"Vejo a transposição da literatura para o cinema com muita naturalidade. Se há algum mérito nisso, ele se restringe à circunstância de eu manter-me fiel a uma idéia: toda a narrativa deve possuir episódios, coisas acontecendo. Isso é cinema. Todo o romance deve despertar no leitor aquela pergunta sôfrega: "E agora? O que vai acontecer?". E é isso que se espera de um filme. Não me considero um purista quanto à fidelidade do filme ao livro. São duas modalidades diversas de narrativa. Se o romance pode ter maior liberdade em explorar as personagens e suas tramas, abrindo espaços para a reflexão, já o cinema deve ficar no "osso da história", pois é preciso compactar em hora e meia todo um universo narrativo. Sempre dei ilimitado poder aos adaptadores ou diretores dos filmes baseados em meus livros. Tal como no romance, importa é que seja um bom filme".
Fonte: http://www.laab.com.br/bio.html (22/09/2010)