Sou rigorosamente agnóstico. Uma pessoa que não pode afirmar a inexistência de Deus, da mesma maneira que não pode afirmar a existência. Não tenho, na minha capacidade intelectual, condições para afirmar que Deus existe. E, a não ser os teólogos, duvido que alguém mais tenha capacidade para isso. Mas eu passo muito bem sem Deus. Não me dá remorso, e foi uma conquista da minha vida, à qual agradeço em parte aos meus queridos jesuítas. Porque eles é que começaram a fazer desabar em mim a idéia de Deus como Todo-Poderoso que regula a vida e a morte das pessoas. Mas respeito profundamente qualquer forma de religião”.
Fonte: O Estado de São Paulo, 19/10/1986 – Luiz Fernando Emediato
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