Volta para a capa
Política

Ferreira Gullar

"Sou um homem do meu tempo, um tempo marcado pelo combate ideológico que dividiu o mundo em dois. Não podia ignorá-lo. Nasci de uma familia pobre, conheci dificuldades e privações. Não podria fingir que nada diso aconteceu, além do mais vivendo num país de tanta desiguladade. Em certo momento, quando minha própria poesia pareciia chegar a um impasse definitivo e as questões sociais assumiam o primeiro plano da vida brasileira, descri da poesia como tal, desprezei-a e a reduzi a mero instrumento de conscientização política. Mas essa foi a forma de recuperá-la e renová-la. Foi a época do CPC, que durou pouco tempo”.

Fonte: Jornal do Brasil, 28/08/1994 

"Se você quer fazer literatura para ilustrar teses ideológicas, isso não vai ser literatura. Agora, é diferente se você adota uma visão de mundo que seja política, revolucionária, que a partir daí passe a olhar o mundo dentro dessa perspectiva, não como uma série de palavras de ordem que você tenha dentro da cabeça. Desde que você tenha a capacidade de não se diexar prender por sua visão política imediata.

Fonte: LUCENA, Suênio Campos de. 21 escritores brasileiros: uma viagem entre mitos e motes. São Paulo: Escrituras, 2001.

"Creio que hoje a imagem do Gullar como poeta político está bastante atenuada. O que me alegra, pois agora os críticos conseguem ver melhor os outros aspectos de minha poesia. Na verdade, só fiz poesia preponderantemente política entre os anos de 1962 e 64 ou 65. Não obstante, alguns críticos gastavam mais tempo estudando esse curto período do que todo o resto. Issp sempre me desagradou".

Fonte: MARETTI, Eduardo. Escritores: entrevistas da Revista Submarino. São Paulo: Limiar, 2000.

Prossiga na entrevista:

Por que escreve?

Como escreve?

Onde escreve?

O que é inspiração?

Influência literária

Jornalismo

Psicanálise
Música

Religião

Conselho literário

Crítica Literária

Academia

Relações Literárias

Biografia