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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Dyonélio Machado

 

Dyonélio Tubino Machado

Nasceu em Quarai, RS, em 21/08/1895. Político, médico escritor, jornalista e poeta, foi um dos expoentes da segunda geração do Modernismo no Brasil. Aos 12 anos já trabalhava no semanário O Quaraí, onde teve seus primeiros contatos com a imprensa. Em 1911 fundou fundou um jornal com o titulo O Martelo, anunciando suas inclinações pelo comunismo. Em 1929 formou-se médico e ingressou na psicanálise, constituindo-se num dos responsáveis pela sua divulgação no Rio Grande do Sul. Em 1934 traduziu a obra Elementos de psicanálse, de Eduardo Weiss, livro fundamental na área. O interesse pela literatura surge por esta época, tendo seu primeiro livro de contos – Um pobre homem – publicado em 1927. Sua obra não é vasta, porém é bastante significativa: Os ratos (1935), tido como sua obra-prima e O louco do Catí (1942) são romances enigmáticos estudados até hoje e considerados como clássicos da literatura brasileira. Sua obra foi apenas reconhecida tardiamente, tendo recebido destaque nos meios acadêmicos apenas a partir da década de 1990. O psicológico está bastante enraigado em sua obra, como deixam transparecer O louco do Cati e Os ratos. Foi ainda um dos fundadores da Associação Rio-grandense de Imprensa (ARI) e, mais tarde, colaborador dos jornais Correio do Povo e Diário de Notícias, da capital gaúcha. Em 1946, com Décio Freitas, fundou o jornal Tribuna Gaúcha, porta-voz do Partido Comunista Brasileiro. A militância política tornou-se uma extensão de suas atividades como médico e escritor. Membro dedicado do PCB, em 1935 foi acusado de atentar contra a ordem política e social ao trabalhar para a realização de uma greve de gráficos. Solto mediante sursis, voltou a ser preso no mesmo ano, por ocasião da Intentona Comunista. Suas posições ideológicas  custaram-lhe dois anos de sua vida, passados em prisões políticas. Mas suas convicções de homem de esquerda não ficaram abaladas com estes fatos. Tanto é que, em 1947, com o PCB na legalidade, ele se elegeu deputado estadual pelo partido e se tornou líder da sua bancada na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Outros livros:  Desolação (1942), Passos perdidos (1946), Deuses esconômicos (1966), Endiabrados (1980), Sol subterrâneo (1980),  Fada (1981) e O estadista (1982). Faleceu em 19/06/1985

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