Nasceu em 9 de janeiro de 1920, em Recife, Pernambuco. Um dos maiores poetas da literatura brasileira. Diplomata, viveu em diversas cidades do mundo, incluindo Sevilha, a cidade que mais o cativou, cantada em seu livro Sevilha andando (1990). Sua obra mais conhecida do grande público é Morte e vida severina (1966), devido à belíssima encenação realizada no teatro e, mais tarde, no cinema. Teve seu primeiro livro de poesias – Pedra do Sono – publicado em 1942. Sua obra foi traduzida em todo o mundo: O engenheiro (1945), Cão sem plumas (1950), Quaderna (1960), A educação pela pedra (1966), Museu de tudo (1975), A escola das facas (1980), Crime na Calle Relator (1987) etc. Como se vê em alguns títulos, construía o poema como se construísse um edifício. “Era muito amigo do Joaquim Cardoso, poeta e engenheiro que fazia os cálculos das obras do Niemeyer. Ele me encorajou para levar a poesia para o lado arquitetônico, fazer um poema construído como se constrói uma casa." Conviveu com os dois grandes poetas brasileiros que o antecederam: é primo de Manuel Bandeira e foi muito ligado a Drummond. Entrou para a Academia Brasileira de Letras em 1968 e foi agraciado com diversos prêmios, dentre eles: Prêmio Moinho Santista (1984), Prêmio Bienal da Nestlé (1988), Neustadt International Prize for Literature (1992), Prêmio Jabuti (1993) e o Prêmio Luís de Camões (1990). Em 1999, a Editora Nova Fronteira publicou duas importantes coletâneas do poeta: Poemas pernambucanos e Poemas sevilhanos. Nos últimos anos, João Cabral não estava lendo como antes, sua visão estava escasseando. “Sou muito visual." afirmou em janeiro de 1998: “Esse vai ser o meu último aniversário”. Na verdade, foi o penúltimo. Faleceu em 9 de outubro de 1999.
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