“Escrevo desde moço e o fiz enquanto estudava física: poemas e relatos, que felizmente nunca publiquei. Mas o momento crucial, quando decidi abandonar a ciência, foi durante minha estada no Laboratório Curie, de Paris, em 1938. Eu estava lá quando se produziu a fissão e senti que era um acontecimento-chave na história da humanidade, o ponto em que este mundo dominado pela tecnologia e pela tecnolatria começava a resvalar para o abismo. Eu vinha freqüentando o grupo surrealista de Breton, como uma boa dona-de-casa que de noite se entrega à prostituição. Então, o velho antagonismo que em meu espírito se debatia entre a ‘luz’ e as ‘trevas’ teve sua crise definitiva”.
Fonte: Escrita. São Paulo, ano II, n. 15, 1976.
"Eu escrevo, porque senão estaria morto, para procurar o sentimento da existência".
Fonte: http://www.citador.pt/citacoes. (01/05/2011)
|