosa

Sinopse: Este trabalho tem como objetivo analisar a obra de Guimarães Rosa a partir do aproveitamento que o autor faz de elementos provenientes de uma cultura oral. Para tanto, são analisadas as estórias ¿Entremeio com o vaqueiro Mariano¿, de Estas estórias, ¿Pé-duro, chapéu-de-couro¿, de Ave, palavra, ¿Três homens e o boi dos três homens que inventaram um boi¿, de Tutaméia, ¿Cara-de-Bronze¿ e ¿O recado do Morro¿, de No Urubuquaquá, no Pinhém, e ¿Uma estória de amor¿, de Manuelzão e Miguilim. A escolha dessas narrativas diz respeito ao fato de que as mesmas são ilustrativas do projeto do autor em recriar a literatura de tradição oral, mas também de recriar a situação de enunciação e de divulgação de narrativas que existem em um contexto de oralidade. Além da linguagem, que não é o foco desta pesquisa, o autor valoriza a importância da palavra proferida por seus porta-vozes e a maneira como ela é transmitida, bem como o efeito que ela causa em seus espectadores, através da performance. Para explorar uma espécie de ¿episteme do pensamento sertanejo¿, Rosa constrói um discurso autoral que visa a reforçar seu engajamento com tudo aquilo que provém do sertão, dando credibilidade e verossimilhança ao que é ensinado através das narrativas. O autor apropria-se de um universo popular sem que o resultado disso seja uma produção ¿artificial¿ ou simplesmente descritiva, sob um ponto de vista intelectual, distanciado. Dada essa fusão entre popular e erudito e entre oral e escrito, optou-se por recorrer a teóricos preocupados em discutir tanto o comportamento das produções artísticas de caráter oral e as condições de sua produção (como Paul Zumthor, Walter Ong, Peter Burke, André Jolles, Câmara Cascudo) quanto as estratégias ficcionais utilizadas pelo autor para satisfazer seus propósitos (com base nas teorias e nos argumentos de Paul Ricouer, Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Wolfgang Iser, entre outros). Assim, foi possível perceber que Guimarães Rosa transita entre o popular e o erudito, na medida em que recorre a ambos para compor suas narrativas. Muito mais do que diferenças, o autor demonstra que a fixação do texto na escrita não impede que as situações de oralidade (que privilegiam a troca de experiências entre grupos que compartilham valores, crenças e costumes) deixem suas marcas na leitura silenciosa e solitária que um livro exige.

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Autoria             -                  Orientação         -          Grau - Local – Data

FONSECA, Cláudia L.Vouto   Márcia I. de L. e Silva         Ms.    UFRGS   2004

Título: Os bichos de muita antigüidade: anticonvenções do contar em Guimarães Rosa

Sinopse: Ao longo do processo de evolução por que passou a forma literária que conhecemos por Conto, fica evidente que cada vez mais este se distanciou de suas origens: a oralidade, a essência popular, que agrega o maravilhoso. Este estudo discute algumas questões relativas à gênese do Conto, aspectos relacionados à nomenclatura; conceito; origem e suas fronteiras, objetivando caracterizar ou melhor definir essa Forma tão avessa a caracterizações definitivas. O ponto de partida é a relação de oposição entre Forma simples x Forma artística. Tomamos Guimarães Rosa como paradigma, pois o autor resgata, em sua obra, aspectos referentes às formas ancestrais de contar, atualizando-os. Como contista, a partir do aproveitamento dos temas e das formas populares, características das narrativas de tradição oral, que utilizam com freqüência o elemento maravilhoso, o autor tece seu próprio contar. Seu feitio, porém, não se assemelha ao dos compiladores, mercê de um trabalho minucioso e artesanal com a palavra, o qual acaba por atribuir à tessitura do texto uma especificidade que intriga, encanta e convida ao jogo. Estudamos essa atualização do conto popular de tradição oral na obra de Guimarães Rosa à luz da Metalingüística bakhtiniana, utilizando os contos Famigerado e Um moço muito branco, de Primeiras estórias; Como ataca a sucuri, de Tutaméia; e Meu tio o Iauaretê, de Estas Estórias, como exemplos desse fato, pois cremos que sua teoria ajuda a esclarecer os aspectos da obra rosiana que dizem respeito ao discurso. Malgrado a investigação a que se lançou Mikhail Bakhtin ter sido empreendida a partir do romance, acreditamos que sua teoria possa ser aplicada à narrativa curta, já que trata basicamente das relações dialógicas entre narrador e interlocutor. A direção que tomamos em nossa análise, diz respeito, justamente, ao discurso na obra do autor mineiro, sobretudo às formas de citação desse discurso, fator relevante em seu fazer literário.

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Autoria                   -             Orientação         -        Grau  -  Local - Data

OLIVEIRA, José Quintão   Luiz Cláudio V. Oliveira         Ms.      UFMG   2008

Título: Sete-de-Ouros e o bestiário rosiano: gênese da animália na obra de Guimarães Rosa

Sinopse:

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Autoria               -                       Orientação     -     Grau –  Local   - Data

LIMA, Marcelo Correa       Márcia Maria Valle A.           Ms.      UFMG     2008

Título: Paradoxos, metalinguagens e metapicturalidade: paralelos entre Tutaméia, de Guimarães Rosa e os desenhos de M.C. Escher

Sinopse:

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Autoria                -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data  

OLIVEIRA, Edson Santos      Ana Maria C. Peres         Dr.      UFMG   2008

Título: Nicas, nonadas, tutameíces: o percurso da letra na obra de Guimarães Rosa

Sinopse:

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Autoria                -                       Orientação      -      Grau - Local - Data 

MENDES. André Melo                Julio César Jeha              Dr.    UFMG  2008

Título: Arlindo Daibert e o segredo dos pássaros de Guimarães Rosa: um estudo sobre as relações expressivas e retóricas entre imagem e texto

Sinopse:

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Autoria              -                Orientação       -            Grau -  Local -  Data

MENEZES, Roniere Silva   Eneida Maria de Souza          Dr.     UFMG  2008

Título: O traço, a letra e a bossa: arte e diplomacia em Cabral, Rosa e Vinicius

Sinopse:

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Autoria              -              Orientação          -           Grau  -  Local - Data

SILVA, David Lopes      Ana Luiza Andrade                  Ms.       UFSC  2001

Título: Tutaméia: Prefácio

Sinopse: Estudo dos prefácios do livro de contos "Tutaméia", de João Guimarães Rosa.

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Autoria              -              Orientação          -           Grau  -  Local - Data

SILVA, David Lopes         Ana Luiza de Andrade          Dr.        UFSC  2006

Título: O Pulo da Onça em Guimarães Rosa: Meu Tio o Iauaretê

Sinopse:

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Autoria          -                Orientação          -           Grau  -  Local -  Data

CAMPOS, André Luiz     Suzi Franki Sperber                Ms.  UNICAMP 2002

Título:  A travessia critica de Sagarana                                           Sinopse: Este trabalho compõe-se de uma Bibliografia Geral da Obra de Guimarães Rosa, contendo aproximadamente 2.000 títulos e da Bibliografia Comentada de Sagarana, composta de resumos de 187 trabalhos entre dissertações e teses, produzidos a partir da década de 70 e textos críticos, estes elaborados desde o momento de publicação do livro de Rosa. Tais resumos objetivam orientar o leitor interessado na produção crítica que a comunidade interpretativa mais especializada, a crítica literária, vem elaborando a respeito do livro, fornecendo aos pesquisadores e leitores em geral parâmetros que podem auxiliar a compreensão das relações entre cultura e sociedade, na medida em que compõe o caminho crítico por ele percorrido desde 1946. É abrangendo, pois, parte deste material aqui descrito, inserido no período específico de 1946 a 1956, que se apresenta um pequeno estudo que analisa os parâmetros da recepção crítica do primeiro livro de Rosa, Sagarana, no sentido de promover a emancipação desta obra dos códigos cristalizadores da tradição. Emancipar o livro do conjunto de valores cristalizados pela historiografia literária no momento em que foi publicado pressupõe discutir as relações entre crítica literária e sociedade pela análise do horizonte de expectativas que efetivou a recepção do livro em 1946.Nele, o embate entre as duas tendências discursivas, o regionalismo e o universalismo, que compuseram os discursos de hegemonia da crítica, ficou marcado por relações que extrapolaram o âmbito de uma discussão literária e adentraram a complexa rede de discursos subjacentes àqueles hegemônicos. Tais discursos estabelecem,assim,comopano de fundo,as relações como momento tenso de modernização industrial na sociedade brasileirada décadade 40. Nesta trilha, o movimento de ruptura com a tradição e o surgimento de uma nova, paralelos à validade cultural da obra, fazem a travessia crítica do livro, neste período, tomando possível reconhecer críticos que ocuparam um lugar alternativo, que, por força desta mesma tradição, não puderam ter reconhecidas, de imediato, suas vozes sensíveis e, de certa forma, mais próximas do livro de Rosa e da cultura sertaneja brasileira, nele, representada

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Autoria                -               Orientação          -        Grau  -  Local - Data

ANDRADE, Ana Maria B.   Fabio R. S. Andrade           Ms.    UNICAMP   2004

Título:  A velhacaria nos paratextos de Tutameia
Sinopse:

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VILALVA, Walnice A.M.     Suzi Franki Sperber          Dr.     UNICAMP   2004  

Título: Marias : estudo sobre a donzela-guerreira no romance brasileiro

Sinopse: O tema da donzela-guerreira engendra processo configural que retoma matizes de composição do tema na cultura popular. O que podemos perceber pelas variantes da produção oral é a manutenção do molde da donzela-guerreira européia que chega até nossos dias como herança do processo de colonização. O romance brasileiro, ao tratar desta donzela, fundamentalmente nos dois romances aqui analisados, Grande sertão: Veredas e Memorial de Maria Moura, insere-a em novo espaço, o sertão, permitindo, assim, uma reelaboração da performance e o aprofundamento de elementos configurais que apenas estavam apresentados na produção oral; a saber, a dinâmica da guerra, a composição do bando, a instituição da marginalidade

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Autoria               -            Orientação          -             Grau  -  Local - Data

OLIVEIRA, Silvana        Suzi Frank Sperber                  Dr.    UNICAMP 2003

Título: O terceiro estado em Guimarães Rosa : a aventura do devir

Sinopse:

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Autoria          -                       Orientação     -        Grau  -  Local  -  Data  

NOGUEIRA, Erich Soares    Suzi Frank Sperber         Ms.    UNICAMP 2004   

Titulo: Percepção e experiencia poetica : estudo para uma analise de "Campo geral", de J. Guimarães Rosa

Sinopse: Esta dissertação de mestrado faz uma análise da novela "Campo Geral", de Guimarães Rosa, considerando a percepção sensorial da personagem Miguilim. Antes, porém, há um estudo sobre a percepção sensorial na obra de Rosa, em que se consideram algumas idéias do filósofo Merleau-Ponty. Analisam-se trechos de Boiada (anotações que Guimarães Rosa fizera em sua viagem pelo sertão), além de passagens retiradas de "São Marcos", "A hora e a vez de Augusto Matraga" e Grande Sertão: Veredas. Discute-se, sobretudo, a relação entre a percepção sensorial das personagens e o caráter poético da linguagem de Rosa. Inclui-se, nesse estudo, também a relação entre o corpo da palavra e o corpo do leitor. Na análise da novela "Campo Geral", trabalha-se com a experiência do visível. O olhar míope da personagem Miguilim revela uma experiência de ordem poética e de resistência a um mundo que reduz o corpo a um instrumento de trabalho. Por fim, analisa-se a formação de Miguilim como contador de estórias. Essa atividade elabora sentidos para as percepções sensoriais da personagem e mostra ser recurso importante no enfrentamento da morte e na afirmação da alegria, temas fundamentais de "Campo Geral".

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Autoria                -                     Orientação      -        Grau - Local - Data

CORREIA,  Paulo Petronilio   Marco Antonio Castelli        Ms.    UFSC  2003

Título: Riobaldo: um ente entre o ser e o não-ser".

Sinopse: Esta pesquisa visa investigar o personagem Riobaldo Tatarana na vastidão da existência. A partir de um olhar heideggeriano, tento dar braçadas no rio de Heráclito afim de tentar compreender o plano ontológico da ficção. Tentarei assim, perceber o devir que o sertão roseano nos lança e que, o modo-de-ser desse ente chamado Riobaldo é, de uma certa forma, o modo-de-ser do homem no mundo, que transita para várias bandas da existência, estando em toda e nenhuma parte. A partir da compreensão de que o sertão é o mundo, estamos sempre diante do vir-a-ser, pois o sertão, ao correr como um rio, se transforma no reflexo do mundo que todos os entes que nós mesmos somos estamos lançados. Diante da travessia, estamos sempre lançados e, nesse lançar-nos no mundo, podemos cair em outras bandas. Essa não é simplesmente a condição do jagunço, mas de todo homem que habita na face da terra. Em outras palavras, o sertão mundo se transforma em uma verdadeira aporia e, somente tendo a consciência de que a linguagem é a morada do sertão, é que podemos manter acesa essa chama que acende e apaga, que abre e fecha as possibilidades nonada, permanecendo assim, o combate entre o mundo e a terra

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Autoria                   -                Orientação        -        Grau - Local - Data

SILVA, Viviane E.            Kathrin H.L. Rosenfield           Ms.     UFRGS  2002

Título: Vertentes do viver: a estrutura trágica de "Grande sertão : veredas

Sinopse: Este trabalho é uma tentativa de análise da estrutura de Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, a partir do conceito de tragédia apresentado por Aristóteles em sua Poética. Nesse livro, Aristóteles diz que, na tragédia, a estrutura interna do texto - a "composição dos fatos", o mythos - aponta para a "peripécia", o desenlace, na qual acontece o "reconhecimento trágico": a passagem do ignorar ao saber, a partir dos sentimentos trágicos, "terror e piedade", gerados pela trama dos acontecimentos, das imagens poéticas. Em Grande sertão: veredas, a elaboração do tema da "matéria vertente", ligada à tentativa de "armar o ponto dum fato", dá à estrutura do livro uma caracterização trágica no sentido aristotélico. Riobaldo narrador conta a um interlocutor, o senhor, suas experiências de jagunçopersonagem, encontrando dificuldades de narrar ao esbarrar nos aspectos ambíguos, vertentes das coisas de que fala. A ambigüidade presente em todo o livro é a trama dos fatos de Grande sertão: veredas que representa a figura ambígua de Diadorim e que anuncia a reviravolta final, a morte dele e a descoberta de seu segredo: com o desenlace é que há o reconhecimento que a ambigüidade não é só tema, mas estrutura da obra, ou seja, Riobaldo tem sua maneira de narrar mergulhada em uma visão de mundo marcada pela experiência de dor e de prazer com Reinaldo-Diadorim. Assim, a ambigüidade, em Grande sertão: veredas, analisada sob o ponto de vista de estruturação trágica, é forma de construção que vincula estrutura e sentido interno do texto.

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Autoria                 -                  Orientação        -         Grau - Local - Data

MARTINS, Aira suzana R.   Darcilia M.P. Simões               Dr.    UFRJ     2006

Título: A pontuação não gramatical de Guimarães Rosa: uma análise semiótica

Sinopse: Este trabalho apresenta uma anáise semiótica da pontuaçaõo na obra de Guimarães Rosa. O estudo verifica as estratégias de pontuação utilizadas pelo autor, as quais buscam recuperar, na escrita, as características da língua falada. Trata-se de uma pesquisa semiótica, calcada, principalmente, nas contribuições da teoria semiótica de Peirce. Esse procedimento visa a observar os usos especiais dos sinais de pontuação presentes no texto, com. O estudo tem como corpus as seguintes obras: Sagarana, Manuelzão e Miguilim, No Urubuquaquá, no Pinhém, Noites do Sertão, Grande Sertão: Veredas, Primeiras Estórias, Tutaméia e Estas Estórias. 

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Autoria                  -                Orientação        -         Grau - Local - Data

COSTA, Ana Valeria B.        Alberto A. Martins                   Ms.   USP    2006

Título: O mito em "A hora e vez de Augusto Matraga" de João Guimarães Rosa

Sinopse: O objetivo deste trabalho é analisar como João Guimarães Rosa reinterpreta o mito clássico de Dionísio em \"A hora e vez de Augusto Matraga\"; última novela de Sagarana. A estrutura mítica que possui a novela confirma-se não só pela trajetória de queda e ascensão de Matraga que a identifica com o mito clássico grego (além de outras narrativas como a biografia de São Francisco de Assis), como também pelos elementos míticos intrínsecos na narrativa. Nessa reinterpretação mítica também podemos reconhecer, na nova postura de Matraga, um comportamento histórico do Brasil dos anos 30 e 40. Assim, temos, na atualização do mito dionisíaco, a racionalização do mesmo quando podemos enxergar nele uma discussão histórica em torno do Coronelismo vigente da época. Matraga, ao regenerar-se, deixa exemplo de comportamento para cada indivíduo de seu povoado na sua trajetória de renascimento (viés mítico) e, nesse novo comportamento, traz um início de nova ordem para o coronelismo local (viés histórico).

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Autoria                   -                Orientação        -         Grau - Local - Data

BRANDÂO, Antonia M.R.          Maria José P.G.P.            Ms.    PUC/SP  2005

Título: O amor e o trágico em Desenredo e Reminisção, contos de Tutaméia de João Guimarães Rosa

Sinopse: Este trabalho tem como corpus os contos Desenredo e Reminisção, do livro TUTAMÉIA, 1967, de João Guimarães Rosa . Focalizamos, nos dois capítulos que compõem a dissertação, a temática do Amor, sob a ótica do trágico clássico e do trágico como constitutivo da experiência humana. Nosso objetivo é explicar o tratamento que o autor dispensa ao tema, redimensionando o trágico, que se insurge, de modo diferente, na relação amorosa dos protagonistas das duas narrativas analisadas. O título do conto, Desenredo, anuncia uma descomplicação da trama que se instaura sobre a virtualidade de uma tragédia clichê; no entanto, o procedimento paródico da inversão da relação de causalidade revela um outro enredo, que pode estar ocultando a ameaça do trágico. Ao des-enredar uma tragédia clichê, impulsionado pelo amor erótico, a personagem pode estar construindo uma tragédia moderna. Reminisção apresenta o problema de uma relação de tempos diferentes: o tempo da enunciação e um tempo passado que gerencia a ação do protagonista. O discurso irônico do narrador anuncia a vivência de uma situação marcada pela tragicidade, por parte do protagonista, ironicamente sinalizando um processo de ascese da personagem. A metodologia adotada para o tratamento dos contos rosianos caracterizou-se pelo método da descoberta, construído entre o contar e o mostrar do narrador, o dito e o não-dito , texto e ausência de texto : construção dialógica , crítica e poética . Um prefácio e um posfácio articulam-se, na abertura e na finalização do trabalho, como uma introdução e uma conclusão reversiva, relação interativa de textos que se ampliam em complementação circular.         

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Autoria                -                  Orientação        -         Grau - Local - Data

SILVA, Avani Souza           Maria dos Prazeres S.M         Ms.     USP     2007

Título: Guimarães Rosa e Mia Couto: ecos do imaginário infantil

Sinopse: Realiza-se neste trabalho um estudo comparado de dois contos pertencentes ao macrossistema das literaturas de língua portuguesa: \"As margens da Alegria\", do livro de contos Primeiras Estórias, do escritor brasileiro João Guimarães Rosa, e \"O viajante clandestino\", do livro Cronicando, do escritor moçambicano Mia Couto, utilizando como suporte teórico o comparatismo de solidariedade teorizado por Benjamin Abdala Junior, a partir da conceituação de sistema literário formulado por Antonio Candido. A dissertação focaliza os contos buscando articulação entre eles do ponto de vista temático e estrutural, enfatizando o narrador e a linguagem, e detectando em sua construção narrativa a presença do imaginário infantil. Inicialmente, analisamos os contos em suas especificidades e depois estabelecemos confronto entre ambos para detectar similitudes e diferenças entre os autores na construção de suas narrativas, buscando sempre a correlação com o conjunto da obra de cada autor.
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Autoria                -                  Orientação        -         Grau - Local - Data

ABREU, Cássia R.F.                Beatriz Berrini                  Ms.   PUC/SP  2005

Título: O olhar da personagem-criança na obra de João Guimarães Rosa em "Campo geral"

Sinopse: Esta dissertação apresenta o estudo de aspectos analisados em três contos de Guimarães Rosa protagonizados por crianças, são eles: Campo Geral (da Obra Manuelzão e Miguilim), As margens da alegria e A menina de lá (contidos em Primeiras Estórias). A investigação toma como ponto de partida a construção da personagem-criança na obra rosiana a partir de um amadurecimento incomum e precoce que pode gerar estranheza ou confusão pela inevitável associação ao fantástico e ao sobrenatural, razão para um exame neutro e imparcial. Inicialmente, estabelece-se a diferença entre ver e enxergar, o que favorece a análise mais detida da personagem alvo: Miguilim. Esta distinção possibilita a visão do amadurecimento do menino, ao longo da narrativa, o qual passa do simples observar o mundo para a compreensão dele. Nessa tarefa de amadurecimento tem função primordial o irmão Dito, que auxilia Miguilim em sua jornada. Estuda-se o comportamento, a origem etimológica dos nomes de batismo das personagens Miguilim e Dito, já que eles sugerem uma escolha não aleatória do autor. Duas outras personagens-crianças da ficção rosiana também.São analisadas: o menino de As margens da alegria e Nhinhinha de A Menina de lá, pois também são personagens do universo infantil que apresentam características extraordinárias, como sabedoria, maturidade precoce, poderes inexplicáveis para o mundo convencional. Chega-se, assim, às estratégias que favorecem a difusão do efeito de verossimilhança a partir de aparentes coincidências e até mesmo de incongruência que corroboram no processo de autonomia das personagens na narrativa. As análises foram feitas, principalmente, a partir da teoria de Mikhail Bakhtin, Gérard Genette, Paul Ricoeur, Beth Brait, Tzvetan Todorov e Norman Friedmann

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Autoria                -                   Orientação        -         Grau - Local - Data

BERGAMIN, Cecilia C.             José A. Pasta Jr.                  Ms.    USP   2008

Título: Dansadamente: unidade do Corpo de baile de João Guimarães Rosa

Sinopse: Este trabalho realiza uma leitura crítica da obra Corpo de baile de João Guimarães Rosa, composta por sete novelas independentes, com foco na sua unidade. O sertão de Corpo de baile constitui-se como um universo comum em suas dimensões geográfica, econômica, social, temporal, cultural e existencial. As personagens vivem sua condição transitória de vaqueiros e trabalhadores no sertão do gado e buscam um novo lugar social e geográfico onde possam encontrar sentido para suas vidas. O sertão também se transforma ao mesmo tempo que se constitui como ambiente quase anímico, encantado, que oferece contato com a natureza, revela o progresso à espreita como possibilidade ambígua de melhoria e ao mesmo tempo aniquilação de suas condições de existência. A morte da personagem Dito de Campo geral é emblema desse sertão que se forma aos olhos do leitor, carregando as condições de sua dissolução. As outras personagens protagonistas repetem os movimentos que configuram esse estado de coisas: o sentimento de exílio e o cálculo social, a identificação com um duplo e a experiência de uma luta de morte e a fixação em desejos, lembranças ou imagens.

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SANTOS, Celina Leal             Maria A. Junqueira             Ms.   PUC/SP  2006

Título: A poetização do espaço nos Sertões de Euclides e Rosa

Sinopse: O objetivo desta pesquisa é mostrar como se constrói o espaço nas narrativas: Os Sertões, de Euclides da Cunha e Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Intenta-se refletir sobre os seguintes problemas: Que elementos compõem o espaço em Os Sertões e Grande Sertão: Veredas? Como os múltiplos espaços influenciam nos elementos componenciais da narrativa e vice-versa? De que forma o SERTÃO pode se tornar o elemento aglutinante da espacialidade em Os Sertões e Grande Sertão: Veredas? Consideram-se basilares para esta pesquisa o estudo de Gaston Bachelard, o de Antonio Dimas e, o de um terceiro, Milton Santos, tomado de empréstimo à Geografia. Do último, serão extraídos conceitos-chave como a concepção de espaço, lugar e paisagem. O capítulo I trata dos elementos espaciais que compõem Os Sertões; o capítulo II aborda os elementos espaciais relativos à Grande Sertão: Veredas e, em seguida, no capítulo III, propõe-se uma avaliação dos elementos espaciais comuns a ambas as narrativas, também busca-se apreender como o SERTÃO se torna o elemento aglutinante dessas espacialidades. O sertão é destacado, nesse trabalho, como macro-espaço, dividido em micro-espaços representados por elementos naturais formados pelo aquático, pela flora e pela fauna. Quanto aos espaços artificiais, salientam-se as construções que envolvem a fazenda, o sítio, a casa, o sobrado, a choupana, a igreja, o cemitério, a cadeia, seja do ponto-de-vista interior, seja do exterior. Assim, procurou-se resgatar traços da criação espacial, envoltos em um discurso híbrido de jornalismo, geologia, ciências, história, sociologia e literatura, em Os Sertões, assim como manifestações latentes da criação espacial em Grande Sertão: Veredas         

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FONSECA, Claudia L.V.        Marcia Ivana de L. e S.        Ms.   UFRGS  2004

Título: Os bichos de muita antigüidade: anticonvenções do contar em Guimarães Rosa

Sinopse: Ao longo do processo de evolução por que passou a forma literária que conhecemos por Conto, fica evidente que cada vez mais este se distanciou de suas origens: a oralidade, a essência popular, que agrega o maravilhoso. Este estudo discute algumas questões relativas à gênese do Conto, aspectos relacionados à nomenclatura; conceito; origem e suas fronteiras, objetivando caracterizar ou melhor definir essa Forma tão avessa a caracterizações definitivas. O ponto de partida é a relação de oposição entre Forma simples x Forma artística. Tomamos Guimarães Rosa como paradigma, pois o autor resgata, em sua obra, aspectos referentes às formas ancestrais de contar, atualizando-os. Como contista, a partir do aproveitamento dos temas e das formas populares, características das narrativas de tradição oral, que utilizam com freqüência o elemento maravilhoso, o autor tece seu próprio contar. Seu feitio, porém, não se assemelha ao dos compiladores, mercê de um trabalho minucioso e artesanal com a palavra, o qual acaba por atribuir à tessitura do texto uma especificidade que intriga, encanta e convida ao jogo. Estudamos essa atualização do conto popular de tradição oral na obra de Guimarães Rosa à luz da Metalingüística bakhtiniana, utilizando os contos Famigerado e Um moço muito branco, de Primeiras estórias; Como ataca a sucuri, de Tutaméia; e Meu tio o Iauaretê, de Estas Estórias, como exemplos desse fato, pois cremos que sua teoria ajuda a esclarecer os aspectos da obra rosiana que dizem respeito ao discurso. Malgrado a investigação a que se lançou Mikhail Bakhtin ter sido empreendida a partir do romance, acreditamos que sua teoria possa ser aplicada à narrativa curta, já que trata basicamente das relações dialógicas entre narrador e interlocutor. A direção que tomamos em nossa análise, diz respeito, justamente, ao discurso na obra do autor mineiro, sobretudo às formas de citação desse discurso, fator relevante em seu fazer literário.

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LOBO, Dalva de Souza          Maria Zélia Borges        Ms.   Mackenzie  2006

Título: O signo da jagunçagem como fator ritualizante: a carnavalização rizomática em Diadorim

Sinopse: Na tessitura de um discurso, observa-se que elementos diversos são de suma relevância, uma vez que auxiliam no construto de uma personagem. Na obra Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, privilegiou-se a construção da personagem Diadorim, a partir de seu discurso de duplo-gênero, visando trabalhar a carnavalização literária, tema central desta pesquisa. A fundamentação teórica para o estudo ancorou-se no conceito de carnavalização de Bakhtin, que trata das relações ambíguas travadas no espaço do entrudo, relações estas que, em se tratando da personagem, romperam os paradigmas da sociedade jagunça, congregando as diferenças e consagrando a polifonia discursiva. Outros fatores que nortearam o construto de Diadorim abarcam os postulados de rizomas e de dobras, ambos relevantes para a constituição da identidade social e sexual da personagem, por corroborarem o discurso dual que se elevou à multiplicidade, tendo na jagunçagem o fator ritualizante da carnavalização rizomática evidenciada no discurso. O processo metodológico baseou-se, então, na análise de um discurso originalmente ambíguo, em cuja linguagem observou-se que a subversão foi a condição que possibilitou a diluição do gênero, produzindo uma rizomatização, ou seja, uma cartografia em forma de voz polifônica disseminada entre as veredas do Grande Sertão, do qual Diadorim foi fator expoente

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AUGUSTO, Daniel S.              José Miguel Wisnik            Ms.     USP     2007

Título: Um assunto de silêncios: estudo sobre o " Cara-de-bronze", de João Guimarães Rosa

Sinopse: Análise e interpretação do conto \"Cara-de-Bronze\", escrito por João Guimarães Rosa. Esta obra sintetiza a idéia que o autor tem da poesia, marcada pela extensa tradição de escritos dedicados ao estudo de Saturno e da melancolia. O confronto dessa tradição, a partir da leitura que lhe deu Walter Benjamin, com o conto, descortina aspectos enigmáticos da narrativa, e revela elementos fundamentais da concepção de mundo do autor, importantes para a literatura, a critica literária e a filosofia da arte

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SCALI Jr., Dirceu A.               Renato Mezan                   Dr.     PUC/SP  2008

Título: A relação vida-obra, na criação, em Guimarães Rosa a partir de um olhar merleaupontyano

Sinopse: intenção desse trabalho é procurar entender a relação autor-obra a partir do que se poderia chamar de gesto criativo originário. Para tanto, procurou-se inicialmente resolver algumas questões acerca da relação personagem e biografia e, posteriormente, foi realizada uma biografia do escritor mineiro João Guimarães Rosa, tentando apreender a gênese do fenômeno da criação. Para estabelecer essa análise, foram essenciais alguns conceitos desenvolvidos pelo filósofo francês Maurice Merleau-Ponty, principalmente os que de alguma maneira remetem ao estudo da obra de arte, bem como às questões referentes à pesquisa desse autor sobre a linguagem

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LEITÃO, Eduardo J.P.S.         Arturo G. Araujo                 Ms.    UFRGN  2006

Título: Augusto Matraga: um hérói além do bem e do mal - uma perpectiva trágico-ontológica

Sinopse: O presente trabalho tem como objetivo comparar a filosofia de Friedrich Nietzsche (1844-1900) e o conto de João Guimarães Rosa (1908-1967), A hora e vez de Augusto Matraga (1946), no intuito de revelar a possibilidade da aplicação da filosofia nieztscheana para expandir o valor estético do conto e possibilitar a compreensão do protagonista, Augusto Matraga, como o protótipo do ser superior nobre descrito por Nietzsche, o ubermensch. Considerando os conceitos do filósofo sobre a vontade de potência, os elementos dionisíaco e apolíneo, bem como o ideal ascético, pretende-se estabelecer até que ponto o protagonista pode ser concebido como um bom asceta, na medida em que, devido a sua natureza ontológica nobre, transgride a moral cristã e se aproxima do conceito do homem que está além do bem e do mal. Além da filosofia de Nietzsche, usar-se-á alguns postulados filosóficos de Martin Heidegger (1889-1976) para reforçar a idéia de que o juízo criado sobre Matraga é apenas uma aparência que não contempla a essência do seu Ser, contribuindo para camuflar seu caráter trágico-ontológico, o que implica na diminuição da força estética do conto.

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FRANCA, Denise C.            Milenna M. e Santos               Ms.    UFBA   2005

Título: Confessando a carne em Grande sertão: veredas.

Sinopse: Esta dissertação figura o percurso de um desejo de articulação entre a metacrítica dos saberes sobre o corpo sexuado a partir do século XVIII até a contemporaneidade e a crítica da narrativa de Guimarães Rosa Grande sertão: veredas. Nesse sentido, a trajetória discursiva do corpo se espelha na análise da obra através do diálogo que se instaura entre ciência e poética, a partir do que se defende a tese em favor da possibilidade de leitura da voz narrativa como a voz de um desejo de confissão, que busca tanto a perpetuação do prazer erótico no contar a história, bem como a compreensão da experiência via imagens do corpo.
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NOGUEIRA, Elza de Sá          Marilia R. Cardoso            Dr.      PUC/RJ  2004

Título: Descrever as veredas ou narrar o grande sertão?: A tarefa de Arlindo Daibert ao traduzir o romance em imagens.

Sinopse: O trabalho toma a série de setenta e um desenhos, colagens, aquarelas e xilogravuras G.S.:V. uma tradução em imagens do romance Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, feita pelo artista plástico mineiro Arlindo Daibert como recriação de processos descritivos e descrição de processos criativos do romance. Parte-se do pressuposto de que, ao se esquivar do compromisso tradicional da ilustração com o encadeamento e o conteúdo narrativos, de modo coerente com sua concepção de desenho como forma de raciocínio e com seu próprio projeto artístico, Daibert consegue retomar e desdobrar algumas das questões estéticas, culturais e históricas mais importantes do romance, através do estabelecimento de uma cartografia que se caracteriza antes pela mescla de referências que pela fixação de limites entre elas. Buscou-se abordar essas questões de forma a estabelecer, adicionalmente, um estreito diálogo com a crítica especializada da obra de Guimarães Rosa, não a fim de legitimar as reflexões visuais através da crítica literária, mas ao contrário, a fim de mostrar o quanto ambas podem ganhar em mútua colaboração 

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NOGUEIRA, Erich Soares        Haquira Osakabe          Ms.   UNICAMP  2004

Título: Percepção e experiencia poetica : estudo para uma analise de "Campo geral", de J. Guimarães Rosa

Sinopse: Esta dissertação de mestrado faz uma análise da novela "Campo Geral", de Guimarães Rosa, considerando a percepção sensorial da personagem Miguilim. Antes, porém, há um estudo sobre a percepção sensorial na obra de Rosa, em que se consideram algumas idéias do filósofo Merleau-Ponty. Analisam-se trechos de Boiada (anotações que Guimarães Rosa fizera em sua viagem pelo sertão), além de passagens retiradas de "São Marcos", "A hora e a vez de Augusto Matraga" e Grande Sertão: Veredas. Discute-se, sobretudo, a relação entre a percepção sensorial das personagens e o caráter poético da linguagem de Rosa. Inclui-se, nesse estudo, também a relação entre o corpo da palavra e o corpo do leitor. Na análise da novela "Campo Geral", trabalha-se com a experiência do visível. O olhar míope da personagem Miguilim revela uma experiência de ordem poética e de resistência a um mundo que reduz o corpo a um instrumento de trabalho. Por fim, analisa-se a formação de Miguilim como contador de estórias. Essa atividade elabora sentidos para as percepções sensoriais da personagem e mostra ser recurso importante no enfrentamento da morte e na afirmação da alegria, temas fundamentais de "Campo Geral".

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MONTI, Estevão R.               Othon H. Leonardos             Dr.     UNB   2007

Título: As veredas do grande sertão-Brasília : ocupação, urbanização e resistência cultural

Sinopse: Este trabalho comprova a hipótese de que a cultura sertaneja resistiu à desconstrução e ao desenraizamento intensificado por Brasília. A resistência acontece, marcadamente, ao nível simbólico, pois os sertanejos mantém suas raízes no Sítio Simbólico de Pertença Sertanejo. Ele foi organizado, a partir da documentação da história de vida de pessoas vindas do Sertão do Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, a saber: o Norte de Minas Gerais, Sudoeste da Bahia e Nordeste de Goiás. Interpretei depoimentos de narradores residentes nas regiões administrativas do Distrito Federal, articulando as questões da sustentabilidade e o romance roseano. A ocupação se aproxima dos 11.000 anos antes do presente. Os Macro-Jê derivaram dos caçadorescoletores e receberam os Tupis-Guaranis, que fugiam do colonizador. Com a rebelião dos índios na lavra do ouro, os europeus importaram escravos africanos. O sertanejo nasce, então, das mestiçagens entre o branco, o índio e o negro. Sua cultura emergiu de contradições. O índio, em busca de quinquilharias, o português, de ouro e o negro, de liberdade, definem um ambiente de namoros, massacres e etnocídios. Na organização política do sistema, as capitanias cuidaram da defesa externa e conquista do Sertão; a distribuição das sesmarias foi definida pela tradição e favoritismo. Ancorados nessa natureza de distribuição de terras e no municipalismo, surgem os coronéis paternalistas, clientelistas e seus jagunços. Esgotado o ouro, pequenas cidades e latifúndios passaram a definir a paisagem com a prática da pecuária extensiva e agricultura de subsistência. Brasília, simultaneamente, aqueceu e pôs fim ao namoro entre os sertanejos e o poder instituído. É fechado um pacto de modernidade com a capital e a tecnologia internacional. Chegava o desenvolvimento com estradas, hospitais e escolas, mas também o desassossego da perda de biodiversidade, iminente colapso dos recursos hídricos e ocupação desordenada do território. Nascia o Sertão-Brasília. As políticas públicas dos governos posteriores ao período JK, fortaleceram o pacto. No turbilhão, a cultura sertaneja é sustentada pelo Sítio Simbólico de Pertença Sertanejo, cujas caixas esquemáticas são, metaforicamente, apresentadas como canastras. A Canastra dos Mitos, Memória e Trajetória de Vida revela sertanejos e sertanejas trabalhadores, não hedônicos, honrados, corajosos, cristãos e com trajetória de vida circular. A Canastra Conceitual apresenta comunidade alicerçada na família, com o marido à frente do trabalho pela subsistência; o gado é força motriz, fonte protéica, de matéria prima e acumulador de riqueza; e estrutura educacional que tanto inclui, quanto exclui. A Canastra de Ferramentas traz dois modelos de ação: o familiar e o comunitário, fundados na solidariedade vicinal que interliga os dois modelos. Recomenda-se o rompimento do pacto e volta do namoro, que possibilita o desenvolvimento situado. As metáforas do pacto e do namoro, extraídas do romance roseano, organizaram a interpretação das relações Sertão-Brasília, que se constitui na fusão de horizontes entre as metáforas, a fundamentação teórica do trabalho e as histórias de vida dos narradores. As metáforas fizeram a tessitura da interpretação. O pacto que Riobaldo, o narrador do romance, busca fechar com o Diabo, é cartesiano, separa, reduz e mata. O namoro é aberto, cheio de incertezas, contradições, seduções e complexo. Darcy Ribeiro (1995), Edgar Morin (1999), Terry Eagleton (2005), tratam da cultura. Hassan Zaoual (2003), Martin Buber (1987), e Simone Weil (2001), conceituam sítio simbólico de pertencimento, comunidade e desenraizamento. Considerando a importância educativa da compreensão da complexidade destas questões para as novas gerações, integrei a produção de um vídeo à metodologia. Ele dá visibilidade ao Sítio de Pertença Sertanejo.

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PONCHIROLLI, Flavio A.      Reginaldo P. Carvalho          Ms.      USP   2006

Título: A estilística da adaptação e inadaptação: uma análise de " A Terceira Margem do Rio", de João Guimarães Rosa

Sinopse: Este trabalho pretende elaborar uma análise estilística da obra \"A terceira margem do rio\", de João Guimarães Rosa. O levantamento, a análise e interpretação dos recursos formais utilizados no conto operam com os conceitos de adaptação e inadaptação, que caracterizam o narrador como um personagem ambíguo, um homem de dois mundos. Este trabalho não faz nenhum recorte quanto aos níveis de língua estudados (nível fonológico, lexical, morfológico, frasal, enunciativo) e, abordando o conceito de convergência estilística, procura seguir, linha a linha, os fatos expressivos presentes no conto, flagrando, assim, a intensidade poética que existe na prosa rosiana. Na primeira parte da dissertação, expõem-se os pressupostos teóricos e metodológicos da análise estilística por nós empreendida e alguns aspectos relativos à situação da obra de Guimarães Rosa dentro da literatura brasileira. Ainda nessa parte, justifica-se a estrutura do trabalho e se verificam algumas características sobre a obra a que pertence o conto estudado. A segunda parte, dedicada à análise estilística propriamente dita, estuda os efeitos de adaptação e inadaptação, que compreende três momentos da narrativa: 1) a sensação de normalidade e adaptação às normas e convenções presentes nas margens lógicas da sociedade racional; 2) os tons de perplexidade do narrador diante do mistério e da escolha de \"nosso pai\"; 3) o sentimento do trágico e os tons de melancolia do narrador diante de sua culpa. Na conclusão, são retomados alguns fatos estilísticos analisados e algumas contribuições dos ensaios que nortearam a interpretação proposta.

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BUENO, Giselle                 Regina L. Pontieri                   Ms.      USP    2007

Título: A luzinha dividida: violência e trauma em "Grande sertão: Veredas"

Sinopse: Este trabalho é uma reflexão sobre Grande sertão: Veredas de João Guimarães Rosa. Tendo como foco a temática da violência, primeiramente abordamos os questionamentos éticos, religiosos e intelectuais do velho Riobaldo sobre esse problema em sua associação com o mal, conforme ele o trama nos causos iniciais da obra. Ganham relevo aqui as indagações sobre as causas ou razões da violência e a especulação sobre a doutrina quelemeniana e seus compassos e descompassos com o ponto de vista do autor. Em segundo lugar, estudamos a relação da massa dos camaradas e dos comandantes com o código de honra, cuidando de salientar os vários jogos aí observáveis: por exemplo, jagunço por eleição/jagunço por condição, tradição/invenção, liberdade/fatalidade. Em seguida, discutimos a chefia autoritária de Urutu-Branco, fruto, ao mesmo tempo, de uma vontade despótica e ausente, e encerrada em aporias que embaralham as tentativas do narrador de dar sentido à sua existência, calcular perdas e ganhos e cerzir as veredas de sua redenção. Finalmente introduzimos o conceito de trauma e experimentamos sua fertilidade e limites para pensar o caráter ambíguo da violência no Grande sertão: Veredas: às vezes, assimilável e representável, às vezes, de tal modo desnorteante que se apequenam melancolicamente essas possibilidades. É neste ponto também que se concentram comentários sobre violência e forma narrativa.

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SANTOS, Hebert N.A.             Ana Claudia A.M.                Ms.     UFAL  2007

Título: De Angel Rama a João Guimarães Rosa, a transculturação narrativa na literatura brasileira: uma análise do conto "Famigerado".

Sinopse: Esta dissertação analisa, do ponto de vista estético-cultural, o conto Famigerado, presente no conjunto de contos da obra Primeiras Estórias (1968) do escritor brasileiro João Guimarães Rosa. Nosso objetivo na pesquisa é comprovar, na narrativa deste autor, a existência da categoria da transculturação narrativa, o conceito defendido pelo escritor uruguaio Angel Rama (1975), na narrativa latinoamericana. Estudamos alguns procedimentos apontados pelo referido crítico, analisando-os e localizando-as como referentes de análise. Objetivamos também mostrar um avanço do ponto de vista crítico-cultural, fortalecendo e justificando o porquê da obra de Rosa ter sido escolhida. Assim, o conceito de transculturação narrativa permitiu-nos estudar uma categoria elementarmente presente na obra, pois esta expressa as diferentes fases do processo transitivo de uma cultura para outra no tecido textual, com dificuldades e conflitos representados em Guimarães Rosa.

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ROCHA, Gibson M da               Lourival Holanda              Ms.    UFPE   2007

Título: Dante: um percurso pela literatura brasileira

Sinopse:  Qualquer grande obra literária é escrita a partir de um congresso de escritores e poetas que se perfazem no íntimo de quem escreve. Na Literatura Brasileira viemos destacar que a presença de Dante tem cadeira cativa nesses eventos. Além de compor uma das obras de maior vulto da Literatura Ocidental, Dante tem marcado outras expressões literárias posteriores, como a Brasileira. A partir do Estudo das obras de Álvares de Azevedo, Castro Alves, Augusto dos Anjos e Guimarães Rosa intentaremos descortinar o modo como a leitura da Commedia foi importante na formação estética desses autores. Traçando, a partir disso, uma panorâmica da presença do poeta florentino na Literatura Brasileira
    
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MARTINS, Gisele P.              Maria Rosa D. Oliveira        Ms.    PUC/SP  2008

Título: Os provérbios na construção do poético em Tutaméia-Terceiras Estórias

Sinopse: Este trabalho investigativo tem por objeto o questionamento do papel exercido pelas sentenças proverbiais na construção poética de Tutaméia-Terceiras Estórias, última obra publicada em vida por Guimarães Rosa. Na hipótese levantada, os provérbios funcionam como amostra do método de composição autoral, que parte de elementos populares, como os provérbios, para submetê-los ao método da álgebra mágica, que vai extrair da sua forma convencional e generalizante aquilo que os singulariza como células poéticas cada vez que são atualizados em contextos diferentes. Essa estrutura dúplice - fixa e movente - das expressões proverbiais, guarda em seu interior o conselho do narrador das tradições orais, bem como o anonimato que faz delas um terreno de fronteiras movediças entre a oralidade e a escritura; o literário e o não literário. Os provérbios constituem-se, assim, células do conto crítico roseano, isto é, aquele que transcende a tradição do gênero conto para se instaurar enquanto narrativa híbrida entre a ficção e a metaficção; o poético e o científico; o literário e o ensaístico - filosófico. A metodologia de análise privilegiou como corpus os quatro prefácios - Aletria e Hermenêutica, Hipotrélico, Nós, os temulentos e Sobre a escova e a dúvida - como amostra das funções dos provérbios como estruturas que conduzem à reflexão metaficcional sobre o próprio método de trabalho praticado por Rosa em Tutaméia, além de dois contos - Arroiodas- Antas e - Uai, eu? nos quais os provérbios funcionam como experimentação ficcional exercida pelos próprios narradores, numa zona fronteiriça com a personagem e a própria figura autoral. Como conclusão, observou-se que a atualização dos provérbios em Tutaméia restaurou-lhes a poesia latente, obscurecida pela repetição e pelo uso automatizado de tais sentença

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SOUZA, Ivete Vidigoi de         Fernando Segolin             Ms.   PUC/SP  2005

Título: O espelho e a duplicacao do eu
Sinopse: O objetivo deste trabalho foi mostrar a partir da metáfora do espelho caracterísicas pertinentes ao duplo em duas personagens literárias As personagens centrais que permitiram o exame das formas de manifestação do duplo perencem aos contos chamados O espelho um de Machado de Assis, autor do século XIX e outro de Guimarães Rosa, do século XX Para o estudo da questão do duplo apoiamos-nos nas idéias de vários teóricos A análise dos dois contos em relação á duplicidade baseou-se sobretudo nos princípios de polifonia e dialogia de Bakhtin Do ponto de vista da duplicidade na narrativa, a teoria de Piglia ofereceu especialmente elementos para o estudo do conto de machado de Assis enquanto o de Guimarães Rosa foi analisado sob o olhar ensaístico tendo por base a teoria de Adorno a fim de relacionar o caráter prismático do ensaio com a uestão do duplo. Esta pesquisa procurou desenvolver uma proposa de leitura nova para um tema ainda pouco esudado, portanto aberto a outras reflexões e aprofundamentos

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FIALHO, Joel Mauricio        Francisco Ivan da Silva         Ms.    UFRGN   2007

Título: O significado dos símbolos e dos signos de noites do sertão

Sinopse: Os símbolos e os signos de Noites do Sertão, de João Guimarães Rosa, apresenta o estudo de uma edição da obra referida, publicada em 1975, pela Livraria José Olímpio Editora. Agora extinta. Nossa prioridade é mostrar ao leitor a degradação resultante da alteração resultante da omissão de alguns aspectos da edição especificada, que pode ser constatada nas edições posteriores; principalmente, nas mais recentes. O primeiro capítulo desta dissertação privilegia a análise e a explicação de inscritos que são registrados na parte exterior da obra; ou seja, na capa. O segundo capítulo apresenta reflexões sobre o anverso dessa capa ou, melhor dizendo, a página do lado esquerdo: ali estão os enigmas que o autor utiliza com a intenção de indicar ao leitor situações de suas narrativas. Ainda meditaremos sobre a significação das epígrafes deste texto literário; sobre o valor semântico dos nomes das personagens mais importantes e sobre a conexão existente entre Noites do sertão e outros textos literários. No terceiro capítulo, explicitaremos a relação de contigüidade entre Noites do Sertão e algumas idéias do platonismo. O capítulo quatro se ocupa do estudo dos símbolos motivo de nossa pesquisa, sejam eles imagéticos ou gráficos, sobre a perspectiva de uma visão Junguiana (C.G.Jung) e, no capítulo cinco, analisamos as possíveis relações de Noites do Sertão com outros escritos do mesmo autor. Finalmente, apresentamos um vocabulário que consideramos de suma importância para a compreensão do valor semântico das palavras mais complicadas de entendimento, usadas na escrita de João Guimarães Rosa
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CARVALHO, Juliana B.P       Maria José F.Rosado N.         Ms.  PUC/SP 2007

Título: Sincretismo religioso brasileiro: um estudo através das veredas de Grande Sertão

Sinopse: Este trabalho é uma tentativa de compreensão do sincretismo religioso brasileiro via Grande Sertão: Veredas. Ou seja, a dissertação tenta estabelecer um paralelo metafórico entre a pluralidade sincrética e religiosa contida no único romance de João Guimarães Rosa e o sincretismo religioso brasileiro. Esta dissertação é feita na área de Ciências da Religião, mas, por usar como instrumento um romance, objeto pertencente ao campo da literatura, dialoga com esse campo de conhecimento. A ponte entre ficção e realidade é estabelecida como um vínculo vivo e em constante transformação. Tanto os personagens do livro como o povo brasileiro são tratados aqui como seres em processo de descoberta de sua identidade, como gente em fazimento, à luz de Darcy Ribeiro, Gilberto Freyre e outros teóricos. Parte fundamental dessa descoberta é a maneira pela qual os indivíduos tentam se relacionar com objetos considerados de transcendência religiosa. Essa maneira será trabalhada enfatizando o sincretismo. O conceito de mestiçagem e o conceito de religião também serão explorados. As conclusões obtidas neste trabalho, mais do que uma resposta absoluta e fechada para as indagações feitas, são um caminho extenso e aberto a ser percorrido. A investigação sobre o sincretismo religioso, tendo como instrumento Grande Sertão: Veredas, só é possível via metáfora. Além disso, a viabilidade desta dissertação só é possível levando em conta que o povo brasileiro é obrigatoriamente mestiço

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MENDES, Magaly Ferreira    Ivan de Araujo Correa          Ms.   UFCE    2007

Título: Os Nomes-do-Pai no Grande Sertão: Veredas para a feminilidade?

Sinopse: Este trabalho realiza um estudo sobre a especificidade da relação entre pai e filha para interrogar se a função paterna teria alguma influência sobre o advento da feminilidade para uma filha. Desta maneira, seu objetivo principal consiste em identificar, a partir da análise do romance Grande SertÃo: Veredas, de Joãoo Guimarães Rosa, os caminhos que viabilizem um novo dizer no que concerne à relação entre a função paterna e a feminilidade e que esteja alicerçaado nas elaborações de Sigmund Freud e Jacques Lacan. Ao recorrer tanto ao romance de Guimarães Rosa quanto às elaborações psicanalíticas de Freud e Lacan, a presente investigação constata a abertura epistêmica promovida por estes textos em torno das questões sobre o pai bem como sobre a feminilidade e se insere na continuidade das reflexões sobre o tema. Para tanto, apóia-se nas formas inéditas de dizer viabilizadas pela criação literária, nos avanços teóricos promovidos pela obra freudiana e nas ampliações destas mesmas aquisições teóricas proporcionadas pelas elaborações lacanianas. Especificamente no que diz respeito a estas últimas, o trabalho conta com o alargamento das reflexões sobre a função paterna na contribuição teórica de Lacan ao introduzir o conceito de Nome-do-Pai. Daí o título desta investigação - Os Nomes-do-Pai no Grande Sertão: Veredas para a feminilidade a ser interrogativo, portanto, não-conclusivo, uma vez que não poderia pretender a insensatez de um fechamento das questÃes aqui abordadas, tampouco da obra literária. Isto, evidentemente, não impede que algo mais seja dito. Portanto, a hipótese levantada neste trabalho consiste em verificar se, no Grande Sertão: Veredas, a relação mantida entre o personagem Diadorim e seu pai, Joca Ramiro, impediu ou viabilizou o acesso daquele à feminilidade. Ao final, o que se conclui é que esta relação favoreceu um acesso muito peculiar de Diadorim ao infinito em que a feminilidade se constitui. Por conseguinte, as veredas da investigação se mantém em aberto suscitando novas descobertas.

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Autoria                 -                  Orientação        -         Grau - Local - Data

SOUSA, Maria do Rosario        Maria Luiza G. Atik       Ms.   Mackenzie  2008

Título: Olhares viajantes: Pai João, Mãe Cecília

Sinopse: Esta dissertação discute a linguagem poética de cinco cartas selecionadas que os escritores João Guimarães Rosa e Cecília Meireles escreveram para suas filhas nos anos 1940, quando estas eram crianças, ou entravam nos primeiros anos da adolescência. Reflete acerca do sucesso editorial da escrita de si. Apresenta conceitos sobre epistolografia e sua importância para os estudos literários, bem como discussões acerca do estatuto literário da carta. Questiona o peso dessas dez cartas selecionadas para os estudos literários, relacionando-as aos diferentes pontos de vista relatados anteriormente por diversos críticos e teóricos. Analisa a linguagem poética das dez cartas selecionadas relacionando-as à obra dos dois escritores. Conclui identificando lacunas na bibliografia sobre epistolografia, especialmente naquela endereçada ou produzida para crianças.

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Autoria                 -                  Orientação        -         Grau - Local - Data

MACHADO, Luis E. W.                                                    Ms.     PUC/SP 2008

Título: A álgebra mágica de Guimarães Rosa e o gênero fantástico no horizonte de expectativas dos séculos XVIII, XIX e XX
Sinopse: A dissertação desenvolve um estudo sobre a álgebra mágica de Guimarães Rosa, à luz do desenvolvimento da literatura fantástica no horizonte de expectativas dos séculos XVIII, XIX e XX. No século XVIII, as relações se estabelecem com o romance Gótico e o elemento estranho que surge do exterior; no século XIX, com o gênero fantástico e o estranho que irrompe do interior humano; já no século XX, quando o universo humano se torna fantástico e o estranho faz parte do cotidiano, o neofantástico é uma possibilidade interpretativa de um fantástico que se reconcilia com o poético. O objetivo do trabalho é, portanto, por meio do estudo do fantástico em transformação a partir de horizontes de expectativas de épocas distintas, estabelecer um conjunto de elementos que nos permitam refletir sobre a aproximação estabelecida com a álgebra mágica roseana. Para compreender o efeito da literatura fantástica, bem como o da álgebra mágica, recorreu-se ao método hermenêutico de Paul Ricoeur, com ênfase no aspecto da leitura integrativa entre o mundo do texto e o mundo do leitor, em função do duplo horizonte de expectativas que a obra literária contém: o da obra em si, em sua estrutura, e o da leitura, que reescreve a obra. As relações estabelecidas à luz do corpus escolhido para análise O Mistério de Highmore Hall, Tempo e Destino e A Terceira Margem do Rio demonstraram que a álgebra mágica está bem distante dos conceitos da literatura fantástica dos séculos XVIII, XIX e mesmo do início do século XX, embora os primeiros contos de Guimarães Rosa guardem grande proximidade com essas tradições. A singularidade da álgebra mágica se revela, assim, por meio do vínculo estabelecido com a construção do efeito poético, em sintonia estreita com a concepção do neofantástico e a de causalidade mágica de Borges, como mostra a análise de A Terceira Margem do Rio.
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GONZALES, Margareth V.F  .  Dieli  Vesaro Palma          Ms.     PUC/SP 2006

Título: As expressõs idiomáticas: um processo de recriação

Sinopse: Este trabalho tem como tema as expressões idiomáticas. Em razão do baixo número de trabalhos e pesquisas produzidos na área da Fraseologia, no Brasil, conhecimento restrito aos meios acadêmicos, o fato desses grupos fraseológicos não figurarem em dicionários, manuais didáticos e serem relegados a um plano inferior no âmbito dos estudos lingüísticos, procuramos comprovar, neste trabalho, que as expressões idiomáticas são recriadas a cada situação comunicativa, suprindo as necessidades do locutor. Salientamos a criatividade e vigor característicos desse modo de expressão. Apontamos, ainda, que esses idiotismos carregam em seu cerne implícitos culturais que as identificam com seu povo e sua língua. Com base nos trabalhos de Lakoff &Johnson (2002), para pensar metafórico, de Biderman (2001) para a Lexicologia e a teoria das Representações Sociais de Minayo (1995) desenvolvemos a nossa pesquisa que mostra serem as operações cognitivas mentais responsáveis pelo surgimento das expressões idiomáticas na língua e também para a sua recriação. Para análise do corpus, elegemos a obra Grande Sertão:Veredas, de Guimarães Rosa, visto que esse autor faz uso das expressões de um modo sui generis: ele as recria. Por meio de análise comparativa, verificamos que o processo consiste em substituição total ou parcial de termos, acréscimo de sufixos, mudança de classe gramatical dos termos da expressão sedimentada. Com essa análise, verificamos que expressão recriada apresenta um sentido original, intenso e ampliado, conferindo à linguagem de Rosa um frescor e um viço que a perpetua. Desse modo, nos propusemos a apresentar que o não-(re)conhecimento das expressões idiomáticas nos estudos lingüísticos implica desconhecer outros processos cognitivos mentais essenciais ao entendimento da origem da linguagem, seu funcionamento e suas manifestações no léxico.

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CAIXETA, Marylu de O.           Joana Luiza M.A.               Ms.      UFU    2008

Título: O paradoxo e o mito em Tutaméia

Sinopse: Essa dissertação tem por tema as estruturas do paradoxo e do mito na organização geral de Tutaméia. Escolhemos o primeiro prefácio para a discussão de uma economia poética, que o autor pontua nele, e que se relaciona com essa concepção do conjunto de prefácios e contos: simultaneamente paradoxal e mÃtica. Essas duas estruturas, paradoxo e mito, são semelhantes num aspecto que também as aproxima da mimesis: o sentido de indeterminação ou de errância entre a palavra e a verdade. Ao estruturar a indeterminação do sentido, sugerido por supra-senso, a outra leitura à garantida como obstáculo ao controle hermenêutico. Assim, a luta pela verdade é perpetuada para além de uma significaçao ou de um sentido ultimo. A afirmação dessa errância é também, por um paradoxo, a afirmação da inexistência do erro: todos os sentidos são valorizados como perspectivas unívocas num cosmo de diferençaas. O não senso, que em série ou no conjunto de textos nos dá o paradoxo, e o mito são mecanismos arcaicos, anteriores ao bom senso e seu raciocínio instrumental. Esses mecanismos, não senso e mito, produzem as surpresas ou os efeitos de desautomatizaçã do jogo: uma espécie de transcendência materialista. O tema do erro e da verdade é central em toda Tutaméia. Escolhemos, para análise, doze contos em que sobressai a tematizaçao do erro como limite do sentido, de modo que as anedotas são fundo para supra-sensos que sugerem e dão centralidade ao tema do abismo entre a palavra e a verdade.

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GOMES, Miriane Moreira       Vera Lucia C. Silva          Ms.  Mackenzie   2008

Título: Análise do discurso literário: o dialogismo, a polifonia e a antítese na formação de figuras femininas em "Grande sertão: veredas" de Guimarães Rosa

Sinopse: Esta pesquisa tem como principal o estudo da obra Grande Sertão: veredas, representante do Modernismo e Neomodernismo brasileiros, escrita pelo autor mineiro Guimarães Rosa , cujo objetivo é, particularmente, a análise de três figuras femininas que fazem parte deste romance, sob o ponto de vista da Análise do Discurso. Neste trabalho, a Análise do Discurso pretende contribuir para que alguns aspectos sejam observados, o que é de interesse para a Literatura e para a Análise do Discurso. A obra apresenta vinte mulheres e grande é a importância das figuras femininas para Rosa, porém, três delas constituem o fulcro do andamento do enredo de todo o romance, por esta razão, Diadorim, Otacília e Nhorinhá são as personagens escolhidas para análise dos elementos discursivos que as personificam. A proposta teórica é a de demonstrar as origens e tendências da Análise do Discurso( AD) e, para isso, alguns autores como Maingueneau, Orlandi e Foucault são citados para serem representantes de propostas atuais de análises que colocam a AD como ciência interdisciplinar. O Dialogismo e a Polifonia, segundo Bakhtin, são conceitos apresentados e analisados nas partes selecionadas para a composição do Corpus. Este procedimento completa a maior questão desta pesquisa que é a de demonstrar como a Antítese, o Dialogismo e a Polifonia são recursos de grande destaque para a formação discursiva das figuras femininas estudada.

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BENEDETTI, Nildo M.           Luiz Dagobert A. R.               Dr.    USP      2008

Título: Sagarana: o Brasil de Guimarães Rosa

Sinopse: O objetivo deste trabalho é o de demonstrar que o conjunto dos nove contos de Sagarana apresenta uma unidade de conteúdo. Desenvolvendo as idéias gerais de Luiz Dagobert de Aguirra Roncari expostas em um curso de pós-graduação ministrado na Universidade de São Paulo (USP) no segundo semestre de 2005, foi possível concluir que uma representação do Brasil da Primeira República constitui o significado central da obra. Esta visão possibilita posicionar Guimarães Rosa entre os intelectuais que se ocuparam de um tema candente na primeira metade do século XX, o de analisar o Brasil com a finalidade de corrigi-lo. Adicionalmente, o trabalho pretende mostrar que a determinação desse significado central é indispensável para a compreensão de Sagarana na sua totalidade.

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PASSARELLI, Paula                Cleusa Rios P.P.             Ms.     USP        2008

Título: As personagens e suas estórias: uma leitura de três narrativas de "Corpo de Baile" , de Guimarães Rosa

Sinopse: A relação entre criador e receptor se faz presente de forma peculiar em grande parte das obras de João Guimarães Rosa, inserida também intratextualmente em suas estórias. Para destacar tal relação, serão analisadas três novelas de Corpo de Baile: \"Campo Geral\", \"Cara-de-Bronze\" e \"Dão-lalalão\". Embora haja contadores ao longo de todo o ciclo novelístico, o corpus escolhido apresenta mais acentuadamente protagonistas que narram para os outros e, de certa forma, para si mesmos. Miguilim narra principalmente estórias infantis; Grivo reconta a trajetória pessoal de Cara-de-Bronze, modificando a versão inventada e vivida pelo fazendeiro, e, por fim, Soropita repassa questões pessoais por meio de devaneios. As estórias internas provocam um efeito sobre seus ouvintes, agindo ora como aprendizado, ora como impulso para buscas ou para ações distintas. A partir daí, este trabalho tem por objetivo tanto delimitar os criadores e receptores dessas estórias, refletindo acerca de seus papéis, quanto evidenciar as funções e conseqüências de tais narrativas para suas personagens, mostrando que os contadores internos auxiliam, com experiências ficcionais, não só a própria \"vivência\", mas também a de seus ouvintes

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GUILBAUD, Paulo F.T.F.         Eliana Lucia M.Y.G             Ms.     PUC/RJ  2003

Título: O épico em Grande Sertão: Veredas.

Sinopse: Na discussão de gêneros na obra de João Guimarães Rosa, onde entra o épico? O objetivo do trabalho é desvendar o que pode ser chamado de épico, já que é comum a crítica assim se referir a este romance de Rosa. É também analisara presença, ou não, de outros gêneros literários consagrados na obra. Diferenças básicas e semelhanças entre este romance e a Ilíada e a Odisséia. Que tipo de herói é Riobaldo? O trabalho procura do mesmo modo, cercar este herói complexo, capaz até de atos bastante questionáveis, no cenário das tipificações tradicionais dos heróis.

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NOGUEIRA, Roberto Círio                                                           UFJF   2007

Título: JAGUNÇOS, PIVETES E OUTROS INOCENTES Violência e identidade em Guimarães Rosa e Rubem Fonseca

Sinopse: Estudo da brasilidade, em suas diferentes representações, através das relações de descontinuidade e permanência observadas em narrativas da autoria de Guimarães Rosa e Rubem Fonseca, que mimetizam determinadas formas de manifestação de violência, tendo como fundamentos identidade, literatura e estudos culturais. A partir da definição de violência, que varia de acordo com os paradigmas culturais de cada sociedade, delineou-se um histórico das construções discursivas que legitimam ou condenam suas manifestações, desde a República Velha até o regime militar, período no qual se contextualizam as obras dos autores citados. Reflexões embasadas numa metodologia interdisciplinar, sobre a moral da honra e da vingança, a luta por transformações sócio-político-econômicas e estratégias de sobrevivência num meio adverso, visam demonstrar a mudança que afetou a identidade cultural brasileira, submetida a um intensivo processo de industrialização e urbanização na extensão temporal referida. Articulando postulados teóricos das ciências humanas e estudos relevantes da fortuna crítica desses escritores, efetuou-se uma abordagem comparativa de determinadas estórias que, além de reiterar os antagonismos evidentes, revela também a existência de pontes entre as margens representadas por estes dois leitores do Brasil.

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Autoria                   -                Orientação        -         Grau - Local - Data

FREITAS, Sávio R. F. de             Luzilá G. Licari                Ms.     UFPE  2006

Título: Representações do Brasil na poesia rosiana

Sinopse: O presente trabalho tem por objetivo estudar as representações do Brasil presentes nos poemas do escritor mineiro João Guimarães Rosa. O discurso do autor de Grande sertão: veredas refaz uma imagem do Brasil através de temas que evidenciam animais, natureza, vida no campo, manifestações culturais indígenas e negras, mitos e crendices populares, temáticas que mostram uma tentativa da representação do Brasil pelo viés literário. O lirismo romântico percorre os textos por meio de um processo de conciliação que Rosa mantém com eixos temáticos exaltativos à sua terra, conforme colocação de Bosi (1983; p.37). A postura do escritor mineiro também se dá pela condição de recusa a uma ideologia de catástrofe que se instaura por conta do subdesenvolvimento da nação brasileira, segundo afirmação de Antonio Candido (1986; p.142). Também tomamos por subsídio o que Roberto Schwarz (1987; p.128) chama de mística terceiro-mundista, fator que evidencia o nacionalismo vinculado à temática da tradição popular nos poemas modernos do diplomata mineiro. O referido autor considera que a mística terceiromundista permite o surgimento de uma literatura que se volta à temática rural, de crendice popular, de preservação dos mitos e lendas folclóricas, dados que observamos nos poemas de Guimarães Rosa. A fauna e a flora brasileiras, as lendas folclóricas do caboclo dágua e da Iara, e a crença religiosa de tradição popular e africana revelam o Brasil cantado pelo poeta mineiro.

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Autoria                -                   Orientação        -         Grau - Local - Data

MANGABEIRA, Silvana C.         Humberto H. de Araujo    Ms.    UFRGN 2007

Título: Um olhar sobre as veredas rosianas.

Sinopse: O presente trabalho objetiva estudar as configurações que o sertão adquire na obra Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa demonstrando como este autor humaniza este elemento conferindo-lhe caracteres místicos e universais através das indagações , incertezas, as autocorreções de Riobaldo que tornam o sertão uma metáfora do interior humano. Três são os capítulos que nortearão este trabalho: O capítulo 1 apresenta como elemento chave para caracterização do épico no Grande sertão: veredas, o sertão mineiro repleto de veredas, palco de exuberante vegetação, cenário grandioso e multidimensional, onde há um entrecruzamento de ficção e realidade. Retoma a discussão de críticos como Manuel Cavalcanti Proença, Roberto Schwarz, sobre o caráter épico existente em Grande sertão: veredas, construído a partir de mitos oriundos da cultura que popularizaram-se. O cavaleiro valente e cortês que tem a sua representabilidade na cultura popular. Assim o herói medieval, o cavaleiro representado pelo personagem Riobaldo é cognominado por Proença como Don Riobaldo de Urucuia, cavaleiro dos Campos Gerais. O capítulo 2 é um estudo sobre elementos da cultura popular em Rosa e Cascudo. Cascudo a exemplo de Rosa também é exímio estudioso da vida brasileira, da regionalização e das manifestações populares provenientes de outras culturas. O capítulo 3 tem como foco de análise, duas personagens mitopoéticas: Diadorim e Luzia-Homem, personagens que nas narrativas citadas assumem funções geralmente atribuídas a homens. Desde crianças, se vestem como machos. Vale salientar que Diadorim é muito mais caracterizado como homem, visto que no Grande sertão: veredas se traja sempre como jagunço. Luzia, quando completa 18 anos passa a se vestir como mulher, mas o estigma de macho e fêmea, herdado do tempo que conviveu e trabalhou com o pai a acompanha por toda a vida. Sofrem a dor de terem nascido para lutar e não conhecer o amor. Morrem heroicamente em combate, sendo entregues a Deus. Esse estudo detecta que Diadorim e Luzia-Homem são personagens associados a mitos da cultura universal e popular (Esfinge, Vênus, Mãe dágua), que possuem algumas semelhanças em seus protótipos, que transitam entre os sexos masculino e feminino, sem qualquer conotação homossexual, possuem seu próprio código de honra, deste não abdicando mesmo diante da morte. Paralelamente, neste capítulo serão estudadas duas obras cascudianas, que contemplam a temática da mulher vestida de homem e do ser mulher sem disfarce: o conto de encantamento Maria Gomes e o romance Flor de romances trágicos. O primeiro será revisitado a fim de exemplificar a questão do disfarce feminino sob uma indumentária masculina, tema presente no Grande sertão: veredas, através do personagem Diadorim. O segundo discorrerá sobre casos de mulheres valentes, citadas por Cascudo, imortalizadas pela tradição, que fizeram história e já não se disfarçam de homens para realizar atos de bravura e honradez.

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Autoria                 -            Orientação           Grau  -  Local   -    Data                                            
Flavio Wolf de Aguiar     Dr.      USP        2007

Título: Nas fronteiras da memória: Guimarães Rosa e Mia Couto, olhares que se cruzam

Sinopse: Este trabalho tece uma comparação entre as obras de João Guimarães Rosa e Mia Couto, contemplando as semelhanças e diferenças entre seus projetos estéticos, tendo como fio condutor a tradição oral. Segundo Walter Benjamin, todos os grandes escritores hauriram da tradição oral e, Ángel Rama parece corroborar com isso, quando diz que os escritores da modernidade recorrem a essa vertente para tecerem as suas narrativas. Rosa e Mia se voltam para o passado e seus olhares se cruzam ao recriarem as lendas, mitos, ritos, provérbios e chistes na elaboração de seus textos. É certo que, a tradição oral em suas narrativas não representa os costumes de seus povos na íntegra, uma vez que, na obra de Guimarães Rosa é retratada como algo evanescente e, mesmo na de Mia Couto, que faz parte do cotidiano, ela já aparece fragmentada. Porém, a preocupação maior é com o processo de recriação, pois este acaba nos remetendo à história de seus países, uma vez que as perspectivas dos autores parecem convergir no mesmo ponto: a \"modernização\" implantada de maneira brusca naquelas sociedades, relegando a uma \"terceira margem\", grande parte de suas populações. Brasil e Moçambique são países que têm em comum a língua portuguesa, herdada do colonizador que foi o mesmo. No entanto, são portadores de culturas distintas, pois, apesar da semelhança entre os elementos que as compõem, os valores são diferentes. As narrativas de João Guimarães Rosa e de Mia Couto não representam a História, mas contam história. Dessa forma, narração, memória e História se entrecruzam de tal maneira, que as fronteiras entre ficção e realidade se tornam muito tênue.

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Autoria                -                   Orientação        -         Grau - Local - Data

AMARAL, Simone R.         Elizabeth A. Lima Hazin          Dr.   UNICAMP 2008

Título: O recado do brejo: por uma poética das sombras

Sinopse: Este texto discute o sentido da criação com as sobras, especialmente no mundo contemporâneo, caracterizado, entre outros aspectos, pela exacerbação do consumo e pelo esgotamento dos recursos naturais. Parte da observação do trabalho dos artistas Marcos Chaves, Arthur Bispo do Rosario, S. Gabriel Joaquim dos Santos e Frans Krajcberg e propõe uma aproximação entre eles em função de uma característica comum: o aproveitamento, em suas criações, do que é considerado lixo, sucata ou resto. O conto Partida do audaz navegante, de João Guimarães Rosa, é analisado ao lado da obra desses artistas e interpretado como uma alegoria do processo criativo que se realiza pelo aproveitamento das sobras. A poesia de Manoel de Barros perpassa todo o texto, contribuindo para a reflexão acerca das sobras na criação, uma vez que o poeta enfatiza a sua opção pelos seres, palavras e coisas desimportantes.

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Autoria                -                  Orientação        -         Grau - Local - Data

TAIT, Thais Calvi                   Maria Rosa D.O.               Ms.     PUC/SP   2007

Título: O jogo entre interpretação e performance em "Meu tio o Iauaretê", de Guimarães Rosa

Sinopse: Esta pesquisa tem o objetivo de investigar a leitura como tarefa interpretativa e ato performático, à luz das teorias de leitura e leitor de Iser e dos estudos de Zumthor sobre leitor, corpo e voz. A reflexão sobre a categoria narrativa leitor terá por corpus de análise o conto Meu tio o Iauaretê, de Guimarães Rosa. Narrativa que leva a palavra ao limite da não-palavra, por meio de grunhidos, onomatopéias e outros conjuntos sonoros, que são presenças vocais embora não lingüísticas. Tal desarticulação cria uma linguagem-onça, fazendo da narrativa um espaço de metamorfose seja do narrador e do interlocutor, no plano da história, seja do autor e do leitor implícito, no plano do discurso. Abrem-se para o leitor empírico, então, três possibilidades de papéis na sua interação com o texto: a do interlocutor ou ficção do leitor, inscrito na própria história; a do leitor implícito na sua ação de preenchimento dos vazios do texto e a do leitor-performer em ato de imersão multisensorial no corpo a corpo com essa escritura vocalizada.

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Autoria                 -                Orientação          -         Grau - Local - Data

SILVA, Viviane Elizabete      Kathrin H.L. Rosenfield         Ms.   UFRGS  2002

Título: Vertentes do viver: a estrutura trágica de "Grande sertão: veredas"

Sinopse: Este trabalho é uma tentativa de análise da estrutura de Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, a partir do conceito de tragédia apresentado por Aristóteles em sua Poética. Nesse livro, Aristóteles diz que, na tragédia, a estrutura interna do texto - a "composição dos fatos", o mythos - aponta para a "peripécia", o desenlace, na qual acontece o "reconhecimento trágico": a passagem do ignorar ao saber, a partir dos sentimentos trágicos, "terror e piedade", gerados pela trama dos acontecimentos, das imagens poéticas. Em Grande sertão: veredas, a elaboração do tema da "matéria vertente", ligada à tentativa de "armar o ponto dum fato", dá à estrutura do livro uma caracterização trágica no sentido aristotélico. Riobaldo narrador conta a um interlocutor, o senhor, suas experiências de jagunçopersonagem, encontrando dificuldades de narrar ao esbarrar nos aspectos ambíguos, vertentes das coisas de que fala. A ambigüidade presente em todo o livro é a trama dos fatos de Grande sertão: veredas que representa a figura ambígua de Diadorim e que anuncia a reviravolta final, a morte dele e a descoberta de seu segredo: com o desenlace é que há o reconhecimento que a ambigüidade não é só tema, mas estrutura da obra, ou seja, Riobaldo tem sua maneira de narrar mergulhada em uma visão de mundo marcada pela experiência de dor e de prazer com Reinaldo-Diadorim. Assim, a ambigüidade, em Grande sertão: veredas, analisada sob o ponto de vista de estruturação trágica, é forma de construção que vincula estrutura e sentido interno do texto.

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Autoria                -             Orientação        -            Grau – Local  - Data

PEREIRA, Daniel A.A.        Adelaide C. César              Ms.       UEL      2005

Título: Fragmentos de um discurso absurdo: o diálogo entre Esperando Godot, de Samuel Beckett, e Sarapalha, de João Guimarães Rosa

Sinopse: A presente dissertação tem por objetivo promover um estudo comparado entre dois textos distintos. O ponto de partida deste trabalho é o conto "Sarapalha", presente no livro Sagarana (1946), de João Guimarães Rosa. Trata-se da estória de dois primos maleitosos, Ribeiro e Argemiro, que aguardam diariamente a chegada da febre. Toda a ação se desenvolve em torno de uma situação estática determinada: dois homens, sentados lado a lado, em silêncio (ou trocando palavras vazias), impregnados pela solidão e escravizados por uma rotina angustiante - situação que se desestabiliza no instante em que a dor de uma ausência é revelada. Esse retrato particular desenvolvido por Rosa aponta para uma semelhança notável com Esperando Godot (1952), texto dramático do irlandês Samuel Beckett. Obra de peso na dramaturgia do século XX, Esperando Godot trata da estória de dois mendigos, Vladimir e Estragon, que se encontram diariamente para esperar pelo sempre ausente Godot. Observa-se que a mesma dor insuperável daquelas personagens de Rosa permeia esse texto beckettiano, razão pela qual proponho a sua inserção no presente estudo. Mais do que uma situação semelhante, o parentesco detectado parece revelar uma consciência comum que justifica e move esses discursos. Resgatando experiências filosóficas distintas - como o trágico e o absurdo - este estudo procura verificar convergências e divergências entre os referidos textos. E, no decorrer da pesquisa, essa leitura cruzada deverá encontrar um mesmo sentimento, que abraça e atende a esses discursos. Enfim, a leitura que aqui se efetiva busca realimentar as considerações teóricas sobre ambos os textos, além de inseri-los dentro de uma mesma perspectiva.

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Autoria               -                   Orientação     -          Grau – Local  - Data

THIENGO, Mariana                                                       Ms.     UFES    2005

Título: Um mango vale mil contos: “São Marcos”, de Guimarães Rosa – a narrativa na  fronteira das culturas

Sinopse: São Marcos, sexta narrativa de Sagarana, constitui um lócus privilegiado de encenação e problematização das trocas culturais – mais especificamente entre cultura erudita e a cultura popular. Publicada em 1946, Sagarana, a contar da perspectiva de “São Marcos” – que funciona com uma espécie de prefácio da obra -, incorpora em sua escritura, tensionando-as, as questões de ordem cultural que marcam o período, mais propriamente uma releitura da proposta antropofágica do primeiro modernismo. Numa época em que vigora a perspectiva do culturalismo, que viria a ser questionada, “São Marcos” encena o aspecto não-resolvido, conflituoso, das trocas culturais, num contexto em que as formulações teóricas da antropologia, da etnologia e da própria história do país pendiam para a mestiçagem, para a aculturação. Entre as muitas entradas interpretativas que o conto oferece – expostas/exploradas na revisõa de sua fortuna crítica – privilegia-se a investigação de possíveis relações entre os aspectos formais do conto (descritos na primeira parte do estudo) e questões de ordem cultural e antropológicas, articuladas a uma problematização da modernidade literária enquanto espaço de erosão do arcaico, no sentido benjaminiano da formulação. Em “São Marcos”, a dualidade arcaico/moderno vem a par de um arranjo formal que encena – simula – o espaço oral de circulação de estórias, ao mesmo tempo em que revela seu caráter de simulação, pois essa encenação encontra-se vinculada a um contexto de transmissão e circulação vinculada à escrita. Em “São Marcos”, isso se encontra formalmente inscrito no texto, relacionando-se a diversos outros aspectos duais, ambíguos, imbricados ao narrador e à estória que este viveu, em que assoma a figura do negro feiticeiro João Mangolô, cuja presença no texto instaura o cerne dos conflitos acima refe.ridos, acusando, no narrador, o olhar míope do branco escravocrata colonizador, que reduz a alteridade à extensão da própria miopia – representada metaforicamente no texto pelo episódio da cegueira.Palavras-chave: narrativa, modernidade literária, cultura popular

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Autoria               -                   Orientação     -          Grau – Local  - Data  

LIMA, Sandra Mara M.                                                   Ms.      UFES   2005

Título: Conforme compadre meu Quelemém é quem diz: uma voz espírita em Grande Sertão: veredas

Sinopse:

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Autoria                    -              Orientação     -          Grau – Local  - Data

FARIA, Maria Celeste L.B.                                            Ms.       UFES    2004

Título: Cicuito pulsional em Grande sertão; veredas

Sinopse: A proposta é acompanhar em Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, o circuito pulsional na relação erótica entre Riobaldo e Diadorim, estabelecendo conexões com a construção do conceito de pulsão (Trieb) em Freud e Lacan. Freud constrói o conceito de pulsão, indo da sexualidade infantil até o segundo dualismo pulsional (pulsão de vida / pulsão de morte). Das formulações iniciais sobre o conceito de pulsão, passa pela construção da teoria da libido e pelo primeiro dualismo pulsional (pulsões do ego ou de autoconservação / pulsões sexuais).Lacan elabora, a partir de Freud, novas possibilidades para a teoria das pulsões, articulando-a ao olhar enquanto objeto a, lugar de falta e causa de desejo. Em Grande sertão o circuito pulsional, expresso pelo olhar de Riobaldo, faz emergir uma diversidade de elementos significantes, tais como linguagem, vida, morte, sexualidade, escolha de objeto, libido, erotismo, olhar, amor. Tais elementos fecundam a estória contada pelo narrador Riobaldo que, já na velhice, resgata, de sua história, experiências eróticas vividas intensamente, pelo viés do olhar, no relacionamento estabelecido com o jagunço Diadorim.

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Autoria                 -                   Orientação     -          Grau – Local - Data

MORAIS, Rosane                                                        Ms.    UFES    2004

Título: A lei do pai: leitura de Grande sertão: veredas apartir da função paterna em psicanálise.

Sinopse: Estabeleço relações entre literatura e psicanálise a partir de Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, no que diz respeito ao tema função paterna. Dirijo-me à obra de Rosa na tentativa de encontro de uma resposta para uma pergunta que inquietava Freud desde o início da psicanálise: o que é um pai? A teoria freudiana do pai e a posterior concepção lacaniana da metáfora paterna e do Nome-do-pai possibilitam uma ampliação deste conceito em psicanálise, para além do pai biológico. Dentro dessa perspectiva, é possível extrair da obra em questão uma trilogia de pais caracterizados por personagens do romance rosiano. Embora se tratando de campos diferentes, com referenciais teóricos próprios, literatura e psicanálise mantÊm entre si uma possibilidade dialógica abordada desde Freud até autores atuais. Tento extrair um “saber” do texto literário por considerar a hipótese freudiana de que o escritor/poeta é um aliado do psicanalista e, conseqüentemente, a literatura, um campo privilegiado de pesquisa.

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Autoria              -                    Orientação     -          Grau – Local  - Data

ALBERT, Andréia Dutra                              Ms.    UFES     2003                      

Título: Dons, dádivas e trocas em Grande sertão: veredas

Sinopse: O estudo dos dons, das dádivas e das trocas em Grande Sertão: Veredas constitui-se a partir da união de duas áreas do saber: a Antropologia e a Literatura. Como seu próprio título indica, reflete a busca de aproximação entre esses dois campos de investigação humana. Seu objetivo é analisar o papel e a função dos objetos doados e trocados na narrativa de Riobaldo. São identificados como elementos de trocas não apenas bens materiais, mas também a fala, os gestos, e todo tipo de dádiva que possa ser intercambiada. A partir de diferentes tipos de barganhas, estudam-se as possíveis relações simbólicas que subjazem entre os personagens do romance. De tais exemplos, estabelece-se uma tipologia das coisas doadas e trocadas em Grande Sertão: veredas.

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Autoria               -                   Orientação     -          Grau – Local  - Data

SANTOS, Beny Ribeiro                                                 Ms.      UFES    2003

Título: O canto da narrativa: fronteiras entre Mancha e Sertão

Sinopse: Investigo certas configurações do fluxo narrativo na composição de Don Quijote de la Mancha, de Miguel de Cervantes Saavedra, e de Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, delimitando, como referenciais desse percurso, relacionamentos fundamentais desencadeados pelo tenso diálogo entre o real, o simulacro e o imaginário. Reconheço as implicações do simulacro narrativo a partir das perspectivas de estruturação do relato apresentadas nos dois romances. Adoto, como fio condutor desse estudo de literatura comparada, a noção de fronteira, que serve de metáfora para o espaço em que se processam trocas entre elementos de escritas de natureza diferente. A ficção se fundamenta em um espaço dessa natureza na medida em que não se entrega totalmente às designações imediatas da realidade, nem às liberações complicadoras da palavra ficcional. È nesse espaço de fronteira que discuto memória e esquecimento, narrativas em abismo e autoreferência, narrativofilia e disfarce, identidade e diferença, reversão e transgressão, modelo e cópia, privilegiando sempre os horizontes expansivos que o simulacro narrativo torna possíveis ao leitor no contato com a literatura

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Autoria                 -                 Orientação     -          Grau – Local  - Data

MOYSÉS, Darcilia                                                           Ms.     UFES   2001

Título: Diadorim e Ahmed ou a vida travestida

Sinopse: Análise das personagens femininas travestidas de homens Diadorim, de Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, e Ahmed, de L’enfant de sable, de Bem Jelloun, sob a ótica dos conceitos junguianos de anima e animus, como base do processo de individuação, configurando, na imagem do labirinto, o caminhar destas personagens rumo ao alto conhecimento

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Autoria                  -                Orientação     -          Grau – Local  - Data

RINEIRO, Maria Célia C.                                                 Ms.    UFES    2001

Título: Pulsões de vida e morte em Tutaméia

Sinopse: Estudo de Tutaméia a partir das noções de pulsão e de morte, observadas a partir do discurso.

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Autoria               -                 Orientação     -            Grau – Local -  Data

PAIVA, Jair Miranda de                                                 Ms.     UFES    2000

Título: Os tempos impossíveis: Peigo e palavra no sertão

Sinopse: A partir da afirmação de que em Grande sertão: veredas os tempos são plurais, constituindo processos de temporalização que apontam questões para o pensamento, discutimos a questão dos níveis temporais no romance mencionado de Guimarães Rosa. Tal processo de temporalização será abordado tendo como foco o olhar de Riobaldo, a partir do qual os outros tempos e personagens são trazidos à narração. A aproximação de tempo narrado e tempo vivido faz ressaltar o tempo "Kairos" como expressão privilegiada de Riobaldo.

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Autoria               -                  Orientação       -          Grau – Local -  Data

NUNES, Tiago Ribeiro   Marilucia M. Ramos                    Ms      UFG     2006

Título: Repetição e silêncio no Grande Sertão: veredas

Sinopse:

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Autoria               -                  Orientação       -          Grau – Local -  Data

GAMA, Mônica                   Claudia Amigo Pino               Ms.      USP      2008

Título: Sobre o que não deveu caber - repetição e diferença na produção e recepção de Tutaméia

Sinopse: Tutaméia – Terceiras Estórias é a obra de Guimarães Rosa que mais dá mostras da preocupação do escritor com a materialidade do livro e com os processos de apreensão da leitura. O recurso mais explorado para isso foi o uso excessivo do paratexto, que inscreve um espaço intermediário entre o livro e o leitor, sugerindo a ele que reflita sobre o tempo da produção literária. Seguindo essas pistas sobre a prática da escrita, propomos neste estudo a reflexão sobre os procedimentos de composição do manuscrito literário e seu espelhamento em problemas narrativos propostos ao leitor nos textos “Desenredo” e “Sobre a escova e a dúvida”. 

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Autoria             -              Orientação        -        Grau  -    Local     -    Data ABREU, Alexandre V. de                                                      PUC/MG      2006

Título:  Do Sertão ao Ílion: uma comparação entre Grande Sertão Veredas e Ilíada
Sinopse:

 

 

 

 

    

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