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Cinema
João Cabral de Melo Neto

"Cinema, por exemplo, é uma coisa que sempre me fascinou. Mas o cinema é ambíguo. O cinema, ao mesmo tempo em que ele é espacial, porque você está olhando a composição naquele momento, aquela imagem vai se transformando, de forma que o cinema é uma série de pinturas, de quadros, que seguem um estrutura melódica. Eu me lembro de que, quando estava em Londres, eu era sócio de seis ou sete cineclubes, de forma que via naqueles primeiros filmes do cinema, desde Lumiére, Griffith, depois veio o cinema russo, pois tinha um clube que era o clube do cinema de esquerda e levava aqueles clássicos russos. Cada dia da semana ia a um deses cineclubes para ver filmes antigos. Porém, os cineastas que mais me interessam são aqueles que exploram a beleza plástica, não aqueles que se interessam mais pela coisa musical, que é a continuidade. Porque, você repare, o cinema são duas coisas: é a coisa do tempo e, a cada momento, um corte do espaço. Godard, por exemplo, pode ser um gênio do cinema, mas eu acho um chato".

Fonte: 34 letras, Rio de Janeiro, nº 3, mar. 1989 - Sebastião Uchôa Leite

"(O cinema) não é estático como a pintura, mas uma sucessão de imagens em movimento, como o romance e a poesia. A pintura só funciona no espaço e a música, só no tempo. O cinema funciona no espaço e no tempo".

Fonte: Folha de São Paulo, 09/03/1988 - Sergio Augusto

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