“É muito difícil, para mim, ser justo com Yeats, porque ele foi uma influência ruim para mim. Abriu-se para uma retórica que era, a meu ver, simplificada demais. É desnecessário dizer que a culpa foi minha, não dele. Yeats era, é claro, um grande poeta. Mas ele e Rilke tiveram um efeito nocivo para mim, portanto é difícil julgá-los com justiça... Na verdade Eliot pode ter muito pouca influência estilística direta sobre outros poesta. O que quero dizer é que muito raramente alguém pode se deparar com um poema e falar: ‘Ah, ele andou lendo Eliot’. Isso é possível com Yeats ou Rilke, mas não com Eliot. Ele é um poeta muito idiossincrásico e inimitável. Seria muito mais fácil utilizar meu trabalho como modelo estilístico. E não digo isso sobre Eliot com qualquer sentido pejorativo, absolutamente”.
Fonte: Os escritores 2: as famosas entrevistas da Paris Review. São Paulo: Cia. das Letras, 1989.
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