Volta para a capa
Relações Literárias
JULIO CORTÁZAR

por Adolfo Bioy Casares

“É interessante. Cortázar e eu nos vimos muito poucas vezes na vida, mas sentimos sempre uma grande amizade. Ele foi muito generoso comigo, muito generoso. Elogiou-me muitas vezes e chegou a citar-me num conto seu. Eu teria gostado muito de agradecê-lo, mas ele morreu antes que eu pudesse fazê-lo".

Fonte: Folha de São Paulo, 30/07/1999 – José Geraldo Couto

por Alan Pauls

“Cortázar tem, me parece, um interesse muito menor (do que Borges). É um escritor bastante datado e ‘juvenil’. Por isso, se torna mais fácil escrever a partir dele. Borges é muito maior do que Cortázar. Mas eu, particularmente, não me sinto preso a nenhum dos dois”.

Fonte: O Estado de São Paulo, 18/11/1995 – José Castello

por Cabrera Infante

“Julio Cortázar começou a decair quando se envolveu com a política cubana e nicaraguense. Seus textos políticos como O livro de Manuel são muito inferiores”.

Fonte: O Globo, 23/03/1995 – Geneton de Moraes Neto

por Cesar Aira

"A influência de Cortázar foi leta, ele matou a posssibilidade de que tínahmos de contar. É o antibarroco: opera o mínimo esforço de escrita para produzir um efeito".

Fonte: JOZEF, Bella. Diálogos oblíquos. Rio de Janeiro: Liv. Francisco Alves, Ed., 1999.

por Eduardo Galeano

“O Cortázar, coitado, é o mais atacado, porque vive em Paris. Mas creio que é um homem  sincero, muito honesto, que não faz trapaças, que escreveu coisas importantes para toda a América Latina. Lamentavelmente, ele tem imitadores que confundem a literatura de Cortazar com um vazio exercício de estilo, uma pirotecnia para deslumbrar incautos. São os tais caras que estripam palavras, estrangulam frases, jogam com a linguagem como se ela não fosse uma ferramenta, um digno instrumento de trabalho”

Fonte: Ex- (SP), n. 11, jun. 1975 – Marcos Faerman  

por Guillermo Piro

"Interessam-me a inovação e a provocação. Por isso gosto muito de Cortázar e não me interessa muito Borges, porque me parece o menos inovador que existe. Estou convencido de que em 100 anos não vai se saber quem foi Borges. ele não inovou em nada, só o que fez foi desenterrar velhas formas, não me parece um grande provocador. Respeito mais e me interessa mais Cortázar. Parece-me que conseguiu fazer determinados experiementos atraentes, desde Rayuela (O jogo da amarelinha), até outros que me parecem fracos, que, digamos, não deram certo. Mas é atraente o fato de fazer algo diferente, para despertar a curiosidade, o interesse".

Fonte: MARETTI, Eduardo. Escritores: entrevistas da Revista Submarino. São Paulo: Limiar, 2000.

por Nélida Piñon

"Que razões levaram um escritor como Cortázar, por exemplo, a viver na Europa. Logo ele que sempre deu provas concretas de ser tão profundamente ligado à Argentina, à América Latina e ao destino do homem: era um ser coprometido apaixonadamente com as causas que considerava nobres, o que caracteriza portanto a injustiça sofrida".

Fonte: O Estado de São Paulo, 02/03/1991 - Beatriz Marinho

por Pedro Juan Gutierrez

"Para mim, os maiores escritores do mundo são Franz Kafka e Julio Cortázar".

Fonte: Revista da Cultura (SP), nº 12, jul.2008.

por Ricardo Piglia

“De qualquer forma, Cabrera não está no mesmo caso de García Márquez e Cortázar, autores cujas obras forma realmente prejudicadas pelo engajamento político e que, por vezes adotaram uma posição antagônica à sua própria poética. Por isso eu ainda prefiro Cabrera Infante”.

Fonte: O Globo, 08/06/1996 – Luciano Trigo   

Prossiga na entrevista:

Por que escreve?
Como escreve?

Onde escreve?

O que é inspiração?

Influências literárias

Música

Psicanálise

Politica

Cinema

Filosofia

Academia
Biografia