"O poeta retorna desse modo à sua missão esotérica e é, como dizia Baudelaire, um decifrador. É inspirado pelos demônios, de maneira semelhante ao homem que, através do sonho, desce ao universo perdido, às regiões escuras da espécie e pronuncia - às vezes em estado quase de sonambulismo - palavras que não correspondem às nossas idéias cotidianas, confusas e ambíguas palavra, como gestos ou símbolos encantatórios, produzindo no leitor uma comoção profunda, mas inexplicável".
Fonte: JOZEF, Bella. Diálogos oblíquos. Rio de Janeiros: Liv. Francisco Alves Ed., 1999.
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